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Atlas

Camila que prestava atenção em cada palavra que eu falava enquanto olhava para o teto, sorriu.

Ela apenas sorriu.

- Não é o perfeito, mas o imperfeito, que precisa de amor. Oscar Wilde estava certo quando escreveu isso. – ela direcionou seu olhar para o meu. – Você pegou algo imperfeito e colocou o seu amor nisso. – subiu novamente o seu olhar para o teto estrelado e completou sorrindo largamente. – E é isso que fez a sua constelação tão especial.

Quando ela queria, mesmo que sem querer, Camila me deixava sem chão com suas palavras tão precisas e sinceras.

Após ter forrado o chão com alguns panos que Eliot tinha trago e escondido pra mim no canto da sala, nos deitamos da forma mais confortável que era possível naquele momento. Camila estava deitada ao meu lado, segurando uma de minhas mãos enquanto olhava para o teto estrelado. A latina parecia refletir.

Fiquei por longos segundos encarando o perfil de Camila.

- Você tem uma imagem maravilhosa dessas no teto e mesmo assim não para de me olhar. – disse soltando uma risada tímida.

- É porque você não sabe o quão linda é. Se soubesse...

Se ela soubesse.

- Você é muito boba quando quer, sabia?

Camila agora tinha o rosto virado para mim. Nos encaramos por poucos segundos. Senti meu coração apertar, mas logo tratei de segurar qualquer tipo de emoção exacerbada.

- Por que me trouxe aqui, Lauren? – a latina questionou de forma cautelosa passando a mão suavemente no canto do meu rosto.

Ela não sabia, mas naquela pergunta pareceu saber.

Eu nada disse, apenas tirei a sua mão do meu rosto e subi em seu corpo deitando o meu corpo sobre o dela. A luz estava bem fraca, mas eu ainda conseguia ver o seu rosto.

Camila envolveu os seus braços sobre o meu corpo e repentinamente me puxou para um abraço apertado.

Seu abraço fez com que meu rosto ficasse preso na curva de seu pescoço onde eu deitei a minha cabeça e aproveitei para sentir o cheiro que eu mais amava no mundo.

Seu cheiro era uma das coisas que eu também gostaria de nunca esquecer.

- Eu quero você. – falei o mais baixo possível perto de sua orelha. – Seja minha só mais uma vez.

Ouvi Camila engolir seco e me puxar pra cima fazendo com que eu ficasse na mesma altura que ela. Seus olhos castanhos chocolate estavam mais vivos do que nunca.

- Não só mais uma vez. – ela tocou o meu rosto com uma incrível delicadeza. – Eu sempre serei sua.

Ela não sabia...

Fiz com que Camila se sentasse de frente pra mim a puxando para o meu colo e cuidadosamente comecei a tirar a sua blusa em meio a um beijo intenso. Minhas mãos deslizavam gentilmente sobre as suas costas ajudando a me livrar da última peça de roupa que cobria a parte de cima de seu lindo corpo.

Ela jogou o seu cabelo para o lado de força que eu diria até sensual se não fosse com tanta naturalidade, me lançou um sorriso quase que sagaz e me puxou novamente para um beijo apaixonado.

Nossas roupas se espalharam ao redor de nós duas de forma fortuita e só o que restava era o calor de nossas peles em contato uma com a outra.

Camila ofegava com os meus beijos que trilharam do seu pescoço até o vale de seus seios. Trabalhei intensamente naquela área do seu corpo arrancando gemidos agudos da latina que arranhava os meus ombros com adoração.