Capítulo 96 - Kyungsoo

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— Por quê vocês estão fazendo isso? — me seguiu quando saí do banho enrolando uma toalha em minha cintura. — Me diz por quê vocês estão fazendo isso...

— Acho que tem um policial envolvido.

— O quê? Por quê? De onde você tirou essa ideia? Você não disse que não tinha pistas?

— Ouça, eu olhei as câmeras de segurança... Um cara saiu com o Asher, e se parece com um policial, nós não temos certeza — menti. — Estamos apenas investigando um pouco.

— Por quê um policial iria querer o Asher?

— Porque é alguém envolvido com o tráfico de pessoas.

— Não pode ser! Se vocês estiverem certos, isso significa que o meu bebê pode estar em outro país agora mesmo. — se assustou.

— Não tem nada certo, entendeu? — segurei o seu rosto. — Eu disse que eu o traria de volta e eu vou fazê-lo, mas não complique nada.

— Seria mais fácil se você me explicasse — se soltou do meu agarre. — Por quê você faz tudo isso sem me avisar? Ele também é meu filho! Eu tenho o direito de saber!

— Você não pode lidar com isso.

— O que eu não posso lidar é com que você me deixe de fora. Qualquer pista que você tiver, eu tenho que saber também, Kyungsoo.

— Eu não tenho mais pistas... Amanhã mesmo vou me encontrar com Chen para saber se ele descobriu mais alguma coisa.

— Eu vou com você.

— Não, você não vai. Amanhã você tem que ir trabalhar. Você vai para lá, vai fazer os seus malditos anúncios de carros e depois vai voltar para cá e vai dormir. Não me fode, Jongin! E estou avisando: não me venha com outra surpresa como a de hoje. Você não sabe onde o Chen mora, e se descobrir, ele não vai abrir a porta pra você. Como você mesmo disse: ele é meu amigo e não o seu. Eu tirei um pai agressor de cima dele e ele faria qualquer coisa por mim, portanto pare de deixar a porra das coisas mais duras para mim.

— Eu só quero ajudar...

— Você não serve pra isso, e vai me ajudar mais se não me atrapalhar.

Jongin me olhou por alguns segundos, aguentando a vontade de chorar, até que se virou e foi atrás da chave do seu carro.

— O que você está fazendo? Aonde pensa que vai?

— Vou dormir na casa do Luhan. Obviamente, você não me apoia e nem precisa de mim. Não vejo o porquê de continuar com você.

— ENTÃO, VAI EMBORA, MALDITO TRAIDOR! — gritei enquanto ele saía. — VOCÊ PENSAVA QUE PODERIA IR ATÉ A POLÍCIA SEM QUE EU SOUBESSE? EU TE AVISEI PARA NÃO FAZER ISSO, KIM JONGIN! EU TENHO OLHOS EM TODO LUGAR, ENTENDEU?

Merda!

Dei dois socos na porta depois de vê-lo ir embora. Eu sentia a casa grande demais e fria sem Jongin e Asher. Ficar ali era insuportável para mim.

Me joguei na cama e fumei um cigarro. Acariciei a primeira tatuagem que Kris fez; aquela que me custou o pior boquete da minha vida; a que ainda aparecia em meu braço:

VINGANÇA.

Me levantei e me vesti com pressa. Digitei o número de um celular antes de sair.

— Sun Ho... Você está com sorte. Vamos adiantar os nossos planos. Se você quer ver o seu filho de novo, é melhor que você me encontre no endereço que vou passar agora. E aviso que você tem que ir sozinho se não quiser que eu mate a chutes o seu biscoitinho.

Projeto Haema Hippocampus [Tradução PT-BR]Onde histórias criam vida. Descubra agora