33º

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Pronto, de quebra a ninfeta está com ressentimento, eu tenho que conversar com ela e explicar o porquê de não ter lhe dito nada, a questão da polícia poder estar grampeando ou algo do tipo. Já tinha chegado ao meu rancho, completamente exausto, mas precisava negociar onde iria ficar o Léo, apenas tomei um banho gelado e fui em busca da melhoria dele:

— Nossa, você por aqui? Isso é um milagre, você agora abandonou mesmo as pistas, sinto falta de você nos rachas. - Samara, ela é uma garota que eu fiquei um tempo.

— Isso é por minha conta. - Fui curto e grosso.

— Nossa, não precisa ser tão cortante assim. O que houve para vir aqui? Quer se divertir comigo é? - Eu sorri.

— Se eu quisesse me divertir, certamente esse não seria o local correto. - Isso a fez se irritar.

— Você está cada dia pior. O que quer?

— Olha, Léo vai ficar aqui com você, ele está em coma. - Ela ia odiar a ideia, e com certeza iria recusar. Mas, com algumas propostas tudo mudaria.

— Que? Agora eu vi jorge mesmo, nunca que eu vou deixar ele aqui.

— Não me lembro de ter perguntado, eu afirmei, vai ficar aqui, Samara. Ele precisa disso. - Ela me olhou desafiando e eu a encarei.

— Por que eu faria isso?

— Se não fizer isso, vai se acertar comigo, e me conhecendo você sabe que eu não brinco em serviço. - Ela me olhou um pouco amedrontada.

— Pede a outra pessoa. - Falou me olhando.

— Ninguém desconfia de você, faz isso e vou te recompensar. - Ela sorriu, mordendo o lábio.

— Espero que esse sacríficio tenha um retorno, gatinho. - Eu sorri.

— Retorno, vai ter. Peralta e Marrom vão trazê-lo e você fique de boca fechada. - Ela gesticulou positivamente com a cabeça.

Isabelle:

Tomei banho e me troquei, pensava em Ruan, mesmo que eu não quisesse pensar nele era quase impossível pensar em outra coisa. Enquanto tomava café minha mãe estava na sala conversando com uma de suas amigas, estavam falando do meu pai, então na pontinha dos pés me escondi do lado da escada para ouvi-lá:

— Deixei Marechal com uma mão na frente e outra atrás, as crianças não sabem que Marechal está falido e nem onde morar ele tem. Eu consegui deixá-lo pobre. - Ela ria junto a outra mulher.

— Você é mesmo puro veneno, mas você quer realmente coisa séria com o tal juiz? - Minha mãe olhou pro teto, sorrindo.

— Ele é completo, tem tudo, dinheiro e boa fama, mas minhas filhas não entenderiam isso, principalmente Isabelle que está se tornando um antro de rebeldia. - Minha mãe era podre.

— Isabelle tem qual idade?

— Tem 17 anos, estou com medo que ela complete 18 e que comece a achar que pode tudo. Eu tenho que fazê-la entender que ela precisa ter um futuro luxuoso, que não há nada mais importante do que conforto. - Eu tinha vontade de me revelar ali e ser sincera com aquela mulher que mais parece um demônio em minha vida. Lágrimas começavam a cair. Decepção por trás de decepção.

— Hellen, você sempre consegue tudo, será que vai cair agora?

— Vou mandar a Isabelle para fora do país, para que estude e pare de ser tão infantil e rebelde. Eu vou fazê-la namorar com Pietro Petrovick. - Subi as escadas sutilmente e fui pro meu quarto.

— Tenho que conseguir falar com meu pai, tenho que ajudá-lo! - Disse entre lágrimas.

Pietro:

— Eu quero que você seja discreto, porque se alguém te descobrir não vou poupar sua pele. Eu vou te pagar muito bem, você tem que descobrir tudo sobre Ruan. - Disse ao detetive Oliver.

— Pode deixar então, quando quer que eu comece? - Perguntou.

— Quanto mais rápido melhor, não perca se quer uma informação.

— Como você mandou. Até logo. - Oliver saiu e eu não poupei sorrisos.

— Quero a cabeça dele em uma bandeja para entregar pra Isabelle.

Ruan:

Eu tinha que falar com Isabelle, liguei para ela várias vezes e nada dela atender, ela realmente quer me deixar com remorso, eu vou dar um jeito de vê-la. Parei minha moto em frente a casa dela e pensei em uma forma de entrar, para minha sorte a mãe dela estava se preparando para sair de carro, ao me ver parado de frente o portão acenei como se a chamasse e após alguns segundos ela veio até o portão:

— O que você quer? - Perguntou me olhando.

— Alguém me ligou, para que eu concertasse um vazamento em um dos encanamentos. - Fui cínico, mas ela não ia desconfiar de nada. Eu sou bom nisso.

— Encanamento? Ah, Marcília deve ter te pedido pra vir, entre. - Ela confiou! Pois é, Marques abriu o portão desconfiado, mas se ele abrisse a boca eu o mataria, então ele preferiu ficar calado.

— Acompanhe ele até a cozinha Marques. - Ordenou ela que já adentrava o carro, em questão de segundos ela já havia ido embora.

— Por que quer entrar aqui? - Perguntou Marques me olhando.

— Menos perguntas. Preciso de uma pessoa. - Entrei na casa.

É, uma casa belíssima, confortável, era um verdadeiro cafofo, subi as escadas sutilmente, possivelmente subindo aquelas escadas eu chegaria aos quartos da casa, onde provavelmente ela estaria. Tinham dois corredores, optei pelo primeiro e andando por eles ouvi sussurros, na terceira porta, aquele choro só poderia ser dela. Dei dois toques na porta e me escondi:

— Quem é? - Perguntou ela. Repetindo a mesma pergunta duas vezes. Agora abrindo a porta e procurando quem bateu, procurou e desistiu, novamente fechou a porta, ela estava com um shortinho de tecido e um top folgadinho, que deixava seu corpo ainda mais revelado. Estava deliciosa.

Bati novamente e ela novamente abriu:

— Anne, se for você, para ta?! - Gritou e foi até o meio do corredor, sai de trás da cortina e a aguardei atrás dela, então quando ela deu um passo para trás, a agarrei com bastante vontade.

—  Meu Deus... - Gritou assustada, virou e sem entender, tentou se soltar - Mano, o que você está fazendo aqui? E... Como entrou? - A soltei.

— Quero que me fale o que tem, e como eu entrei é besteira, só quero que me diga o que você tem.

— Olha, é perigoso que fique aqui. Vem, vamos pro meu quarto. - Ela me puxou para seu quarto e fechou a porta com a chave. - Não era pra você ter vindo aqui, minha mãe pode te descobrir a qualquer momento.

— Não vou me preocupar com isso. Eu quero que me diga o que você tem, por que está assim? - Ela se sentou na cama e me olhou.

— Você vai me falar a mesma coisa "Não tenho que dar explicação" e "blá, blá, blá". - Foi o que ela disse e eu queria rir, mas optei por sentar ao lado dela e continuar sério.

— É sobre a viagem que fiz? É sobre isso?

— É! Quero que me explique o porquê te ter se distanciado de tudo do nada.

— Quer mesmo que eu conte? - A encarei e ela tentava me encarar mais não conseguia.

— Claro que eu quero.

— Eu fui a capital, tirar Léo do centro de espera. - Ela encheu os olhos de lágrimas e eu a encarava.

— Ele estava em um centro de espera?

— Sim, em um lugar que mais parece um chiqueiro. Eu fui salvar meu amigo, é o mínimo que eu poderia fazer por ele. - Ela tocou meu rosto e me abraçou, eu a apertei.

— Se era isso, por que você não me contou?

— Porque... tem coisas que eu prefiro poupar que saiba, você tem problemas suficientes já. - Ela sorriu docilmente, e mesmo que eu não quisesse estava ficando louco de vontade de comê-la, olha aquela roupa, velho. Mordi o lábio a olhando.

— Por que está me olhando assim? 

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora