CAPÍTULO 55

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                        Molly precisou reunir todos os vestígios de coragem que habitavam seu corpo para levantar o punho e tocar a campinha da casa da Srta. Clemence.

Ela honestamente tinha pensado em de repente deixar aquela história para lá. Molly na verdade tinha pensado no assunto sobre seu pai e a Srta. Clemence ser irmã dele muito menos do que o imaginado. Mas sua mãe, e até William, começaram a insistir que ela deveria visitar a jovem mulher de que tanto gostava e de repente conversar um pouco.

Molly tinha pedido para William ir com ela, mas ele disse que aquilo era algo que seria melhor se ela fizesse sozinha. Ela discordava, especialmente agora que suas pernas começavam a vacilar.

- Oh, por essa visita eu não esperava... – disse a Srta. Clemence com um sorriso. – Oi, Molly.

- Oi. – disse baixinho, com os braços unidos na frente do corpo. – Desculpe, eu devia ter ligado. Na verdade eu estava saindo do mercado e decidi passar aqui. Fiquei com medo de perder a coragem.

Clemence riu e fez sinal para que ela entrasse.

- Então você agora também voltou a ir ao mercado? – Clemence perguntou enquanto servia uma xícara de chá para si mesma e fazia um chocolate quente para Molly.

Molly tinha sido levada para a mesa da cozinha, onde havia biscoitos e bebida quente a esperando. A Srta. Clemence colocou a caneca fumegante a sua frente e depois se sentou na cadeira em frente a Molly.

Inconscientemente, Molly procurava traços na mulher diante dela que pudesse lembrar os seus. Ela não encontrou nada, nem os olhos da Srta. Clemence eram semelhantes aos dela.

- Sim, Jeremy e eu estamos de trégua. – Molly disse sorrindo de lado.

- Isso é bom. Nós também estamos, na verdade nunca estivemos em guerra. Só um pouco desconfortáveis, não é mesmo?

- Sim. – Molly acenou com a cabeça. – Eu devia ter vindo imediatamente ou ligado para você, mas eu confesso que não pensei muito no assunto ultimamente... eu acho que minha reação foi bem menos dramática do que eu imaginei que seria.

- Eu tenho que concordar. – Clemence riu. – Eu achei que você viria até a mim imediatamente, um pouco confusa, um pouco magoada... quando você ficou em silêncio e sua mãe me disse que você reagiu a tudo com muita tranquilidade eu fiquei passada.

Molly encolheu os ombros. Ela não estava exatamente tranquila, algumas coisas ainda eram confusas, mas ela não teve uma reação tradicional de dramas americanos.

Ela tentou absolver aquilo com dignidade pelo menos, Molly não queria dar um show.

- Você é minha tia então. – Molly murmurou.

- Sim, sou sua tia, Molly. – Clemence confirmou. – Como você se sente sobre isso?

- Eu estou bem. Quer dizer, eu sempre soube que você gostava muito de mim, mas agora eu entendo o motivo.

- Eu ia gostar de qualquer jeito, Molly. – disse Clemence com honestidade. – Eu vejo muito de mim em você, vejo muito do meu irmão também. O Peyton tinha essa natureza tranquila, ele dificilmente se exaltava por qualquer coisa. Eu me lembro de ver Scarlett esbaforida e te arrasto pela mão, você tinha cinco anos e andava calmamente ao lado dela como se nada tivesse acontecido.

Molly ficou vermelha, mas sorriu, porque era verdade. Naquela época sua mãe trabalhava ainda mais, ela sempre estava correndo para alguma coisa.

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