Capítulo 67

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Pov. Vlad

Azlin estava sentada ainda olhando para a xícara de chá que tinha em suas mãos, sem dizer ou mostrar nenhum sinal do que poderia estar pensando.

Francesca havia voltado para Paris, Stephany havia ido para a casa do detetive Lee tirar toda investigação sobre Gabriele, sua família e seus amigos. Não era necessário que tivesse essa informação já que não trabalha mais pra mim.

Azlin de imediato chegou como pode a Chicago, estávamos na casa do pai de Gabriele. Tudo ainda continuava uma desordem e mesmo me torturando só de pensar no perigo que eles estava...não podia agir sem pensar.

- "Me doeu muito quando Delphine decidiu ser o que é agora." - Azlin sussurrou e depois deu um gole no seu chá. - "Eu conheci ela primeiro e depois conheci Ezra; ela me ajudou a fugir quando viu que seu irmão estava me maltratando...e queria me matar. E agora...me dói demais que Gabriele estava pagando por nossos erros." - ela soltou um suspiro. - "Eu fiz uma promessa não voltar a ferir ou assassinar alguém...mas eles juraram que seria minha família acontecesse o que acontecer."

Eu não disse nada, eu podia entendê-la...Transilvânia havia sido um pequeno povoado e eles confiavam muito em mim, mas depois as pessoas que eu pensei que poderiam confiar me olharam com nojo e medo.

Mas para mim não era difícil entender isso.

Sim, era fácil julgar e ainda mais um ser escuro que foi feito para roubar um pouco da vitalidade humana; o sangue.

- "Então...você vai me ajudar?"

- "Mas é claro." - ela murmurou. - "Chega de segredos, isso já foi muito longe."

- "Desde o princípio." - eu disse cruzando os braços.

- "Sim, bom...parece que ambos deixamos uma parte do passado, graças a Gabriele." - ela se levantou e deixou a xícara de chá em cima de uma mesa que estava próximo a ela. - "Para começar acho que você vai precisar disso."

Ela me estendeu uma chave negra, grande e com um M gravado nela.

Eu a segurei.

- "Para quê serve isso?" - eu perguntei franzindo o cenho.

Azlin sorriu de uma maneira maliciosa para depois juntar as mãos e criar uma pequeno bola vermelha a qual se expandiu ate mostrar Gabriele, ela estava com os dois pulsos algemados, seu olhar estava longe e seus olhos ainda estavam irritados.

- "Gabriele..."

- "Ela esta em Nova Orleans, em um lugar subterrâneo. Liam também esta lá...não sei se os seus pais também estão. A chave te guiará, eu tenho outras coisas que me encarregar." - ela desfez a bola. -  "Tenha pressa e outra coisa..."

- "Diga..." - eu estava a ponto de sair pela porta.

Eu franzi o cenho escutar o que ela disse.

- "Deixe ela ir, Vlad..." - ela murmurou suavemente.

- "Não...não posso deixá-la."

- "Então se obrigue a fazer!"

- "Nunca." - eu corri deixando Azlin sozinha.

Quem conseguia entender os bruxos ou feiticeiros?

Ninguém.

Desde o inicio ela me disse que aceitasse que Mina estava morta para sempre e Gabriele era a única que poderia me enlouquecer até amá-la.

Disse que viu o futuro e podia mudar, mesmo tendo algumas coisas do destino que teriam que acontecer cedo ou tarde.

Estar junto com Gabriele era uma dessas.

Reencarnada (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora