Capitulo 65

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Depois de 5 longas horinhas de estrada, chegamos na cidade onde acontece magia. Mesma galerinha do ano passado veio comigo, logo, Betina e Pamela.

Pamela tava solteríssima, e ela não quer voltar amarrada com ninguém.

Não sei que horas a galera de Minas iria chegar, mas já estavam na estrada desde ontem. Eu e as meninas ficamos de trazer algumas coisas pra fazermos almoço, como carne, arroz, e alguns vegetais e trouxemos alguns fardos de cerveja também.

Já escolhemos nossos quartos também, o bom que cada casal conseguiu um quarto privado, já deixei meu e do Caio tudo arrumadinho. Já que, provavelmente, eles vão chegar super no cansados da viagem e vão descansar um pouco antes de irmos pra festa.

[...]

– Ainda bem que minha mulher é prendada - Caio falava enquanto entrávamos no nosso quarto

– Viu só, coisa melhor cê não arruma nem com reza braba - digo e ele se joga na cama, gargalhando

– Tô morto - deito do lado dele

– Dorme um pouquinho, depois te chamo pra ir tomar um banho - falo acariciando seu rosto

– Tava com saudade - ele agarra minha cintura, fazendo com que nossos corpos ficassem colados

– Também, tava morrendo de saudade do meu minerin

– Dorme aqui comigo, depois a gente toma banho junto

– Que proposta tentadora

– Imperdível - ele fala brincando

Me aconchego melhor em seus braços, que eu acariciava, enquanto ele dava um cheiro na minha nuca. Senti tanta falta disso.

Não demora muito e percebo que ele adormece, pouco tempo depois faço o mesmo.

[...]

Acordo e Caio ainda dormia profundamente, tava cansado pra um caralho, tadinho.

Aproveito e vou tomar meu banho quentinho, lavo meu cabelo e depois seco, já fazendo meu babyliss logo em seguida. Amo essa parte de me arrumar pro rodeio.

Começo minha maquiagem, faço uma pele um pouco carregada, de festa, pra durar a noite toda. Faço um olho que dê um pouco de destaque e passo um batom nude, com um gloss por cima. Antes de terminar de me arrumar vou acordar Caio, que ainda dormia igual pedra.

Vou até a cama, chacoalho ele, mas nada do menino abrir os olhos. Vou pra minha tática infalível.

Mordisco o lóbulo de sua orelha, e vou deixando um rastro de beijos em seu pescoço, não me esqueço de passar minhas mãos em seu corpo. Percebo que o mesmo desperta quando ele me beija com tudo, ficando por cima de mim.

– Vai tomar um banho - digo no pé de seu ouvido

– Achei que iríamos juntos - ele responde ainda em cima de mim

– Cê sabe que eu demoro pra me arrumar

– Antes de dormir, cê não me escapa viu mocinha - ele fala saindo de cima de mim, indo pro banheiro.

Enquanto ele tomava banho, termino de me arrumar, pro primeiro dia escolho algo não muito chamativo, um corset marrom, todo em camurça, tomara que caia, uma calça básica, com uma lavagem um pouco escura, botas marrons e meu chapéu cru.

– Nossa senhora, que mulher é essa - Caio vem até mim com a toalha na cintura

– Juro que se fosse mais cedo eu tiraria minha roupa agora - digo

– Eu atraso o relógio, tem problema não - reviro os olhos e termino de abotoar meu cinto

– Põe uma roupa logo, meu fio

Ele se arruma todo, coloca uma camisa de manga longa branca, minha religião todinha, com seu chapéu preto. Tava um gostoso.

– Ainda bem que você é meu

– Gostou?

– Cê fica uma delícia com esse chapéu

– Eu sei né, minha fia - ele deixa um selinho em meus lábios - Vambora

[...]

Pra não perder o costume, como sempre, viemos primeiro na praça de alimentação, e eu, como sempre, fui de hambúrguer. Já tava com lombriga de vontade de comer esse lanche de novo.

Estávamos todos sentados na mesa batendo maior papo, ou melhor, colocando o papo em dia, porque assim que todo mundo chegou, descarregaram as coisas e foram dormir.

– Aqui mas cês tão sabendo da notícia do ano né? - Ryan fala com empolgação, vamo ouvir a fofoca

– Desembucha - Vitor fala curioso

– A família vai crescer, galera

– Quem foi que cê engravidou Ryan? - Caio pergunta

– Antes fosse filho meu - ele responde deixando todo mundo chocado

– Uai... filho de quem? - Pergunto

– Vitinho vai ser papai - ele solta a bomba

Olho pra Gabi e Vitor, e vejo os dois com cara de interrogação.

– Isso é sério, Gabi? - Betina fala

– Ryan, de onde é que cê tirou isso? - Gabi questiona

– Vozes da cabeça dele - Vitor responde

– Tanta fake news que esse menino espalha - Pamela fala negando com a cabeça

– É nada, tô sentindo cheiro de neném no ar - ele diz pretensioso

– Pode ficar tranquilo Ryan, cê pode ficar preocupado com chá de fralda só daqui uns dois, três anos - Vitor fala por todos e o fofoqueiro revira os olhos, fazendo cara de deboche

– Temos um vidente agora - Fabi fala tirando sarro, fazendo com que todos rissem

– Vão te fude - ele responde bravo, e aumentamos a gargalhada

– Olha quem voltou.... - Neto chega escondendo algo atrás de seu corpo

– Aí de você se não voltasse - Betina fala em tom de ameaça

– Relaxa vida, tô falando de mim não - ele logo pega a garrafa de 51 que escondia e balança, fazendo com que todo mundo soltasse um assobio

– Quero nem ver no que isso vai dar - Gabi dizia

– Vai ser só alegria, Gabizinha - Neto falava já despejando um pouco da cachaça na boca de Ryan

Não chegou nem na metade do primeiro show, galerinha já tava tudo louca, não que eu também estivesse 100% sóbria. Sei que aproveitamos, como a gente gosta de aproveitar o primeiro dia, mesmo estando muito cansados da viagem, só fomos embora quando a Mari Fernandez, o último show da noite, falou tchau e saiu do palco. Devia ser quase 5 da manhã.

[...]

Lembrança BoaOnde histórias criam vida. Descubra agora