Amanda, uma jovem de apenas 22 anos, decide ir para a tão famosa Festa do Peão Boiadeiro de Barretos com sua prima e melhor amiga, para esquecer um pouco de todo estresse do dia a dia, com o trabalho e algumas relações pessoais. Lá ela cria diversas...
– Ihh oiá lá - fala Neto parando de bebiricar a cerveja e aponta pra mim e pro Caio, que fofoqueiro
– Tô falando que esse é mais bagre do que ceis pensa - diz Vitor rachando o bico, outro que tava mamado
Eu olhei pro lado rindo também, mas ainda agarrada no pescoço do Caio, não sou boba nem nada, um homem desse e não tirar uma lasquinha.
O show foi passando e eu cantava loucamente quase todas as músicas, a maioria romântica, uma vez ou outra eu e Caio ficávamos agarradinhos, e nem gostava, imagina.
Depois de mais algumas caipirinhas, cervejas e depois que show acabou fomos embora pro hotel, que cansaço de caralho. É que noite meus amigos, que noite.
[...]
Quartou no Barretão e hoje é só modão xonado, que amo demais da conta. Acordei um pouco mais cedo hoje, o porque? Não me pergunte. Acordei justamente na hora do almoço, que delícia, é hoje que experimento a comida desse hotel. O café sei que é uma delícia agora vamo ver aquele arroz com feijão e um bife, hummm.
Me levanto faço minhas higienes, uma maquiagem bem básica, coloco um vestido curto laranja e uma rasteirinha nos pés. Acredito que nenhuma das meninas estejam acordadas, então nem comunico ninguém.
Desço até o restaurante e já sinto aquele cheirinho de comida caseira, confesso que tô com muita vontade de comer um arroz com feijão, há dias que vivo de Brahma e hambúrguer.
Faço o meu prato típico de todo brasileiro, arroz, feijão, bife, batata frita e uma salada, que a gente tenta ser fitness. Como tudo e vou atrás de um chocolate ou qualquer tipo de doce. Acho uma máquina com vários doces e decido pegar um suflair. Depois vou comer ele na área da piscina, pego uma espreguiçadeira e fico lá olhando a paisagem do as hotel, que é lindo, enquanto como meu chocolate.
Alguns minutinhos lá e meu celular vibra, olho na tela e é uma mensagem de Caio, talvez eu esteja me apaixonando, percebi quando coloquei um sorriso bobo no rosto, já era família.
Mensagem ON Caio:Bom dia, boa tarde, boa noite Tá acordada? Amanda:
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Acho que não Caio: Topa de sair um pouquinho, só nós dois?Amanda: Depende, pra onde? Caio: Surpresa, só leva biquíni Amanda: Humm, combinado, que horas cê vem? Caio: Fica pronta que daqui cinco minutos tô passando aí Amanda: Ok, me liga quando chegar, beiju 😘 Mensagem OFF
Cinco minutos é só o tempo que eu levo pra subir e descer esse trem todo aí, mas bora arrumar minha bolsa e colocar um biquíni nesse corpinho.
Subo e arrumo tudo o mais rápido que consigo, tento fazer um check na minha lista mental, pra ver se não tô esquecendo de nada. E, aparentemente, não estou. Assim que termino de colocar meu protetor na bolsa, meu celular começa a tocar.
Chamada ON – Já tô descendo – Tô te esperando aqui na portaria – Quer subir? – Se eu subir, a gente não vai hoje – Não seria tempo perdido – Amanda cê não me tente – Já desço, tenha paciência comigo Mensagem OFF
Eu tentei, mas vamo descer logo 11 andares, graças a Deus que existe elevador nessa jossa, caso contrário nunca mais ia precisar treinar perna.
[...]
Desci até a portaria e já avistei a Ranger chumbo, Caio me esperava lá dentro.
– Olá enjoada
– Oii beudinho - digo entrando na camionete e nos cumprimentamos com dois beijinhos no rosto - pra onde é que cê vai me levar?
– Já falei que é surpresa
– Hum então tá, precisa colocar venda também?!
– Não, pode ficar tranquila, não vou fazer nada que você não queira.
Pegamos rodovia, ele tá me sequestrando, e eu não avisei ninguém. Puta merda. Mas olha, ele dirigindo fica mais atraente ainda.
Depois de uns 30 minutos chegamos em outra cidade, Olímpia, que vi na placa. Que porra tem em Olímpia?
– Tamo quase chegando
– Onde cê tá me levando? - pergunto, dessa vez com a voz firme
– Aqui - ele aponta para a frente, Thermas dos Laranjais, eu nem gosto de água não, magina - gostou?
– Não sei, não entrei lá ainda - digo mantendo a postura, mas por dentro a criança que habita em mim tá pulando de alegria
– Já não bastava a vaca, agora ocê me dando coice também - eu rio da cara dele, tadinho
Ele procura um lugar pra estacionar, que não fica tão longe da recepção, e logo descemos da camionete
– Trouxe biquíni né?
– Querido, eu já vim preparada - digo e estico a gola da minha blusa até aparecer a alça do biquíni
– Depois fala que não gostou - diz fazendo biquinho
– Larga mão de ser dramático, é claro que eu gostei, adoro tudo que tenha água no meio - falo e passo a mão pela cintura dele, ou no quadril, já que ele tem quase 2 metros de altura.
Compramos os ingressos, e por mais que eu insistisse em pagar o meu ele usava o argumento "Eu que te convidei, então eu vou pagar", então tá né, tenho certeza que se fosse eu no lugar dele faria a mesma coisa, mas ainda queria ter pago o meu, talvez eu seja um pouquinho orgulhosa demais quando é assunto financeiro.
Eu sempre tudo que quis, nunca passei necessidade na vida, graças a Deus meus pais sempre me deram de tudo, mas sempre quis me tornar independente, sem precisar falando com o que eu gastava ou o porque. Hoje tenho minha liberdade financeira e sou muito grata por ter conseguido isso, foram anos de estudos e dedicação em entender o que realmente eu precisava fazer pra realizar esse meu sonho, de poder me bancar sem ajuda de ninguém.
Assim que entramos no parque fomos direto para os armários, deixar as nossas coisas lá. Daqui pra frente é só eu e o Caio perambulando por aí sem ninguém nos atrapalhando.
– Cê não tá com fome? - ele me pergunta
– Eu tinha acabado de almoçar quando você me mandou mensagem, fiz uma pratada, tô de boa de comida POR ENQUANTO - dou ênfase no "por enquanto" o que significa que vou querer comer depois.
– Beleza, você tá de bucho cheio mas eu não então vamo ali pra eu comer um pouquinho também - ele fala me puxando para as escadas em direção ao restaurante
Ainda estávamos com chinelo, que o chão tava pelando de quente, eu tinha tirado minha blusa e ficado só de shorts, e Caio também. Chegando lá ele fez o pedido e alguns minutos depois aparece com um pratão de strogonoff. Humm, que delícia.
– Se eu soubesse que tinha strogonoff tinha pedido um pra mim também - digo
– Nossa senhora, mas cê ia aguentar?
– Quem sabe, talvez - digo e nós rimos - sempre fui um buraco negro
Ele começa a comer e eu fico vendo ele saborear aquele prato, que está com uma cara ótima.
– Quer um pouquinho? - até que enfim ele ofereceu - tá parecendo aqueles cachorro vira-lata - diz e ri, e eu apenas afirmo com a cabeça, animada.
Que strogonoff maravilhoso, claro não é igual o da minha mãe, mas faz tanto tempo que ela não faz nada que esse daqui dá pro gasto.
Ele termina de comer e vamos novamente para os armários, dessa vez deixar tudo lá, que agora é só piscina.
