69º Capítulo

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— Eu disse que tinha desistido e que não ia mais arriscar nele.

— Disse o que já devia ter dito a muito tempo! - Ela desfez o sorriso.

— Eu e ele fomos a um barzinho, ele me pediu pra ir, e lá ele me falou que me queria novamente. Nós discutimos quando saímos.

— Ele aceitou numa boa?

— Ele teve que aceitar. Você lembra do amigo do seu motoqueiro que me levou na moto dele? - Peralta!

— Sim, lembro. Porquê? - Ela me olhou.

— Ele estava por perto e ouviu toda a discussão. E me ofereceu carona quando viu que eu não tinha com quem ir pra casa. - Hum? Desconfiança começando a aumentar.

— Peralta te levou em casa. - Ela continuou me olhando.

— Eu pensei que ele fosse mais esquisito. Ele é gente boa. - Eu ri.

— Gente boa, né? Ta. Olha Fabíola, cuidado porque os motoqueiros são extremamente apaixonantes.

— Ai pera! Não é assim, eu não fiquei com ele, apenas ele me levou em casa, foi gentil da parte dele. Você tem uma mente fértil. - Disse rindo.

— Me fala, você não ficaria com ele não? - Ela olhou pro lado.

— Gente que pergunta é essa... - Eu ri.

— Só por sua resposta eu já decifrei que sim. - Disse e ela me olhou.

— Não, não... Ei! - Ela riu - Acho que sim, não sei. - Abri um sorriso largo.

Nós conversamos durante umas duas horas, sobre muitas coisas, eu contei sobre minha mãe e também sobre Pietro, ela ficou surpresa com o que Pietro havia dito e por fim nos abraçamos forte, ela é uma grande amiga, sempre me ajudou e me aconselhou bem, é dez. Então ela precisou ir para casa e eu me despedi dela, e a tarde eu e meu pai fomos ao tribunal para lutar pela guarda de Anne, mas tivemos uma surpresa desagrádavel:

— Ah, esse é o juiz? - Perguntei olhando pro ex namorado da minha mãe e ele me olhou.

— Filha mais respeito ou vão nos prender aqui. - Sussurrou me olhando e o juiz nos olhou.

— Vocês estão com algum problema? Em que eu posso ajudá-los? - Eu me atrevi.

— A gente veio tratar de um assunto meio sério, mas vendo que você é o juiz, acredito que não vamos ter sucesso. - Meu pai me olhou como se ordenasse que eu me calasse.

— Desculpe o que minha filha disse, mas ela quis dizer que sabendo que você já se relacionou com Hellen... - Então ele interrompeu meu pai.

— Eu estou em função de juiz, o que vocês querem apontar? - Eu tirei do bolso o celular e fui até a pasta de onde estava a gravação e entreguei.

— Aperta o ok. - Disse e ele pegou o celular e apertou onde eu disse.

"— Você é uma infame, garota! Estragou todos os planos que eu tinha, todos! TODOS!"

Então ele me entregou o celular e eu não entendi, ele só escutou uns vinte segundos:

— Ouvi o resto, por que não vai ouvir? - Perguntei e ele me olhou.

— Por que eu sei que sua mãe é assim, então seria perca de tempo. O que vocês querem? - Meu pai o olhou.

— Então por que deixou ela com todas as coisas? - Perguntou meu pai.

— Me deixei levar. - O próprio juiz admitiu que se deixou levar? Em que mundo estamos?

— Então me deixou no zero por causa dela? - Meu pai estava com o orgulho ferido e com razão.

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora