Sempre Sua | Bill Kaulitz

Capítulo 48 - Os meses seguintes...

Bill foi se aproximando devagar. De longe ele já conseguia ver o sorriso largo e os olhos brilhando de Kate, fixos nele. Kate mordeu os lábios quando ele parou ao lado dela, seu olhar ficou confuso quando Bill olhou diretamente para Ryan e o cumprimentou.

–Hey.....Como estão as arrecadações para os poços na África? – Bill a ignorou completamente.

–Kate não disse da nossa viagem? – Ryan sorriu olhando para Kate.

–Não. – ele teve a capacidade de mentir - ela não trabalha mais para David Jost. Não temos mais contato, infelizmente. – Bill disse sorrindo forçado, olhando para ela.

–Vamos para uma expedição em ajuda para ao Continente Africano. – Ryan disse entusiasmado. – estamos partindo nesse exato momento.

–Que legal! - deu aquele sorriso forçado, que doía em seu rosto de tão falso que era - Desejo a vocês boas conquistas. – ele sorri e passou seu olhar rapidamente por ela, como se Kate não fosse intima ou como se eles fossem apenas bons colegas ou como simplesmente não fossem nada.

–Obrigado e você esta indo para onde? – Ryan perguntou.

–Para Los Angeles. – ele respondeu.

–Vi o lançamento do seu Cd, ouvi Automatic, confesso que achei o som bem diferente.

–Pois é...novos desafios sempre são bem vindos. – Esforçou-se para não olhá-la.

– Está indo fazer algum show na América? – Ryan voltou a perguntar.

–Não, vou a negócios. – Bill olhou para seu relógio no pulso - E já estou atrasado, mais uma vez boa expedição aos dois. Cumprimentou Ryan. - olhou para Kate e apenas disse: - Sucesso!

Bill virou as costas e foi embora.

***

Itália – Gravação do DVD.

Hora após hora, momento após momento, suspiro após suspiro, meses após meses.

Bill arrastou-se pelos dias que se seguiram como um morto-vivo. Todos os que o conheciam sabiam que a qualquer instante, se ele não reagisse, ele sucumbiria física e emocionalmente ao desespero de ter deixado Kate ir embora sem dizer o que realmente sentia por ela.

Com todo esse sentimento reprimido dentro do seu coração, uma hora ele ia desabar, por muito tempo ficava sozinho e olhava sempre para o nada, com aquela última lembrança do aeroporto. Os flashes apareciam todos os dias em sua mente.

–Como fui idiota... Inferno... Como fui um tremendo idiota.

As lembranças do aeroporto surgiam e o deixava mais agoniado e sufocado.

"Naquele dia no aeroporto, achei–me superior, mas hoje depois de três meses, me sinto um imbecil da maior categoria por ter agido daquele jeito com Kate. Ainda guardo em minha mente seus olhos arregalados quando me viu, pensando que havia mudado de ideia, a espera em seu olhar em me ouvir dizer que eu a esperaria.

Que grande idiota eu fui."

Três meses... Três meses e ele se sentia mal por não dito tudo o que realmente ele sentia por aquela garota que mudou sua vida, que lhe ensinou tanto, que lhe deu tanto amor, que esteve sempre ao seu lado sempre que precisava.

A garota que correu perigo por amá-lo, sem nunca exigir absolutamente nada em troca.

Sentiu uma necessidade imensa de tê-la por perto, naquele dia tão especial em sua vida e na sua carreira, queria seus dedos entrelaçados em seus cabelos, que agora eram mais curtos levantados em um imenso topete. Queria suas palavras suaves e calmas. Queria o seu olhar de cumplicidade.