21 Anos

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- Pow cara amanhã você terá vinte e um anos e vai ficar preso em seu palácio com vinte garotas. – Chaz falou. – Aproveita a noite com seus amigos, acredito que esse um ano longe da gente você vai enjoar de ver tanta mulher. – Ele bebia um gole de sua cerveja.

- Acontece que o palácio ficara aberto para meus amigos, não vou seguir regras dos meus pais. – Respondi sem importância alguma ao dia seguinte.

- Quem dera eu ficar preso em um palácio com vinte mulheres loucas para se casar comigo, você tem sorte Justin. – Ryan falou arrancando risada de todos.

- Mas acontece que eu não quero reinado nenhum, não quero cuidar de cidadães ou de leis que envolve aquele reinado. – Disse impaciente.

- Quem sabe você não ache uma gatinha para se aproveitar lá? – Ryan deu uma piscada para mim enquanto os outros ria malicioso.

- Com certeza será as mesquinhas filhinhas de papai. – Murmurei olhando para o palco onde uma garota dançava sensualmente me atraindo a atenção.

- Todas são meu caro. – Chaz apoiou sua mão em meu ombro olhando para a mesma direção que eu.

A garota estava sobre o balcão dançando sensualmente enquanto alguns marmanjos gritava, assobiava e aproveitava. A música de fundo a deixava animada e pouco se importando com os toques dos caras sobre seu corpo. Sua amiga estava logo embaixo gritando pelo seu nome mas ela pouco se importava ou até mesmo não ouvia.

- Vai pegar? - Ryan perguntou mordendo os lábios.

- Não essa se entrega muito fácil. - Falei sorrindo malicioso, observando como ela dançava incrivelmente.

- Tenta, garotas assim são difícil. - Chaz deu uma piscadinha pra mim.

Bebi um gole de minha cerveja vendo a garota descer do balcão e ir até sua amiga. Olhei para os meninos a ultima vez e segui entre aquela multidão atrás da garota. A encontrei num canto ouvindo sermões da garota que te acompanhava, baguncei meus cabelos e então parei observando um cara se aproximar dela com outras intenções, não boas como as minhas, piores. A vi recusar, gritar, empurrar o cara varias vezes mas ele insistia. Sua amiga te ajudava mas era em vão o homem era mais forte. Dei passos largo até o cara e o cutuquei seu ombro, ele se virou e sem tempo de me ver direito dei um soco certeiro o fazendo cair no chão.

As garotas arregalaram os olhos assustadas e depois rindo ao ver o cara no chão. Passei as mãos pelo cabelo rindo do cara ao chão se levantando aos poucos e a roda a nossa volta se formou, pessoas atentas ao golpes, assobios, gritos até palmas eram ouvidas. O cara se levantou e tentou me devolver um soco, ele estava bêbado o que meu deu mais chance de desviar de seus golpes.

Não abusei muito de sua fraqueza e dei mas dois soco em seu rosto e chutes em sua barriga. O cara estava sem forças para revidar e as pessoas riam de sua fraqueza. Sorri para todos que me idolatravam no momento. Parei a procura da garota que devia estar ali, procurei entre todos naquela multidão ela havia sumido.

E foi assim a minha noite anterior, a minha pré-noite de aniversário.

Os raios ainda não passavam pela janela, as enormes cortinas escura impedia que eles ultrapassassem. Respirei fundo naquele dia e me lembrando que hoje eu estaria completando vinte e um anos e que amanhã essa casa estaria lotada com vinte belas garotas da realeza como minha mãe sempre dizia. Olhei em volta daquele quarto enorme com quem deixaria a minha privacidade e haveria uma mulher ao meu lado na cama, as coisas não poderiam acontecer assim, eu não podia ser obrigado a casar e cuidar de uma sociedade, isso não era pra mim.

Me virei para o outro lado cobrindo me com o edredom mais caro da cidade e ouvi batidas em minha porta ignorei sem vontade de caminhar até a mesma e abrir, morrendo de dor de cabeça. Mais batidas foram ouvidas e dessa vez um estrondo seguido de passos em direção as janelas.

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