31

59 26 1
                                    

-Por isso você relutou tanto em se envolver comigo!

Eu me virei dentro do seu abraço.

-Foi sim e eu sabia que era uma luta em vão, você roubou meu coração naquele segundo que você me olhou enquanto me salvava de um tombo feio!

-Não sei o que te dizer, eu estou chocado com tudo isso!

-Não precisa me dizer nada, só não conta pra ninguém!

-Não, eu jamais faria isso com você, e eu jamais te tocaria sem teu consentimento!

-Eu sei, você é tão paciente que fico achando que você não é real!

-Posso te provar que sou real, mas acho que devemos ir pra casa agora!

-Vamos!

Só que em vez de irmos cavalgando fomos caminhando de mãos dadas, devagar curtindo a beleza da luz da lua no pasto, o campo das flores estava cheio de vagalumes, então ele parou e me puxou para dentro do campo de flores, eu o observei ele se abaixou, passou as mãos no chão e levantou os braços, levantou a corpo, seus olhos estavam brilhando, ele estava usando magia, junto com ele os vagalumes que estavam no chão se levantara voando na nossa volta, estava tudo tão mágico, eu beijei o queixo dele e os olhos dele voltaram ao normal, eu o beijei e ele me pegou no colo.

-É tão lindo!

Ele me segurava forte e sussurrou com os lábios em meu pescoço.

-Não, você é linda, meus olhos doem quando não te vejo, quando sinto seu cheiro, o seu calor eu fico em êxtase, quando eu ganho um sorriso seu é como se eu tivesse ganhado na loteria, quando te toquei a primeira vez uma corrente de energia faiscou por meu corpo e a cada vez que nossa pele se encosta eu sinto o mesmo!

-Eu também sinto o mesmo!

-Hoje no banheiro quando você deslizou as mãos na minha barriga para abrir minha calça eu quase perdi o controle!

-E por que você não perdeu?

-Porque eu te respeito Luna, e era você que tinha que dar o primeiro passo!

--Eu não tive coragem!

-Não, você foi muito valente, você lutou firme, agora te entendo e te admiro ainda mais!

-Eu senti seu coração acelerar àquela hora!

-Senti seus lábios na minha pele, foi como se tivesse fogos de artifícios em meu peito!

Eu desci do colo dele, ele ficou confuso, peguei sua camiseta e a tirei, passei as duas mãos de baixo pra cima o coração dele batia muito rápido e sua respiração acelerou.

-Eu quis fazer isso na primeira e em todas as vezes que te vi sem camisa!

Eu tirei a minha regata, e o acariciei e beijei seu peito o coração dele parecia que ia sair do peito e o meu também!

-Tente se acalmar eu não vou fazer nada que você não queira! – falei rindo.

-Estou com medo!– ele falou brincando.

-Não fique, eu sou sua!

Ele me soltou abriu as duas mãos com chamas azuis e girou com as mãos perto do chão, nada pegou fogo apenas as flores ficaram secas no chão, quase como se tivesse uma cama no chão.

-E eu sou todo seu!

Ele me pegou no colo e se deitou naquele local comigo por cima dele, eu beijei-o do pescoço ao umbigo e passei as mãos de volta até seu ombros ele deixou eu fazer o que eu queria , esfreguei o meu rosto no pescoço a bochecha dele, passei meu nariz no dele e sorrimos eu sussurrei – agora você pode parar de e controlar! – ele se sentou comigo no colo de frente pra ele como ficamos da primeira vez que fiquei tão próxima a ele, nos encaixamos um ao outro como se fossemos duas peças de quebra cabeças, ele enfiou os dedos delicadamente sobre meu cabelo na nuca e a outra em minha cintura ele beijou meu pescoço e minha urgência virou emergência e nos deixamos levar pelo coração a luz da lua e dos vagalumes.

-Acho melhor irmos, não vai demorar muito para começar a clarear e você sabe que tia Sol acorda junto com o sol!

Falei, mas sem vontade alguma de me levantar dali, estávamos aninhados, ele gemeu, mas concordou, nos vestimos e fomos pra casa, tinha luz apenas na cozinha, deixamos Raio e Fúria no celeiro e fomos guardar as comidas que provavelmente ela teria deixado, havia um bilhete.

{fico feliz que tenham se acertado, durmam bem , beijos tia Sol}

-Se tem uma coisa que ninguém jamais vai conseguir fazer é enganar a tia!

-Eu sei! suspirei concordando.

No fim estávamos com tanta fome que devoramos um bolo inteiro, faltava poucas horas para amanhecer, mesmo assim ele insistiu em me levar até o celeiro.

-Hunther, eu não vou ir a aula amanhã, aliás hoje!

-Tudo bem, eu vou ir para me certificar do que aquelas loucas vão dizer!

-Obrigado, e bom resto de noite Hunther!

-Luna?

Ele pegou minha mão

-Sim?

-Eu não sei como vou conseguir dormir longe de você!

-Pense que passaremos a tarde juntos amanhã e depois, e depoi...

Ele me beijou e sorriu, o sorriso dele me fazia ficar nas nuvens, ele correu para a casa, que noite mágica, era obvio que eu não conseguia dormir, as 6:00 am, me levantei e fui trabalhar, eu precisava domar dois potros que já estavam no estábulo. Minha mãe me ensinou a doma racional quando eu ainda era criança, eu amava ver ela domando, ela praticamente dançava com os cavalos até ganhar sua confiança e é assim que eu também faço, Ben apareceu no meio da manhã ficou sentado na parte mais alta do cercado de madeira me observando, então consegui montar no primeiro cavalo ele me obedeceu, sem cordas, sem rédeas, sem cela. 

Os Descendentes 1 - revelaçõesWhere stories live. Discover now