Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)

52º Capítulo

— Eu odeio quando me diz que eu sou controlada, eu não sou controlada. - Disse alto e ele deu outra risada.

— Não? Não? Você no fim é a maior jogada de marketing da sua mãe. - Eu me enraiveci com o que ele disse e levantei do sofá indo até ele, ficando na sua frente.

— Cala a sua boca! - Gritei e ele pegou meus pulsos.

— Eu desejo que você seja feliz com quem no fim é o melhor pra sua mãe, Pietro, quero que você e ele se casem e tenham filhos, os matriculem nas melhores escolas dos Estados Unidos, vida de gente do seu tipo é sempre assim. - Eu soltei meus pulsos e o empurrei contra o sofá.

— Minha vida não vai ser assim, eu não vou fazer o que você está dizendo! Não vou ter o destino que você acredita que eu vou ter. - Gritei e ele deu outra risada siníca.

— Eu apostaria tranquilamente. - Irozinou e eu olhei nos olhos dele.

— Não vai ser assim, eu não quero permitir que isso aconteça. - Ele tocou meu rosto com suas mãos.

— Eu não quero me meter com você mais, eu preciso de alguém que tenha pulso firme, que não se deixe levar pelos outros, que faça o que sente, que grita pelo que quer. - Ele me jogou no sofá e pegou sua jaqueta a vestindo, ainda jogada retruquei.

— Me diz isso, mas foi você que cumpriu o meu pedido de não me ver mais, gritou o que queria? - Ele me deixou sem palavras novamente.

— Eu fiz o que você faria. Acho que ficar com você, me deixou parecido, obrigado por ter me deixado. - Meu pai abriu a porta e viu que nós dois não haviamos resolvido nada, então ao invés de deixar Ruan sair, fechou a porta.

— Eu que vou falar com vocês. - Disse deixando as bolsas no sofá e Ruan o olhou.

— Com ela. Eu vou embora. - Disse e meu pai fechou com a chave a porta.

— Senta ai. Vamos resolver tudo isso. - Disse para Ruan que sentou no mesmo sofá onde eu estava.

— O que você quer falar? - Perguntei e meu pai começou a falar.

— Eu quero que vocês se entendam, porque eu sei que vocês querem ficar juntos, as dificuldades vocês já conhecem, Ruan me pergunta todos os dias como você está Isabelle. - Eu olhei pra Ruan ao ouvi-lo e Ruan fez uma expressão de raiva pro meu pai. - Isabelle também vive lembrando, não vive?

— Pai, eu não... - Ele interrompeu.

— Eu não sei o que vocês estão sentindo um pelo o outro, o que eu sei é que vocês juntos cresceram, vocês sabem disso. Vocês fizeram um o motivo do outro. - As palavras dele deixaram no ar um pouco de razão.

— Por que você quer que a gente volte? - Foi a pergunta lançada por Ruan.

— Eu errei na minha escolha quando casei, eu fiz parecido com vocês, eu fui pelo meu lado orgulhoso e privilegiado. - Disse ele.

— Como assim, fez a escolha errada? - Eu não conheço essa história.

— Não importa agora, quando eu tinha a idade de Ruan eu tinha vivido momentos muito bons ao lado de uma garota, e ela também gostava de estar comigo, mas sua mãe era a escolha perfeita, afinal ela era bonita e socialmente a melhor. - Então ele escolheu minha mãe pela questão de sociedade.

— Escolheu ela por isso? Você foi infeliz por isso! Pai! Você devia ter ficado com a outra. - Ele riu do que eu disse.

— Percebem que é a mesma coisa está acontecendo entre vocês? - Perguntou e eu e Ruan nos olhamos.

— Marechal, ela não pode ficar comigo. - Disse Ruan e ele sentou no centro a frente do sofá onde eu e Ruan estávamos.

— Isabelle o que me diz? - Perguntou e eu o olhei.

— Pai eu não sei o que dizer, estou confusa, isso tudo é muito estranho, eu soube de várias coisas agora. - Retruquei.

— EU DIGO, ESSA GAROTA VAI CAIR FORA DO PAÍS E LÁ ELA VAI VER SE FOI CERTA OU NÃO A ESCOLHA, EU VOU EMBORA, MARECHAL, ISSO É PERCA DE TEMPO. - Ruan caminhou até a porta e saiu, eu olhei pro meu pai e ele apenas se levantou.

— É a cara dele fazer isso. - Afirmou e eu o olhei.

— Pai, me abraça. - Ele me abraçou forte e eu me senti acolhida por alguns segundos.