Capitulo 16

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Desci com Caio e fomos até o quarto em que ele dividia com Neto. O quarto não tava muito arrumado, mas também não posso falar nada porque eu não tô sendo a rainha da organização esses dias.

– Então aqui tá sendo seu aconchego esses dias? - digo enquanto ele entra no banheiro pegar algumas coisas

– Gostou? - ele me pergunta

– Acho que quem precisa gostar não sou eu - digo normalmente

– Nossa - ele leva a mão no peito - o coice daquela vaca doeu menos - eu falo normal e as pessoas acham que eu fico dando coice, sofro com isso

– Vou nem falar nada, tô acostumada com esse drama - falo revirando os olhos e sento na cama. Noto que tem um violão no canto do quarto - Quem toca? - pergunto, ele faz aquela cara como se não soubesse de nada - Você toca?

– Um pouco, mas bem pouquinho - ele senta na cama junto comigo, e faço aquela cara de cachorro pidão - Hoje não, quem sabe outro dia

– Porque? Só um pouquinho, cê pode até me ensinar

– Ah não, hoje não dá

– Uai e porque não? Ninguém aqui tem compromisso

– Quando tiver mais gente eu toco, tô com vergonha

– Vergonha de mim? Pode parar - levanto pra pegar o violão, mas ele é mais rápido que eu e me puxa, fazendo com que eu deitasse na cama de solteiro

– Tenho uma condição então

– Qual?

Ele deita em cima de mim, não deixando me mover e começa a beijar meus lábios carinhosamente, depois vai descendo pro meu pescoço, mordiscando levemente. Coloco minhas mãos em sua nuca e desce pro meu colo, mas logo ele retorna até minha boca e eu procuro a bainha da camiseta que ele vestia, assim que encontro vou erguendo até subir no meio de sua barriga e ele termina de tirar.

Ele a alcinha do meu vestido, deixando cair nos ombros, logo depois suas mãos escorregam pra minha perna subindo todo o tecido, acariciando minhas coxas, coloca as mãos na fivela de seu cinto e começo a abrir, logo depois desabotoo sua calça, e somos interrompidos, novamente, mas dessa vez por Neto, que abre a porta com tudo

– MEU DEUS!!! ELA TÁ PELADA - ô Jesus amado, nem pelada eu tô - Peraí, não se mexam, vou só pegar uma coisinha e já saio - Caio olha pra com o olhar mais mortal que já vi, e eu tentava segurar o riso de tudo quanto é forma - Pronto, desculpa e boa foda - ele fecha a porta como se nada tivesse acontecido

– AÍ SENHOR - eu ria pra cacete, não tava me aguentando, e Caio tava com aquela cara de que iria matar alguém a qualquer segundo, mas logo depois entrou na gargalhada junto comigo

– Não tô acreditando que ele fez isso - ele fala rindo, lembrando do que acabou de acontecer

– Nem eu - rio mais ainda - mas foi engraçado

– Eu vou ter uma conversa com ele, hoje ainda

– Tadinho Caio, ele não fez por mal - ele me olha como se eu tivesse falado a coisa mais absurda do mundo - O quê?!

– Vou nem falar nada

– Bom, acho que depois disso é a minha deixa né

– Fica mais um tempinho

– A gente se encontra na festa tá bom - digo e dou um selinho nele e me levanto - ó e eu não esqueci daquele violão hein?!

– Assim que cumprir minha condição, prometo que até canto alguma coisa

– Promessa é dívida viu?!

– Claro - ele me leva até a porta e a gente se despede

[...]

Chegando no hotel, vou direto na lanchonete e pego uma coxinha e um toddynho, tem coisa melhor? E subo pro meu quarto pra começar a me arrumar, e hoje tem Hugo e Guilherme. O Guilherme pode ser muito lindo, mas me desculpe Hugo tem meu coração, que homem meus amigos, que homem.

Hoje vamos de branco, vai que eu consigo casar com o Hugo, tudo é possível nessa vida. Coloquei um vestido tubinho branco com um cinto todo de pedraria, minha bota branca e o chapéu, branco também. Tentei fazer um babyliss rapidinho e uma maquiagem não muito elaborada. Antes de mandar mensagem no grupo das meninas, se é que alguém vai comigo, descansei mais um pouquinho, porque festa direto desse jeito acaba com qualquer um. Se não fosse por Hugo e Guilherme e Luan Pereira eu nem ia, e também já tinha comprado a entrada então, eu ia de qualquer jeito, os ingressos custam um rim cada um.

[...]

Já na praça de alimentação, como sempre, hoje pedi meu hambúrguer delicioso, eu nunca enjoo disso. As meninas vieram comigo, não me deixaram de lado hoje, só dona Betina que veio com os meninos, ela e o Neto andam grudados o dia todo.

– Quem aí topa pegar um litrão de cachaça? - Ryan pergunta na mesa, empolgado

– Num quero nem ver álcool hoje - digo

– Só engolir né? - Caio fala

– Opa, álcool na lata não dá pra ver - digo em tom de brincadeira - Mas agora é sério, só não vou beber cachaça hoje

– Deve ter dado um trabalho ontem - Bet fala, nem pra cuidar da prima serve mais

– Ahamm - Caio responde - ela fica bem sem noção quando bebe né? - ele e Betina começam a falar de mim como se eu não estivesse ali

– Falou os dois beudos, que nunca passaram vexame - digo

– Vem não Amanda, cê sabe que eu nunca fiquei ruim ruim - diz Bet, e eu concordo, também beber desde os 9 anos, até eu iria ser forte desse jeito

– Ocê não vai beber, mas tem mais gente com goela aqui - Ryan fala e vai rumo a barraca pegar a cachaça

É hoje que todo mundo sai torto daqui, inclusive Pamela, a pessoa que não bebe, mas incorpora uma beuda quando tem gente cheirando a álcool. Eu e ela somos melhores amigas desde o colégio, ela sempre esteve quando eu precisei, e eu sempre estive quando ela precisava. Nossa amizade sempre foi muito na base de muita confiança, apoio e, principalmente, muita besteira. Tem vez que só de olhar uma pra cara da outra já começamos a rir igual duas hienas.

A Pam é extremamente especial pra mim, como se fosse uma irmã, ela me ajudou tanto e espero que eu também tenha ajudado ela de alguma forma. Vou parar isso tá ficando boiola já.

– Fioti vem aqui - Pam me chama, ela sempre me chamou desse jeito

– Que foi Jabu - e eu sempre chamei ela assim, é abreviação de Jabuticaba, quero ver se alguém sabe o porque eu chamo ela desse jeito.

Lembrança BoaWhere stories live. Discover now