Capítulo 2

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     Quando Raquel acordou, ela já não ouvia mais zumbidos. Ainda com os olhos fechados, ela demorou um pouco se recompor, colocando seus pensamentos em ordem. Ela não fazia a mínima ideia de como chegara em casa e nem quem a trouxera.
   A claridade ultrapassava suas pálpebras ainda fechadas. Quando abriu os olhos, os raios de sol que entravam pela janela arderam seus olhos. Raquel se contraiu na cama cobrindo a cabeça com o lençol, seus olhos doíam, parecia que estavam lhe  enfiando dezenas de agulhas neles
   Ainda encolhida de baixo do lençol esperando os olhos pararem de doer, ela percebeu que aquela não era a sua cama e nem o seu quarto, o sol não batia em sua janela hora nenhuma, passava perto mas não de frente assim. Aos poucos foi abrindo os olhos de baixo do lençol acostumando se com a claridade. Se perguntava de quem era aquela cama, de quem era aquele lençol. Não era dela, isso ela tinha certeza, quase, a não ser que sua mãe tenha trocado tudo do seu quarto, até a janela de lugar. Tentou se lembrar do quarto da sua mãe, de que lado era a janela e como eram os seus lençóis, mas não conseguiu. Ela não havia forças para tal coisa. Suas lembranças vagavam perdidas em algum lugar do seu cérebro e  ela não as encontrava.
   Um calafrio percorreu a sua espinha, um pânico se alastrava dentro dela. Ela não sabia a onde estava e nem quem a trouxera, tentou pensar em Lia ou um de seus amigos, mas não conseguia pensar direito e nem se mexer devido ao seu ataque de pânico.
   "Inspira, expira... inspira, expira..." dizia para si mesma tentando se acalmar. Prestou atenção a sua volta, em sons que podessem ajuda-la a identificar a onde estava. Mas não se ouvia nada, nem carros, motos, canto de pássaros, gato, cachorro, TV. Nada. Silêncio total!
   Fechou os olhos novamente prendendo a respiração para ajudar a se concentrar melhor. De nada adiantou. Ouviu apenas um ruído lá longe e antes mesmo de tentar reconhecê-lo, soltou pesadamente o ar de seus pulmões, não aguentando mais segura-los. Inspirou profundamente o ar até encherem os pulmões novamente e depois o soltou. 
   Inspirou também um cheiro bom, o cheiro do lençol. Reconhecia aquele perfume vagamente, mas não se recordava de onde. Fechou os olhos para se concentrar. Puxando lá do fundo da suas lembranças, cheirou o lençol novamente. Estava o reconhecendo. E para ter certeza, cheirou o novamente. 
   "Mas que merda! " exclamou.
   Raquel sabia a onde estava.
   Por dias ficava com aquele perfume grudado em suas roupas, até mesmo em sua cama. O perfume a qual a fazia pensar em safadeza, um perfume que a deixava louca fazendo com que perdesse o juízo. Um perfume que ninguém mais tinha a não ser ela...
  No mesmo instante em que o reconheceu, Raquel desejou estar em qualquer outro lugar ou buraco que fosse com um desconhecido psicopata qualquer, menos ali. Não ali. Não depois de dizer tudo o que pensava, suas fraquezas...
    Ocorreu lhe que ela poderia estar ali do seu lado, nesse exato momento, a observando -ela sabia fazer isso muito bem, observar- esperando o momento certo para interroga-la.
    Um outro calafrio percorreu lhe a espinha. 
    Raquel precisava sair dali o mais rápido possível. Agora!
  Mais que depressa traçou um plano de fuga. 
     *Primeiro: ver se ela estava no quarto;
     *Segundo: levantar sem fazer barulho; 
     *Terceiro: caminhar sorrateiramente pelo corredor até chegar à sala;
     *Quarto: destrancar a porta (se estivesse trancada);
     *Quinto: abrir a porta bem devagar;
     *Sexto e último: pernas-pra-quem-te-quer!!
   "É um bom plano" pensou. Agora era torcer para que desse tudo certo.
  Lentamente Raquel deslizou seu braço pela cama em busca de algum sinal dela, não encontrou. Aos pouco foi descobrindo a cabeça para olhar melhor a sua volta, torcia para que ela não estivesse parada em pé do lado da cama a encarando com aqueles dois grandes olhos castanhos que a fazia se perder neles. 
   Não estava.
   Raquel respirou aliviada, só então percebeu que havia prendido a respiração.
   "Segundo passo."
   jogou o lençol para o lado, as pernas para fora da cama, sentou se.
   Péssima ideia.
   No mesmo instante a sua cabeça começou a girar, havia levantado rápido demais. Sua visão ficou embaçada, sua cabeça parecia pesar 2 toneladas que estavam a esmagando.
   Sua cabeça pesada, doía. Raquel se jogou para trás antes que sua cabeça pesada se projetasse pra frente e ela caísse com a cara no chão sem força para se apoiar. Sinos badalaram dentro da sua cabeça quando caiu na cama, ela m não conseguia mais mexer um músculo se quer.
   _Aqui está um remédio para a sua dor de cabeça. -disse Marina atravessando o quarto trazendo um copo com água e uma cartela de remédio. Colocou os no criado mudo ao lado da cabeceira.
   "De onde ela saiu!?" Raquel se perguntava, queria saber também se ela estava parada ali esse tempo todo a vendo pagar aquele mico.
  _Suas roupas estão aqui! - continuou Marina enquanto colocava as roupas, lavadas e passadas, no pé da cama. 
   Instintivamente, Raquel passou a mão pelo seu corpo, percebeu que estava sem roupas só de calcinha e sutiã, imediatamente puxou o lençol para se cobrir. Sentia se frustrada por não ter percebido que estava sem roupas e sentia mais frustrada ainda por estar naquele estado na frente dela. Não tinha nem coragem de olhar em seus olhos.
   Sem nem pensar duas vezes, Raquel jogou o comprimido na boca bebendo o copo d'água de uma só vez. Sua boca estava com um gosto amargo horrível.
   Marina estava parada na porta, os braços cruzados, sua expressão era serena. Não disse nada, apenas a observa pacientemente. 
   Raquel a odiava, odiava o jeito que Marina a olhava tentando decifrar o que se passava em sua cabeça, sentia se intimidada, a qualquer momento Marina poderia descobrir seus pontos fracos e usar contra ela. Queria manda-la ir a merda, que saísse dali ou que parasse de encara-la, mas se não tinha coragem de olhar em seus olhos quem dirá ter coragem de dizer alguma coisa.
    Mais cedo ou mais tarde Raquel teria que sair dali, ela queria que fosse agora mas a sua cabeças ainda doía muito e por enquanto, esperaria o remédio fazer efeito. Enquanto isso não acontecia, encarava o teto evitando o olhar penetrante de Marina.
   O remédio devia ser bom mesmo porque 3 minutos depois, Raquel já não sentia tanta dor assim, conseguia mexer a cabeça sem ficar ouvindo sinos. Só sua boca que estava seca e precisava desesperadamente de um copo de água. Mas aquela era a hora, Raquel daria o fora dali o mais rápidopossível. Assim que vestisse suas roupas, é claro.
   Ainda sem coragem para encara-la,  em poucos movimento Raquel conseguiu se levantar, meio zonza mas conseguiu. Enrolou se no lençol, pegou as roupas e foi se arrastando para o banheiro se trocar. 
   Ela até que poderia tomar um banho para se sentir um pouco melhor, mas a pressa de dar o fora dali era tanta que não o fez. Surpreendeu se com a rapidez com que vestiu suas roupas. Agora só faltava o tênis.
   Raquel estava desanimada com a imagem que via no espelho, pálida, olhos borrados, cabelo bagunçado. Sua boca ainda amarga num gosto de vômito velho.
    Começou a rir.
    "Que show que você deu, em?" perguntou a si mesma.
   Sair, encher a cara, ficar doidona, acordar em uma cama -às vezes nem era em um cama- com alguma desconhecida e não fazer a mínima ideia de como fora parar ali e a onde estava, numa monstruosa ressaca, era a cara dela.
   "Digna!" concluiu Raquel.
   Se fosse há um tempo atrás, ela não estaria nem aí pra nada e ficaria super de boa. Mas hoje não. Não aqui. Raquel não fazia a mínima ideia de como fora parar ali e nem o que aconteceu.
   "Como vim parar aqui? Merda! Ela deve estar me odiando!" Seu maior medo era de ter batido na porta dela altas horas da noite, bêbada e implorando para voltarem.
   Raquel sentiu seu estômago revirar.
   Foi até o vaso sanitário preparando se para vomitar, mas nada veio, por fim enfiou o dedo na garganta vomitando, odiava aquela sensação de querer vomitar e não vomitar. Um caldo esverdeado e amargo que saiu de sua boca fez com que arrepiasse o corpo inteiro. 
   Deu a descarga. Lavou o rosto, enxaguou a boca com o enxaguante bucal que achou no armário. Seu cabelo estava sujo, gosmento em algumas partes, não queria nem pensar no que era aquilo, o prendeu em um coque mal feito. 
   Pronto. Raquel estava mais ou menos apresentável, agora poderia encarar Marina de cabeça erguida. 
    Ao sair do banheiro decidida a encara-la, Raquel perdeu toda a sua coragem quando entrou no quarto, Marina ainda estava em pé encostada na porta do quarto.
   Ela era tão bonita mesmo com cara de brava, mesmo com raiva e até mesmo descabelada ao acordar, mas Raquel nunca viu um único fio de cabelo de Marina fora do lugar. 
   "Merda!" Raquel xingou em pensamento, "Ela não cansa nunca, não?". Sem coragem para encara-la, Raquel ficou parada no meio do quatro olhando em volta, avistou o seu celular no criado, o pegou.
   "Descarregado, grande merda!" bufou.
    Marina respirou fundo trocando a perna de apoio.
    _Me desculpe... -disse ela por fim.
   Raquel sentiu seu estômago revirar novamente. Marina estava pedindo desculpas, mas como Raquel era muito cabeça dura, ela não ia dar o braço a torcer.
   _Pelo quê? -pergunta Raquel indiferente sem olha-la nos olhos.
   _Por tudo aquilo que você disse... -responde Marina com a voz rouca.
   Raquel não a deixou terminar, queria esquecer aquilo tudo. Fingir que nada aconteceu.
   _Olha, -limpou a garganta evitando contato visual com Marina- esquece isso, tá? Eu estava bêbada e sai falando um monte de merda por aí. -ela procurava seu allstar surrado mad não os achava.
   _Estão na sala. -disse Marina adivinhando seus pensamentos.
  Raquel hesitou. Ela teria que passar pela porta, a única saída, e Marina estava bloqueando a única saída que havia ali -a não ser a janela, mas isso é uma outra história. Querendo ou não, agora Raquel teria que enfrenta-la.
   Mas ela não conseguia, não agora.
   Adivinhando mais uma vez os seus pensamentos, Marina abre caminho para que Raquel pudesse passar pela porta, mas não saiu dali. 
   Raquel começou a se perguntar se ela estava realmente lendo os seus pensamentos. 
   "Vamos lá, você consegue!". Raquel deu o primeiro passo, "Isso. Cabeça erguida...", deu o segundo passo em direção ao inimigo, "... um passo de cada vez. Não olha, não olha pra ela... Você está quase lá. mais um pouquinho e você estará livre...".
  Ela seguia com as uas pernas trêmulas de cabeça erguida olhando sempe para a frente sem desviar os olhos da sua única saída.
   Marina ainda parada ao lado da porta, a observava calada. Com Raquel prestes a atravessar a porta, Marina estende o braço esquerdo  bloqueando a passagem. Raquel não questionou nem se esforçou para passar, ela só ficou ali parada sem reação alguma de cabeça erguida ainda olhando para a frente. 
   "DROGA. DROGA. DROGA!" Engole em seco.
   Agora mais do que nunca Raquel  precisava manter a respiração presa. A centímetros do corpo de Marina, Raquel queria sentir o seu cheiro, abraça-la, beija-la, e sem respirar, não cairia na tentação tão rápido assim.
   "Aguenta só mais um pouquinho..." dizia Raquel para si mesma "...por favor! ", implorava.
   _Ei! -diz Marina sem tirar os olhos dela.
  Raquel podia imaginar o hálito doce misturando com o perfume entrando pelo seu nariz fazendo com que ficasse zonza. O queria, a queria.
   Como que o cheiro de Marina fosse uma droga e Raquel sendo uma viciada, Raquel precisava cheira-la constantemente para manter o seu vício. O seu corpo parecia saber disso, reclamava pelo cheiro dela, ou por oxigênio. Precisava respirar. 
   Marina ainda bloqueava a passagem. Com a outra mão livre, tirou alguns fios de cabelo solto do rosto de Raquel que a impediam de ver melhor o seu rosto. 
   O toque dos dedos de Marina em sua pele fez com que Raquel estremecesse soltando o ar. 
   _Ei... -repetiu Marina ainda mais perto de seu rosto. Segurou o seu queixo forçando Raquel a se virar- olha pra mim.
   Estavam cara a cara, a poucos centímetros uma da outra. 
  Raquel lutava para não respirar, mas seus pulmões estavam vazios, ela precisava urgentemente de oxigênio. 
   Então Raquel inspirou. Inspirou seu cheiro, seu perfume, seu hálito doce. Era melhor do que ela se lembrava, era melhor do que no lençol. Era melhor do que tudo. Raquel inspirou profundamente inalando cada partícula do aroma de Marina, sua cabeça girou.
   Ela já não conseguia respirar direito. Seu coração acelerado doía o peito.
   Marina acariciou seus lábios entreabertos. Suas mãos eram tão macia quando a acariciava, quando percorria seu corpo de cima a baixo. Mesmo quando Marina segurava firme seus seios, o seu toque era macio.
   Raquel ainda não tinha coragem de olhar em seus olhos. 
   Marina aproximou se mais encostando a no batente da porta. Roçava seus lábios aos dela.
  "Por favor, por favor, por favor!" implorava Raquel para si mesma, "se controla... por favor!". Aquilo era uma tortura.
    Com os punhos fechados, Raquel tentava se controlar para não cair na tentação de beija-la, de toca-la. Queria muito, muito mesmo, mas ela sentia se humilhada demais. 
   _Olha pra mim. -pediu Marina com a sua voz doce, mas ao mesmo tempo firme. Era quase uma intimação.
  Deslizando os lábios até o pescoço de Raquel, Marina a provocava torturando a ainda mais até que olhasse em seus olhos. Raquel sabia disso então optou por encara-la de uma vez por todas e acabar logo com isso antes que caisse na tentação de beija-la.
   Aos poucos Raquel foi levantando os seus olhos encontrando os grandes e redondos olhos castanhos de Marina que a beijava o queixo. Mas infelizmente ela não conseguiu.
   Raquel fechou os olhos assim que encontraram os dela, encarando a. Uma força muito maior do que ela a impedia de olhar Marina nos olhos. 
   Precionando Raquel cada vez mais no batente da porta, com a mão que bloqueava o caminho, Marina desfez seu coque entrelaçando os dedos em seu cabelo segurando o firme. Ela o puxou fazendo com que Raquel inclinasse a cabeça para trás.
   Raquel desviou os olhos encarou a lâmpada apagada do corredor.
   Com a outra mão livre, Marina deslizava a contornando a cintura de Raquel, encontrando sua mão fechada, eela entrelaçou seus dedos nos dela. E para piorar a tortura, Marina precionava seus quadris contra os de Raquel.
   Raquel não fez nada, não reagiu, não resistiu. Só ficou ali parada com os olhos fechados, controlando a sua respiração e contando até 10. Até 50. 100.
   _Olha pra mim... -Marina pediu mais uma vez com a voz rouca e trêmula-... Por favor! 
   E como se fosse um vampiro mordendo o pescoço da sua vítima, Marina a mordeu chupando o seu pescoço de uma forma tão selvagem mas ao mesmo tempo sensual que não havia outra igual. Raquel sentiu todo seu corpo estremecer, todos os cabelos do seu corpo se arrepiaram, um gemido involuntário escapou da garganta. Ela mordeu os lábios para que mais nenhum outro som escapasse de sua boca.
   Os lábios de Marina se curvarem num sorriso. Raquel a odiou por isso, a odiava mais do que tudo. E se odiava ainda mais por ser tão fraca.
   Marina se afastou o suficiente para seus olhos se encontrarem. Raquel se pegou encarando aqueles dois grandes e redondos olhos castanhos, agora já não conseguia mais se desviar deles. 
   Marina ainda segurando a sua mão disse sorrindo.
   _Vem, você precisa de um banho, esta cheirando mal.
   Raquel sentiu suas bochechas arderem de vergonha. Ainda desnorteada não disse nada, deixou que Marina a guiasse até o banheiro. 
   Marina ligou o chuveiro. 
   Raquel não a ajudou a tirar as próprias roupas. Debaixo do chuveiro, Marina a ensaboou, lavou o seu cabelo e o enxaguou. E Raquel adicionava mais uma humilhação à sua lista de "HUMILHAÇÕES".
   Era estranho vê-las assim. Marina  era como se fosse a sua babá nos dias de folga. Apesar da diferença de idade ser pouca, ela tinha mais maturidade do que Raquel que parecia ter 5 anos de idade que ficava emburrada por não ter comido a última bolacha do pacote. Marina tentava corrigi-la de seus erros e suas manias irritantes, mas sem sucesso. Quanto mais Marina tentava concerta-la, mais Raquel se revelava, só para irrita-la.
   Raquel achava aquilo engraçado, Marina não suportava crianças por serem barulhentas, mimadas e irritantes, mas, cuidava de uma criança bem pior do quê as outraa, e ela tinha toda a paciência do mundo para com ela. Com Raquel.
   _Pronto, cheirosa de novo! - disse Marina se afastando para pegar a toalha.
   Agora Raquel tinha um dos perfumes de Marina em sua pele, seu sabonete. Cheirou seu braço rapidamente. Sorriu. 
   Raquel já não se sentia tão humilhada assim. Com os braços abertos, se aproximou de Marina para que a enrolasse na toalha. Passou seus braços em volta do pescoço dela apuxando para si. Raquel fitou seus lábios desejando os. Com a ponta da língua, ela contornou os lábios de Marina, descendo, deixando uma trilha de beijos até seu pescoço.
   Marina tentou beija-la mas Raquel se afastou. Com um sorriso travesso nos lábios e com cara de quem está prestes a aprontar, Raquel deixou a toalha cair no chão revelando seu corpo nu. Marina lambeu os lábios a olhando de cima a baixo e sem esperar mais, como uma leoa faminta atacando sua presa, ela atacou Raquel pressionando a contra a parede fria do box do banheiro.
   Se beijaram. Beijos intensos as deixando sem fôlego. Cada Beijo, cada músculo que se movia, seus corpos procuravam um ao outro se tornando um só corpo. As mãos de Marina percorria caminhos já conhecidos sob a pele nua de Raquel.
   Dessa vez Raquel não se importou com os gemido que escapavam de seus lábios. Tateando a parede, ela procurava pelo registro do chuveiro. Achando o, ela o ligou.
   _Não, não... -Marina tentou se afastar ao perceber, tarde de mais, as gotas quente do chuveiro molhando a.
    _Shhh... por favor... -pede Raquel segurando a.
    Raquel a encostou na parede, se afastou um pouco para ter uma bela visão de dois seios entumecidos que destacavam se na blusa branca molhada. Brincou com eles ali mesmo em cima da blusa, depois a tirou fora. Em uma trilha de beijos barriga abaixo, Raquel se agachou a sua frente desamarrando o cordão de sua calça. Ali em baixo, ela pensou em como Marina se tornara vulnerável, bastava um movimento e... Pronto. Agora ela estava em suas mãos.
   _Raquel, não... Por favor... -pediu Marina ofegante tentando afasta-la do meio de suas pernas.
   Raquel se levanta precionando seu corpo contra o dela. 
    _Shhh... fica quietinha que agora é a minha vez. -diz Raquel a beijando- Agora, seja uma boa menina e comporte se!
  
  

NÃO É A MINHA CULPA SER ASSIM!!!  (Volume 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora