Capitulo 35

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Minutos depois todos aparecem na sala e fomos rumo a sala de TV, onde tem uma televisão enorme e um sofá enorme também, pra caber todo mundo, eu e Neto fomos rapidinho fazer dois baldes de pipoca enquanto os meninos escolhiam o que íamos ver.

– Ó já dá até pra eu casar - Neto fala se exibindo, como se ele fosse viver de pipoca pro resto da vida

– Já da pra pedir a Bet em casamento então - digo, rindo - O que escolheram seres? - pergunto assim que entro na sala

– Todo mundo aqui concordou em ver Invocação do mal 2 - Caio diz

– Terror em plena segunda-feira à noite? Tá brincando né? - Neto fala como se Caio tivesse dito algo absurdo

– Tá com medo Neto? - pergunto

– Não é isso não, só que você vai perder seu homem que vai ter que dormir comigo depois, que vou passar a noite sem pregar os olhos - ele fala assustado

– Eu não tenho homem nenhum menino - que ele durma com quem bem entender, percebo que Caio me olha com reprovação, azar o dele.

– Que tal uma comédia, um filme de ação, tudo menos terror galerinha? - ele insiste em mudar de filme

Depois de mais meia hora pra discutir que filmes iríamos ver, porque segundo Neto ele ainda queria dormir tranquilamente sem ver nenhuma assombração, colocamos uma animação, vulgo Zé Colmeia, fala sério se não é um dos melhores filmes da vida?!

– Puta merda, se fosse pra ver isso tinha fica no quarto mesmo - Ryan retruca

– Só voltar né - Vitor responde

– Você já foi mais amável - ele fica indignado

O filme começa, e todos vemos com certa atenção, quando está quase no final começo a ouvir roncos, vindo de Neto, deu azia do filme pra depois nem terminar de ver.

Como ainda eram umas 21h da noite, porque não fazer maratona, pelo menos eu consigo até de madrugada, fazia isso direto com meu pai, mas não vendo filme do Zé Colmeia, e sim Rambo, Indiana Jones, filmes de ação e faroeste, sempre fomos fascinados.

Com o bebezão já dormindo, colocamos um filme de ação, e depois mais outro, e depois mais dois, os meninos foram indo pro quarto enquanto os filmes rodavam, vi que só havia sobrado eu e Caio na sala, e não tô afim de ficar sozinha com ele. Logo sem nem mesmo o filme acabar me levanto e digo boa noite, indo direto pro meu quarto.

Tava morta de cansaço, assim que me taquei na cama apaguei.

[...]

Parece que não durmo há dias. Provavelmente vai alguns dias desse jeito, até eu regular meu sono.

Me levanto e já são 6h30 da manhã, hoje vou ter que resolver viárias coisas da empresa, já era minha folga, faço toda minha higiene matinal, e coloco uma roupa pro dia.

Escolhi uma calça jeans bordada, com uma camisa branca e a bota de todos os dias. Logo desci pra tomar meu café da manhã, como sempre a mesa já estava cheia.

– Bom dia, Rosi - digo e a mesma me responde - ninguém de pé ainda?

– Ninguém, acho que hoje vão demorar pra descer

– Porque?

– Ouvi umas conversas ontem de madrugada, tavam falantes demais - pra mim eles disseram que estavam com sono né. Estranho.

Pego meu café com leite de todos os dias, uma fatia de bolo de laranja, esse bolo da Rosi é divino, ovo mexido e umas frutinhas, pra fingir ser fitness.

Não passa muito tempo meu irmão e minha mãe chegam, e já vão atacando mesa farta.

– Acho que vou levar a Rosi lá pra casa - minha mãe diz

– Nada disso dona Eliane - digo - ela já faz parte da fazenda - falo e rimos, inclusive Rosi que tomava seu cafezinho preto.

Conversamos por um tempo sobre tudo e também sobre o que iríamos fazer hoje, eu ia passar o dia todo fora da fazenda, e ainda tinha algumas reuniões na empresa, e uma fazenda do meu tio pra visitar. O trabalho me chama.

[...]

Passei a manhã toda no escritório, com muitas reuniões, papéis e burocracia, ainda bem que não escolhi trabalhar em escritório, odeio ficar trancada num cômodo branco o dia todo.

Pela sede da empresa ser do lado da fazenda, voltamos pra lá pra almoçar e depois ia pegar meu rumo e ir pras fazendas que preciso.

– Olha só, acordaram os margaridos - falo quanto entro na sala e me deparo com os meninos esticados nos sofás

– Bom dia rapariga - Neto fala

– Tamo acordado faz tempo querida - Vitor diz, e olho duvidando dele - pode perguntar pra Rosi, o Neto até ajudou fazer o almoço

– Espero que o bife não esteja moqueado - Álvaro fala, ele é muito rígido quanto ao ponto da carne, por mais que ele coma boi berrando

– Fica tranquilo, cê tá falando com um chef profissa... - Neto se gaba

– Ele tá fazendo isso só pra impressionar o sogrão - Ryan diz

– Uma pena, que justo hoje ele não vai vir aqui - falo e ele fingi ficar triste

– Faz mal não, sobra mais - Vitor diz, batendo no ombro de Neto como se estivesse consolando-o

– Bora comerrrr - Ryan fala indo em direção a mesa, hoje o boneco tá quieto né

Depois de almoçarmos e da sobremesa, que foi doce de abóbora, que fazia muito tempo que não comia, jogamos conversa fora e no fim tinha sobrado só eu, Neto e Caio, o resto, no caso Ryan e Vitor saíram com Álvaro, o que não vai dar muito certo, porque quando um fofoqueiro encontra outro só Jesus na causa e minha mãe foi resolver coisas na cidade.

– Agora cada um pega uma enxada e vão carpir uma horta - falo brincando

– Tá é doida só pode - Neto fala - nois vai andar de camionete também menina

– Então bora, vamo numa colheita e depois numa fazenda do seu sogro

– Então peraí que tenho que ir arrumadinho - Neto fala e sai indo pro quarto

Eu e Caio não trocamos nenhuma palavra hoje, não sei fiquei meio puta com ele dando mole pra outra, nem foi falar comigo depois. E eu também não vou correr atrás de ninguém.

– A saída de ontem não deu certo? - ele pergunta

– Acabei nem falando nada pra ninguém, também era segunda, todo mundo trabalha - digo - acho que ninguém ia topar

– Verdade

– Fiquei sabendo que vocês foram dormir tarde - comento

– Tem nada que aconteça aqui que cê não saiba hein

– Tenho minhas fontes, meu bem - falo brincando

Ele se senta mais perto de mim e segura minha mão

– Cê tá bem?

– Claro, porque não estaria?

– Tá estranha, desde ontem, não tá me olhando nos olhos - simplesmente não queria olhar pra sua cara

– Não, tô normal

– Tô pronto seus lindos, e aí - Neto chega e da uma voltinha

– Tá lindo, gatão - Caio diz brincando e Neto sai indo pra garagem

– A gente pode conversar mais tarde? - Caio pergunta e eu afirmo com a cabeça

Todos na camionete, agora só rodar as fazendas.

Lembrança BoaHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin