Capítulo 38

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- “Sua vida nunca será normal, sinto muito Gabriele.” - murmurou Camilla depois de uns segundos em silêncio. -  “Você sabe de nós, sabe quem é Vlad e devo dizer que ele é capaz de tudo por você.”

- “Porque?” - perguntei fechando os olhos. - “Porque ele se empenha em acabar comigo? Ele viveu séculos vivendo sem o meu sangue, sem mim e o que ele...ele só tem feito é me destruir.” - murmurei o último. - “Não tem sentido, porque tenho que terminar fodidamente apaixonada, primeiro me jogo por uma janela antes de amar um monstro como ele. E não exatamente por ser um vampiro, ele é um monstro por escolha. Nas lembranças de Lucy, ele era muito diferente do que eu vejo e isso confunde a minha mente.”

- “Porque há anos que ele não é o mesmo.” - murmurou Camilla negando com a cabeça lentamente. - “Ele teve várias amantes, humanas ou vampiras, viajou por vários lugares do mundo, pouco a pouco sua humanidade se evaporou. Assassinou, castigou e se tornou o primeiro vampiro existente.”

- “Existente?” - perguntei franzindo o cenho. - “Ou seja...”

- “Não sabemos o seu nome, mas se auto nominou Bastardo, ele era tão maligno, realmente era como ver o diabo em pessoa...ele converteu Vlad em vampiro. A espécie “nasceu”, já que era o primeiro demônio, Vlad foi transformado por....uhmm, pelo bastardo, sua força, sua velocidade e habilidades são muito melhores do que qualquer vampiro.” - Camilla disse. Azlin olhava para mesa franzindo o cenho. - “Não seja muito dura, a verdade é que ele passou por várias coisas....”

- “Espera.” - eu a interrompi. - “Eu fui sequestrada, acabei virando uma bolsa de sangue. E eu devo entendê-lo? Eu sou dura com ele?” - questionei sem acreditar. - “Isso é maravilhoso.” - disse com sarcasmo.

Me levantei arrastando a cadeira.

Agora estava irritada.

Realmente era muito complicada essa situação.

No final, eu devia ser fiel a mim mesma, a meu plano...fugir desse mundo, que eu fiquei sem conhecer há vários anos. Eu não pertencia a esse mundo, Camilla, Azlin e Alec estavam errados.

Eu estava ficando farta.

Sou humana, sim. Mas não suficientemente idiota para ficar aqui e aguentar alguém que não me quer.

Saí quem ninguém me deter, até parar em frente a uma porta de madeira. A biblioteca.

Por alguma razão, estava certa de que essa porta levava a biblioteca e talvez muitas respostas das perguntas que eu tinha. Depois voltaria a ler as outras cartas que Vlad escreveu para Lucy. Iria encontrar coisas pelas costas de todos que vivem nesse castelo. O Castelo do Conde Drácula.

Eu não ficaria com os braços cruzados.

Reencarnada (Completa)Where stories live. Discover now