15º

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— Pede a garota que veio ontem. Rica eu garanto que ela é. – Ouvi aquilo, e Peralta falou naturalmente. Não que fizéssemos aquele tipo de coisa, não é costumeiro. 

— Não vou fazer isso, ela não está me pagando pra transar com ela! Não precisaria pagar de jeito nenhum. – Afirmei e Peralta me olhou.

— Vou te ajudar, falou? Você é meu irmão. – Dei um sorriso não muito largo.

— Valeu, valeu mesmo, tenho que ir, vou arrumar alguma coisa pra fazer, algum favor, sei lá, até depois. – Ia saindo.

— Certo, se cuide! – Falou.

Isabelle:

Ouvi minha mãe por horas me dando conselhos para ser melhor e conseguir fazer o Pietro se apaixonar por mim, já que eu as vezes "não media as palavras", meu DEUS! Foram duas horas longas de pura tortura, odiei ouvir aquilo, ela falava sempre a mesma coisa "— Quando se casarem, você estará amparada por alguém que pode te dar tudo! Nunca estará sozinha, endividada ou status", não imaginam como é difícil para eu conviver com uma mãe que pensa mais na vida social que em seus anseios e vontades, teve uma hora que eu cansei e decidi visitar Fabíola, seria a deixa para não ouvir aquela ladainha, mas cheguei na hora errada, ela estava com Renan, que havia acabado de chegar de viagem, os vi brigando na sala e me escondi por trás de um pilar enorme que havia perto da porta da sala, então dava para observar tudo sem que eles me vissem, ela tirava satisfações:

— Mas eu te ligava todos os dias, Fabíola... As vezes eu não podia te ligar porque estava saindo demais, conhecendo os lugares ou estudando. – Ela o olhava com raiva.

— Acha que eu por acaso não sinto falta? Eu tenho um namorado, e quero que ele venha todos os dias me ver, me ligue, me mande mensagens, me mande recadinhos, me beije nos momentos errados, conte piadas... Faça coisas de namorados. Ou eu preciso comprar um manual de como ser um namorado para você? – Falava e ele sentou no sofá.

— Mas eu faço isso com você, você sabe que eu faço isso. Quando eu posso. – Ela deu uma risada alta.

— Com a sua prima vadia?! Odeio aquela garota, desde que ela se aproximou de nós dois, ela não te deixa fazer nada que tenha envolvimento comigo. – Ele a puxou para se sentar em seu colo, nossa... Renan parecia tão calmo. Enquanto Fabíola estava uma fera, quase cuspindo fogo.

— É com você que eu estou, certo? – Ela começou a beijá-lo no pescoço, poxa, o que eu estava fazendo ali?! Segurar vela era pouco, eu estava segurando castiçais. 

— Senti sua falta, amor. – Dizia e eu ouvia os barulhos vindos dos beijos dos dois.

— Vamos para outro lugar, tem certeza que quer ficar por aqui? – Perguntou a ela.

— Minha mãe não está, vamos, vem. – Ela o puxou pela camisa para o quarto dela.

— Que... safadinhos! – Disse baixinho, impressionada com o fogo daqueles dois.

Fui para casa sem falar com ela, ela tinha coisa melhores para fazer, fui pro meu quarto e me deitei, comecei a lembrar de certos momentos: "— Não queira repetir a dose, as coisas podem ficar sérias demais", "— Eu não sou os caras que costuma ficar" e me vinha outra parte "— Considere hoje como uma boa lembrança para relembrar quando estiver cheia de filhos problemáticos e com um casamento que mais parece uma jaula", é, foi a ultima fala de Ruan. Dolorosa e certeira, ele era certeiro. Pensava também que Pietro tem sido amável comigo e não sei, fiquei pensando, tive um pequeno susto, pois estava cochilando quando meu celular começou a vibrar.

— Oi Fabíola. – Falei com a voz de sono.

— Oi gatinha, tudo bem ai? – Perguntou.

— Ah, é, sim. E você, como está? – Ela devia estar ótima né?! 

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Where stories live. Discover now