Capítulo 15

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Carreguei ela até lá em cima e a coloquei no chão novamente. A garota andava torto pra caralho, mesmo eu agarrando ela, basicamente, pelos ombros. Foi uma luta até chegar no estacionamento, a menina foi mexendo com o povo tudo, bateu uns papo com outros beudo. Tava até engraçado, até o ser parar no meio do estacionamento dizendo que tava passando mal, ô meu Deus do céu!

– Não aguenta chegar na camionete? - pergunto

– Deixa eu pelo menos passar mal rapaz - ela fala enquanto colocava as mãos nos joelhos. Me aproximo e tiro todo o cabelo que estava pra frente de seu corpo, seguro ele como se fosse um rabo de cavalo - Agora vem, me carrega - oiá que menina folgada, e já foi logo passando os braços por volta do meu pescoço e erguendo a perna

– Cê tá achando que cê é uma pluma né?

– Eu sou uma plumaaaa, e você tem braços fortinhos

– Não da pra falar com beudo

– Eu lá tô bêbada? - ela me olha indignada - meu fi tô mais sóbria que qualquer um aqui

– Claro, com muita certeza - golo com tom de deboche

– É verdade, quer ver só? - essa eu quero ver - me põe no chão - ela fala e eu obedeço, descansar um pouco né. Logo em seguida ela fica num pé só, fazendo como se fosse a posição da flor

– Ó como eu tô boa - fala e logo tomba um pouquinho - Opa - ela fica de novo na posição e cai no chão - Eu num cai não, tô boazona

– Vai Amanda chega, sobe nas minhas costas - ela logo pula em cima de mim, só espero que ela não cai.

Chegamos na camionete, eu destravo e logo em seguida coloco ela no banco do passageiro, passo o cinto nela e vou pro banco do motorista. Assim que sento no banco e olho pro lado ela já apagou. Antes de ir pro hotel dela, passo no meu e pego uma troca de roupa e garota ainda dorme profundamente.

Chegando no hotel estaciono a camionete e bora carregar esse trem de novo. Antes, cutuco ela pra vê se acordava, mas sem sucesso. Pego ela e fecho a Dodge RAM, a garota parece que tá desmaiada no meu colo.

Assim que chego no quarto coloco ela direto na cama e tento acorda-lá mais uma vez, sem sucesso. Então vou pro banheiro e passo uma aguinha no corpo rapidinho e coloco um shorts pra dormir, quando saio vejo que Amanda está extremamente concentrada no teto. Quando percebe a minha presença, ela finge levar um susto

– Não quer passar um água no corpo? - pergunto

– Eu tô fedendo? - ela exala à pinga

– Só um pouquinho, mas eu se fosse você iria pro chuveiro - ela concorda com a cabeça e se levanta mas logo cai de novo

– Cê se esqueceu que tá sem equilíbrio nenhum é?

– Já te expliquei que tô boa, mas vem cá, me ajuda aqui - ajudo ela a ir até o banheiro e vou ter que ajudar ela a entrar no chuveiro

Ela tá apenas de lingerie, que eu não deixei ela tirar o resto se não tinha tirado, e tá uma tentação, Caio lembra que a menina tá bêbada. Saio dali rápido e pego uma cadeira pra colocar no box e ela se sentar, depois pego um pijama, ou o exato pijama que ela exigiu e deixo em cima da pia. Mas ela me chama pra ajudar a se enxugar, levanto ela e entrego a toalha, depois saio dali novamente, quando sai do banheiro, já vestida, ela se joga na cama e capota. Alguns minutos depois faço o mesmo.

POV Amanda

Acordo e sinto algo pesado em cima de mim, será que realmente tem um caminhão na minha cabeça? Desço o olhar pra minha barriga e vejo uma mão masculina, talvez eu tenha feito muita merda ontem, não era pra ter entortado o caneco daquele jeito. Viro meu pescoço e consigo ver que quem estava ali era o Caio.

Não sei se acho isso fofo ou desnecessário, mas fazer o que né? O que tá feito, tá feito. Que eu não tenha passado nenhum vexame, amém!

Tiro o braço dele de cima de mim, e vou em direção ao banheiro. PELO AMOR DE JESUS, realmente parece que um caminhão me atropelou, e eu nem tô falando da dor de cabeça, nunca me vi tão feia como hoje. Ainda bem que pra tudo tem jeito e vou sair de feia pra arrumadinha.

Tomo um banho quentinho, lavo meu cabelo e faço minhas higienes matinais. Coloco o de sempre vestido longo e rasteirinha e agora estou pronta pro kit ressaca, tomo um Eno, dipirona e vou ficar bebendo água o dia todo.

Volto pra cama, descansar mais um pouquinho. Assim que deito Caio abre os olhos e acaricia meu rosto

– Tá bem? - ele me pergunta com aquela voz rouca, calam neurônios que habitam a minha cabeça, confirmo com a cabeça

– Já tomei os remédios - digo - vou tentar dormir mais um pouco pra ver se a dor de cabeça passa

– Bebeu até achar o cu da cobra, agora tá aí acabada - ele ri da minha cara, eu não falo nada, apenas faço a minha melhor cara de deboche e fecho meus olhos

Ele logo me puxa pra mais perto dele fazendo com que eu deitasse em seu peito, que estava descoberto.
Depois de vários minutos dele fazendo cafuné em mim eu cochilo.

[...]

Sou acordada com alguns cutucões no meu braço, quando olho pra cima Caio da um sorrisinho amarelo

– Bom diaa! Bora me levar pro hotel - ele fala me tirando de cima dele

–Que horas são? - pergunto

– São 15 pra seis

– Que horas que a gente vai hoje? - pergunto bocejando, e tô com muito sono, não sei se é pela ressaca ou por falta de dormir mesmo

– Nem sei, vou falar com os meninos daí te aviso mais ou menos que horas vamos chegar tá? - confirmo com a cabeça

Caio pegou suas coisas e eu peguei minha bolsa e fomos pro estacionamento, em seguida chegamos no hotel que os meninos estavam hospedados.

Lembrança BoaWhere stories live. Discover now