CAPÍTULO 76

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                        O combinado era que Molly fosse se encontrar com William no aeroporto, mas durante a tarde ele a ligou e disse que já estava em casa e que poderiam se ver naquela noite. Ela achou estranho, perguntando onde era casa que se referia.

- Highgrove. – William respondeu.

- Você não ia para a Clarence House?

- Mudança de planos, meu anjo. Que horas você sai de Londres?

Ela estava aborrecida, mas não o deixaria saber disso. Disse que tinha que comprar sua passagem, mas que provavelmente dali uma hora estaria saindo da casa de seus avós.

Quando ela subiu, precisou ser rápida para juntar suas coisas. Sua avó não reagiu bem a surpresa de que ela teria que ir embora tão subitamente, mas não discutiu vendo que Molly já estava aborrecida.

Ela não tinha gostado que William tivesse mudado todos os planos. Eles supostamente iriam jantar com seus avós naquela noite.

- Mas por que você tem que ir? – indagou sua avó confusa.

- Eu acho que aconteceu alguma coisa. – Molly explicou arrastando sua mala. – O William está muito estranho. Não é do feitio dele.

- Mas esse menino nasceu com o rei na barriga mesmo. – sua avó dizia irritada. – Ele acha que pode simplesmente ligar e que você volta correndo?

- Vovó, não é isso. Ele entenderia, mas eu estou nervosa com todas essas mudanças de planos e... eu acho que aconteceu alguma coisa.

Molly estava com aquele sentimento ruim no peito há horas, esfregando seu rosto frequentemente e precisando respirar fundo para não surtar.

Acabou que Maurice e sua avó a levaram para pegar o trem. Ela se despediu de Lex com um abraço apertado, reforçando que ela devia ir ao casamento de sua mãe.

Durante a viagem de trem, Molly não conseguiu ler ou escutar música. Ela só se sentia terrivelmente impaciente com a demora que a locomotiva levava para chegar a Gloucester. Faltando algumas paradas para sua descida, Molly discou para William e o informou onde estava. Ela também ligou para sua mãe para dizer que iria jantar em Highgrove.

- Você está voltando hoje? – Scarlett perguntou confusa. – O que aconteceu? Cyrus, isso não fica aí, cacete!

- Eu não sei. William não estava normal no telefone e me deixou apavorada. – Molly explicou. – Estou voltando para casa. Ele vai me levar depois do jantar, ok?

- Ok. Molly, qualquer coisa você me liga...

- Ok.

Mas quando Molly desceu do trem e viu William a esperando, super bronzeado, com os cabelos ainda mais dourados, ela se tranquilizou e foi até ele para abraçá-lo pela primeira vez em meses.

William a tirou do chão, beijando sua boca rapidamente. Um gesto muito incomum para os padrões dele por sinal, mas foi apreciado por Molly porque ao invés de deixá-la mais desconfiada, serviu como tranquilizante.

- Eu senti sua falta. – ele disse suspirando e ainda abraçado com ela.

Molly encostou a cabeça no peito dele, aspirando seu perfume familiar e se sentindo profundamente grata por ter os braços dele ao redor de seu corpo. Trouxe a ela toda a calma e a segurança que tinham se esvaído durante a tarde toda.

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