1x12 - Eu te amo.

5.8K 413 112
                                    


Eu só sabia de uma coisa naquele momento, eu tinha que ir embora.

Aquela cena não saía da minha cabeça, aquele momento não saía da minha mente, e como eu não conseguia esquecer as lágrimas caiam cada vez mais pelos meus olhos enquanto eu fazia a mala, doía deixar ele assim, naquele estado deplorável, mas eu não podia, eu o amava demais para ver ele morto.

- Mary, isso é um pouco insensato minha filha. - Minha mãe estava atrás de mim tentando fazer eu mudar de ideia. - Seu pai pode conseguir um emprego para você aqui em Central City.

- Mamãe, eu preciso ir. - Coloco um sorriso falso no rosto virando para olhar ela. - É o melhor hospital, uma boa oferta de emprego, eu prometo que venho nos feriados, sempre.

- Mas querida...

- Carla deixa ela, Mary sabe que essa é a decisão mais sábia. - Concordo engulindo o choro com aquela frase. - Vamos querida, seu táxi chegou.

- Claro pai. - Pego a mala, dou um abraço apertado em minha mãe e saio do quarto.

Meu pai foi comigo até o lado de fora da casa, ele sabia por que eu estava indo embora, por que tomei essa decisão, ele estava lá, todos estavam lá enquanto a vida do homem que amava estava em risco e tomei uma decisão.

Algumas horas atrás:

Eu não tinha conseguido descansar, aquele jornal e as informações que a Gideon me deu fez um belo nó em meu cérebro. Sei que parece loucura, mas confio nela, e a mesma está certa em relação as que eu gosto de chamar de futuro definido, talvez meu destino seja diferente do que eu quero e que eu não posso mexer com o que já está definido.

Pois é, ser adulto e ter um futuro é uma droga.

Estava saindo do quarto quando ouvir um barulho estranho no andar de baixo, com cuidado pego o abajur da minha cômoda descendo as escadas. Meu plano era simples, desacorda o bandido com um abajur na cabeça dele, ligar para a polícia, sair de casa, pronto, ninguém se machucaria com os meus poderes, mas não era um ladrão.

- Surpresa.... Espera, você ia bater em mim com um abajur? - Caitlin pergunta me fazendo abaixar o abajur com um suspiro. - Meu deus Mary!

- Sem essa Caitlin, você que entrou parecendo um ladrão. - Sento no sofá olhando para ela. - O que faz aqui?

- Irmã triste, então isso significa sessão cinema e chocolate. - Caitlin senta ao meu lado, deito a cabeça no seu ombro. - Sinto muito pelo o que aconteceu.

- É, eu também sinto muito.

Pego a barra de chocolate das suas mãos começando a comer, só mesmo um pouco de açúcar no sangue seria capaz de me acalmar, que me faria ao menos esquecer um pouco o que aconteceu na semana, só um pouquinho.

- Falou com o Barry?

- Não, e não quero falar sobre isso. - Suspiro fechando os olhos. - Quero apenas ser mimada pela minha irmã mais velha.

- Dramática.

Rindo pego uma latinha de refrigerante abrindo a mesma quando algo extraordinário aconteceu. O líquido começou a flutuar para fora do lata, do mesmo jeito que aconteceu quando o acelerador de partículas explodiu, Caitlin me olhou assustada no instante em que dois raios entraram correndo fazendo um círculo nos prendendo, levanto do sofá me preparando para atacar quando eles pararam.

Flash estava de frente a um velocista de amarelo e olhos vermelhos, aquele era o Flash reverso.

- Mary Wells ou como gosta de ser chamada, Lightning. - Ele olha para mim fazendo Flash se colocar na minha frente. - Você não cansa de ficar na sombra das pessoas? Primeiro com Íris West, ele nunca vai te ver como ver ela, depois com Caitlin Snow, a irmã inteligente, agora com o Flash, seu "herói". Sério pensei que você era um pouco mais... Digna do poder que carrega.

Não escolhi te amar - The FlashOnde as histórias ganham vida. Descobre agora