CUSM: Save Bella .

trigésimo terceiro .

Os meus olhos estavam irritados quando, esforçadamente, tentei recuperar a minha visão. Não me recordava de adormecer ou sequer da minha localização atual. Contudo, o meu cérebro rapidamente interligou as dores de cabeça que sentia e trabalhou num backup certamente bem-vindo. Demorei uns segundos a erguer a minha pesada cabeça do chão. Ela tinha-me derrubado? Como assim? Eu quase não conseguia esperar por derruba-la da mesma, ou pior, forma.

" Tu sabes... " Era a sua voz de cadela que me enojava enquanto soava. Ergui-me com dificuldade encontrando, assim que a visão total recuperei, uma quantidade de sangue sobre o chão, no exato local onde estava anteriormente. Elevei a minha mão d encontro ao meu rosto procurando algum ferimento.

" Oh, querida, o teu lábio rebentou. Ups, eu lamento mas... podemos curar-te, nós temos por aqui uma caixinha de pequenos socorros. A Bella está sempre a magoar-se " Soltou uma gargalhada alegre como se, de facto, ela convivesse com a Bella como uma mãe ou o caralho e esta fosse a sua casa.

Quero mata-la.

" Esta não é a tua casa! " eu rosnei concentrando todas as minhas forças, por agora, em permanecer sobre o meu próprio pé. Os meus braços abraçavam a banca da cozinha enquanto permanecia atordoada. " E a Bella não é a tua filha! " Se eu alcançasse uma daquelas enormes facas, eu iria esfaqueá-la se isso ditasse o fim da sua perseguição.

A sua risada profunda aflorou arranhando os meus ouvidos. " Bárbara, estás confusa " A sua cabeça tombou, ligeiramente.

" Eu vou—eu vou te matar.. " O meu tom diminui a cada palavra nova que pronunciava. O meu foco estava novamente desfocado, começava a acreditar que a minha queda poderia ter tido consequências piores que o esperado.

" Pareces tonta, tu queres sentar-te um pouco meu amor? " A sua voz soava doce, como se eu fosse uma pequena menina e não ao contrário. A sua figura, mais alta que a minha, tomou uma aproximação e, quando se deixou diante de mim, os seus dedos trilharam o meu rosto com pormenor. Cedia-me demasiada atenção e assustava-me por isso, todavia, vi uma oportunidade e agarrei-a ao cuspir-lhe na cara. A palma da sua mão chocou contra o meu rosto e eu caí numa aspiral de escuridão que desvendava um novo desmaio.

| Harry |

"Ela é complicada "

" Vocês são complicados " Louis emendou bebericando o seu café, estupidamente.

" Não, a sério, isto é tão lixado, Louis " Empurrei o meu cabelo, suspirando drasticamente. " ontem disse-lhe aquela merda toda mas eu não a senti porque eu nunca a poderia deixar. Mas depois, eu não podia voltar atrás.. de repente é como se tudo, é como se tudo.. "

" É como se estivéssemos de volta à universidade " Completou deixando-me sem forma de o contradizer.

Respirei. " Caralho, é mesmo " embasbacado, disse-o. Ele assentiu saltando, por fim, da secretária para fora.

" ou talvez não " encolheu os ombros caminhando pelo gabinete. " eu quero dizer na universidade tu tinhas piercings e perdias a cabeça com ela e não a querias ver.. mas agora tu queres correr para ela e estas a falar dela neste preciso momento e ainda me encheste de uma discrição detalhada da sua vestimenta matinal. Agora eu sei a bomba que ela está e— "

" Cuidado! " Rosnei.

" Por favor " gargalhou. " Como eu estava a dizer.. Agora eu sei que estás que nem um Psico a observa-la da porta do quarto mas sem nunca lhe desejar o bom dia de volta " Ele rolava os olhos e dois dos seus dedos no ar, dramaticamente.

" Eu estava chateado e magoado com as palavras dela, ok? "

" oh, sim, como uma gaja " era uma piada contra mim, certa e claramente.