Capítulo 19

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Fiquei durante alguns minutos olhando para o colar e depois levantei a cabeça e olhei para Vladimir.

- "Isso te pertence." - murmurei fazendo uma careta. - "Não creio que seja o verdadeiro...mas aqui está. Um senhor de idade me deu...ele disse que era um presente. Pelo o que parece eu o fiz lembrar de alguém."

Ele pegou o colar, e então minha mão e apertou suavemente com o colar. Eu franzi o cenho e dirigi um olhar para ele, depois de alguns segundos, ele...apertou minha mão com muita força.

Eu me queixei e soltei um grito aterrorizado.

- "Por que está fazendo isso?" - gritei tentando me safar do aperto mais doloroso da minha vida.

O crucifixo estava ensanguentado, minha mão estava com uma ferida aberta e sangrava muito. Ardia como o inferno e só pude pegar um lenço que eu trazia e enrolei minha mão esquerda como pude.

Me levantei aterrorizada, com medo de saber o porque esse homem misterioso fez isso comigo.

Como vim parar aqui? Como posso ser tão estúpida as vezes?

- "Sinto muito Gabriele." - murmurou também se levantando.

Seus olhos azuis como blocos de gelo me intimidava.

- "Preciso ir." - disse caminhando para a porta.

Não consegui chegar até a porta, Vladimir me prendeu entre ele e a parede. Ele havia me apertado e realmente foi doloroso, pega o meu pulso e desata lenço agora cheio de sangue.

Eu esperava que ele me fizesse sofrer apertando minha ferida e piorando ainda mais.

Mas não fez isso. Foi pior, mas terrível, que me fez duvidar da minha capacidade de meter em problemas.

Ele...lambeu e sugou a ferida.

Suas presas saíram para fora e no momento que eu notei, eu gritei.

Gritei com mais força e senti minhas lágrimas deslizarem pelas minhas bochechas.

A dor da ferida foi diminuindo, ele colocou os braços de cada lado da minha cabeça e ele só me olhava com curiosidade.

- "Você é minha!"

- "Não, me deixa ir, eu te imploro por favor."

Vladimir sorriu, fazendo aumentar o meu medo e as batidas do meu coração se acelerava. Ele não é agradável... porque ele era um sádico sequestrador.

- "Nunca." - sussurou com paciência fingida. - "Você é minha Gabriele, esses olhos, esse corpo...esse sangue..."

Abri meu olhos espantada.

Por acaso ele é um bruxo procurando uma garota para sacrificar?

- "Vladimir..."

- "Oh, pequena me chame de Vlad, ou... Drácula. Já que esse é o meu apelido há séculos!" - isso só pode ser brincadeira. - "Um empalador, um eterno apaixonado, e você é minha! Minha alma gêmea, mesmo que eu não te ame. Porque a única que amo é Mina!"

Não disse nada, isso era muito para mim. Várias conclusões giravam em minha cabeça.

- "Os vampiros não existem!" - gritei aterrorizada.

Ele soltou uma risada muito macabra.

- "Você está certa disso?" - perguntou.

Apertou os meus pulsos e se aproximou do meu pescoço, o beijou e o mordeu.

- "Não!" - gritei chorando.

Suas presas se afundaram com força no meu pescoço. Eu soluçava e me sentia desfalecer, mesmo que a dor não deixava. Doía e ardia demais, minha vista ficou embaçada e eu fechei os olhos sem acreditar que os gritos que eu ouvia eram meus.

Amaldiçoei.

Supliquei.

Roguei.

Jurei.

E esse demônio continuava sugando a minha vida, até que eu perdi a minha consciência.

Reencarnada (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora