28º

2.9K 146 3
                                    

— Eu também acho, vou ver se a ajudo. - Minha mãe saiu e eu decidi fazer algo bem melhor.

Liguei para ela várias vezes, pelo menos assim ela ia achar que eu tentei ajudá-la. Ela não atendeu, o que ela viu em um cara como aquele? Isabelle você não é para aquele tipo de gente. 

Ruan:

Já eram 23h30min, ficamos até tarde conversando:

— Já está tarde, é melhor que me leve para casa, não quero que aconteça o mesmo que aconteceu ontem. - Estavámos deitados, me levantei e fui em direção a moto.

— Levanta, vamos. - Ela levantou e eu subi na moto, em seguida ela subiu e eu entreguei o capacete.

Eu tinha na mente o que ia fazer, mas quero conhecer a mãe dela, e isso eu vou fazer, mesmo que ela seja contra! Fugir não é uma opção.

Isabelle:

Fui levada para casa, eu estava com bastante desconfiança de que provavelmente minha mãe iria estar me esperando, Ruan me deixou e estranhei pois vi o carro de Pietro estacionado um pouco abaixo da minha casa, o que ele fazia ali? Qual era a da vez? Eu fiz o possível para Ruan não se envolver, seria ainda mais louco do que já está sendo. Eu tinha que descobrir que diabos que estava acontecendo naquela casa:

— Pietro? - Perguntei dando alguns toques na porta do carro e ele baixou o vidro fumê e pude comprovar que ele estava ali.

— Vem, vamos entrar juntos na sua casa. - Não entendi nada. Juro que não entendi.

— Pietro, o que está falando? - Ele saiu do carro e me olhou.

— Sua mãe acha que você sumiu ou fugiu, coisa do tipo, ela está fazendo uma tempestade, acho que até seu pai está ai, quero te ajudar. - Nossa! Não posso acreditar que ela fez isso...

— Sério?

— Ela ligou para minha casa. Eu sei que quer ganhar tempo para apresentar o motoqueiro, mas se entrar comigo sua noite estará salva. Pelo menos um pouco mais. - Eu pensei um pouco e queria aceitar, mas não sei se isso seria bom. — Não é hora de pensar, faz isso, e vai ser melhor. - Ele foi na frente e eu o segui, adentramos e realmente meu pai estava ali, eu o olhei completamente frustrada e ele claro que estava repreendendo aquilo tudo. Já minha mãe aproveitou aquilo.

— Olha, Marechal... Ela estava com o Pietro, acho que não precisamos mais nos preocupar. - Disse ela com deboche em sua voz. Era muito irritante.

— Precisamos. Pietro onde vocês estavam? - Perguntou meu pai e ainda não conseguia engolir que Pietro fizesse aquilo para me ajudar. Foi algo significante.

— Me desculpe, estávamos conversando no meu apartamento, desculpem se passou da hora. - Meu pai não estava nem um pouco bem.

— Preciso ter uma conversa com Isabelle, a sós. - Isso fez Pietro ficar tenso, ele me deu um beijo na bochecha e olhou para meu pai.

— A culpa é toda minha, senhor. Devia ter avisado que a levaria, até mais. - Minha mãe não perdeu a oportunidade.

— Marechal tem que dar graças a Deus que Isabelle saia com pessoas como você. - Pietro apenas saiu. Minha mãe era inacreditável. 

— Sai Ellen, quero falar com ela. - Minha mãe não saiu de boa vontade, antes disso deu um suspiro de vitória.

Naquele momento meu pai me olhou como se sentisse tristeza, não sabia bem, mas seu olhar era intensamente triste:

— Tenho apenas cinco minutos para falar com você, sua mãe só me chamou porque achou que você não estivesse com esse garoto, Isabelle, não quero que coisas assim se repitam. Eu seria extremamente grato a você se procurasse não fazer estas coisas. - Falou em bom som, e eu mal me importei com o sermão, eu queria mesmo era descobrir como ele estava vivendo. Porque pelo olhar, pela expressão que tinha, ele não estava nem um pouco confortável.

Por que você? (EM REVISÃO E EDIÇÃO)Where stories live. Discover now