CUSM: Save Bella .

quinquagésimo sexto .

   Eu estava afundada com dores de cabeça e confusão no momento em que despertava para a consciência. O cheiro do Harry preenchia toda a área que me rodeava mas eu não encontrei o seu corpo quando me espreguicei de forma atrapalhada e precipitada. A nossa cama era grande mas a minha posição de estrela permitia-me quase alcançar os extremos do colchão e então eu tinha a certeza que o Harry não estava ali. 

   Quando finalmente abri os olhos eu grunhi profundamente pelas cortinas abertas que deixava os raios solares cair sobre mim. Elas não estavam completamente abertas, apenas o suficiente para que o sol me pudesse atingir na cara. Estava oficialmente resmungona assim que o meu telefone gritou pela minha atenção. A minha primeira reação foi ignorar ao forçar fortemente os olhos mas então eu percebi que não poderia ignorar por muito tempo e foi aí que eu atendi a chamada. 

   « Sim?! » 

   Houve uma gargalhada suave do outro lado e eu estava instantaneamente a sorrir. « Pareces bem disposta, hoje » Ele balbuciou. 

   « Ugh » Eu brinquei. « Christian.. são 5.50 da manhã »

   « Estava a perguntar-me como estava a correr a tua folga » As minhas sobrancelhas cruzaram-se em confusão. « O Harry pediu-me para te dar o dia de hoje, por alguma razão »

    « Oh! » Foi a única coisa que me saiu da boca. 

   « Vocês estão melhor, uhn.. »

   « Eu não sei se alguma vez estivemos mal »

   « Isso não é verdade » Eu podia imagina-lo com um olhar questionador mas firme, a abanar a sua cabeça lentamente.

   « Uh..Ahm, obrigada pela folga »

   « Tudo bem, Styles »

   « O que aconteceu à Swang?! » Eu perguntei curiosa e confusa.

   « Eu não sei ..»

  Nós não falamos durante muito mais tempo e depois disso eu ainda estive na cama pelo que pareceu horas mas foram apenas quinze minutos até que da porta da casa de banho entrou o Harry embrulhado numa toalha preta. 

   Ele tinha aquele ar jovial e fresco que qualquer pessoa invejaria. A sua pele brilhava com as gotas de água e os raios do sol que estava a nascer aos poucos e poucos; afinal eram apenas seis e pouco da manhã. Os meus olhos voltaram a cair sobre o corpo dele enquanto se movimentava de um lado para o outro, sem qualquer tipo de preocupação ou conhecimento da minha consciência. Eu mal podia acreditar naquilo que via.
   Ele era como um Deus grego enquanto a luz matinal alaranjada preenchia o quarto depois de se infiltrar através da pequena abertura das cortinas. Havia uma música a saltar dos seus lábios enquanto ele arrastava os cabides até encontrar as suas calças prediletas. Eu estava a conter a minha gargalhada depois de ver as carrancas que ele ia fazendo contra todos os cabides que eu ocupava com a minha roupa. Os suspiros que deixou cair também estavam a contribuir para o meu surto de animo. Então ele fechou o armário, caminhando até à cama momentos depois. Eu fechei os olhos espreitando depois de sentir as calças caírem sobre os pés da cama. Ele conseguiu uns boxers e uma camisola em poucos segundos e de seguida, ele aproximou-se de novo até alcançar os pés da cama. Os seus olhos correram os lençóis e eu tentei fechar os olhos a tempo acabando por ser eficiente. Esperei os segundos necessários para poder voltar a abrir os olhos e quando o fiz ele estava a preparar-se para se desfazer da toalha. Eu podia sentir as minhas bochechas aquecerem mas então ele parecia demasiado bem com o cabelo cortado por mim e a pele visivelmente suave. Acabei por não suportar um suspiro e aí foi quando eu fui efetivamente apanhada.