CAPÍTULO 63

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                        Molly aguardou em silêncio enquanto William recebia as informações da festa de Sam que tinha acontecido há três dias atrás. Dali dois dias ele estaria em casa, algumas vezes Molly cogitou esperar para contá-lo pessoalmente, mas temeu que talvez não tivesse coragem e como ela queria que William soubesse em primeira mão que ela tinha passado uma hora na cozinha com Sam, não teve outra alternativa senão contá-lo.

- Eu não estou bravo. – foi a primeira coisa que ele disse. – Mas acho que já passou da hora de você cortar o Sam de vez.

- Ele é meu amigo!

- Eu não disse que ele não pode ser seu amigo. – William se defendeu. – Mas eu estou ficando um pouco cansado disso, Molly. Se eu tiver que falar com ele vai ser pior!

- Você não vai dizer uma palavra ao Sam. – Molly advertiu. – Não estávamos fazendo nada de mais, fomos comer oreo e tomar refrigerante. Acabamos conversando e nos distraindo.

- Ele fechou a porcaria da porta. – William disse irritado. – Você poderia também ter pedido para que ela fosse mantida aberta. Eu confio em você, mas as pessoas comentam e provavelmente devem me achar um idiota chifrudo!

Ela ficou calada, sem argumentos para contrariar aquilo.

William não tinha gritado ou dito nada demais, mas ele tinha um jeito único de fazer com que ela se sentisse culpada. Molly se sentia extremamente burra depois de ter concordado em ir para a cozinha com Sam.

- Me desculpe, William.

- Você não tem que se desculpar. Eu preciso que você acabe de uma vez com isso. – William disse em súplica. – Se o Sam não consegue ser só seu amigo, então ele poderia pelo menos se afastar!

Molly contemplou sua redação avaliada em B-. Ela não tinha gostado daquela nota e estava do lado de fora da sala do professor Daniels esperando ser convidada a entrar.

Seus olhos começaram a encher de lágrimas, mas Molly olhou para cima até impedir que elas escorressem pelo seu rosto. A última coisa que precisava era Dick pensando que ela não tinha emocional para receber uma nota regular.

A porta se abriu e Millie Baskel saiu pisando duro, carregando seu B+ e xingando palavrões para si mesma.

- Hammond. – o professor chamou de dentro da sala.

- É sua vez. – William murmurou.

- Eu sei... – sua voz estava um pouco embargada.

- Não chore, por favor, você vai me fazer sentir mal. – William pediu. – Daqui dois dias eu estou em casa. Nós vamos ficar juntos até o seu último dia.

- Que vem a ser o dia seguinte a sua chegada. – Molly resmungou.

Ela se levantou, pegando sua mochila e seu casaco.

William riu.

- Eu vou no próximo fim de semana para a fazenda. – William relatou. – Só teríamos mais um par de dias.

- Ainda são um par de dias. – suspirou. – Eu preciso entrar. Nos falamos depois?

- Sim. Boa sorte.

Molly entrou no gabinete de Dick e se sentou de frente para ele, ouvindo atentamente tudo que ele tinha a dizer sobre sua escrita. Era o fim do curso e ele iria apontar os erros e acertos de seus alunos.

WIN SOME, LOSE SOMEOnde histórias criam vida. Descubra agora