Capítulo 26 - Início de 2009

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Sim, foi exatamente isso que aconteceu. Dean passou o Natal e Ano Novo, ao meu lado e de Bill, que por incrível que pareça começou a tratá-lo como se fosse realmente um grande amigo, depois de Tom e Andreas, para falar a verdade, eu quase fiquei com ciúmes, pois ele deu mais atenção a Dean que a mim.

Junto com Tom, ficavam horas a fio, os três, conversando sobre a gravação do novo cd.

Dean parecia que tinha outra visão em relação a Bill, o seu comportamento comigo, não mudou, sempre muito carinhoso e atencioso, o que me deixou intrigada foi à maneira como seus olhos me olhavam depois da cena da suíte.

Algo dentro deles havia desaparecido.

- O que houve naquela suíte? – Eu perguntei assim que ficamos sozinhos, na sala de estar da casa de Simone – Vocês dois estão me assustando agindo dessa forma.

Dean me olhou, mas nada respondeu, apenas sorriu.

-Dean? – eu o chamei – O que houve?

-Relaxa, Kate! – ele apenas disse, curvando seus lábios num sorriso tenso. - Não aconteceu nada demais – Dean deu de ombros – Apenas percebi algumas coisas.

O vi chacoalhar seu copo, balançando as pedras de gelo que havia dentro dele.

-Percebeu o que? – eu perguntei curiosa – Do que você esta falando?

Ele fixou os olhos em seu copo, eu respirei alto e me sentei ao seu lado no sofá tirando o copo de sua mão e colocando em cima da mesa de centro.

-Fale! – eu ordenei a ele, séria.

Dean me olhou também e vendo que não teria saída, eu não o deixaria em paz, começou a falar:

- Eu amo você Kate, não apenas como um simples amigo. – ele confessou sem rodeios – Acho que você já sabe disso. – ele disse vendo minha expressão de surpresa.

Eu segurei minha respiração pela confissão inesperada, na verdade eu já sabia dos sentimentos dele por mim, mas nunca imaginei que ele fosse se declarar dessa forma, tão explícita e direta.

-Bill também sabe disso. – ele continuou – só que preso dentro daquela suíte com ele percebi que eu não tenho muitas chances com você, não por enquanto.

-Ele te disse isso? – Eu perguntei franzindo minha testa

-Não! – Dean respondeu – ele não abriu a boca, na verdade nem precisou. – ele curvou seus lábios tentando achar graça - Você o ama e alimentar algo nesse momento além de uma amizade, será tolice minha.

O silêncio caiu sobre nós. Eu mordi meu lábio inferior e baixei meus olhos para o copo que estava em cima da mesa, segurei minhas mãos e depois de algum tempo virei-me e o encarei, abri os lábios para falar, mas o fechei imediatamente.

-Desculpe se peguei você de surpresa.

-Eu...

-Você não precisa dizer nada. – Dean me interrompeu - Isso é cruel, mas verdadeiro e eu não gostaria de atrapalhar o relacionamento de vocês.

O sorriso que ele me deu foi o mais lindo, eu poderia me apaixonar fácil por ele, se não fosse por Bill e tenho certeza que ele me faria feliz. Desviei meu olhar, pensativa e inevitavelmente a pergunta veio dentro de minha mente.

" Será que mais do que sou com Bill?"

......

- Quem quer uma xícara com café? – eu perguntei abrindo a porta da grande sala de estúdio, onde Tom e Dean estavam mexendo na mesa de mixagem, Gustav estava sentado na bateria apenas com as baquetas nas mãos, brincando com elas, não as tocava. Georg e Bill conversavam dentro da sala de voz. E como era acústico, não me ouviram.

Sempre Sua | Bill KaulitzWhere stories live. Discover now