– O que foi Bill? - Ele virou-se para se deparar com Tom, de pé, no vão da porta, observando-o atentamente.
–Nada.
–Tudo bem, vou perguntar novamente. – Tom sentou ao seu lado e voltou a perguntar – O que foi?
– Estou tentando falar com a Kate, desde Los Angeles, e ela não responde. – Bill respondeu sem olhar para Tom, com seus olhos fixos em seus dedos magros entrelaçados. – Agora, quero dizer que cheguei na Alemanha e... nada.
–Eu disse que ela ia ficar puta com o carro. – mesmo com um tom de deboche, Tom fitou Bill com preocupação.
–É, você disse. – Ele deu de ombros com aparente mal humor.
–Parece que conheço mais sua namorada que você.
–Ex. – Bill sorriu fraco.
–Que?
–Ex-namorada. - O sorriso desapareceu dos lábios de Bill, deixando-os sombrios, sérios e intensos.
–Graças a sua burrice.
–Eu só queria a sua segurança, quantas malditas vezes terei que repetir isso?
–Nenhuma. – Tom tirou um cigarro o acendeu e jogou o maço para Bill - Mas, foi uma idiotice, comprar um carro para uma garota milionária, que presentes caros fez parte do seu dia a dia desde que ainda falava GU-GU. – o gêmeo tragou e apontou para o irmão - Se me ouvisse, não teria comprado o Audi e sim um cachorro, seria muito mais barato e faria mais efeito.
– Que bom que posso contar com o seu apoio. - Bill acendeu um cigarro e ficou olhando para o irmão, calado, que tinha toda razão. Cada passo que dava, pensando estar avançado, era um soco em seu estômago. Um erro atrás do outro.
–Bill? – O irmão se aproximou e falou – Não tente pressioná-la, tente apenas amá-la, da forma que você fazia no início.
Bill abriu os lábios para responder quando Georg e Gustav apareceram na sala de instrumentos, falantes como sempre, percebendo a tristeza do vocalista, pararam de sorrir e sentaram-se também em volta do amigo.
–A música ficou muito bem feita. – Gustav disse tocando o braço de Bill em forma de incentivo.
– Vamos repassar uma última vez. - Tom disse levantando do sofá pegando sua guitarra, os dois sorriram, também se levantaram e ocuparam os seus lugares.
Bill com a aparência cansada, parecia exausto, colocou o fone de ouvido, pegando o copo com café virando o pouco do líquido, num gole apenas e jogando-o no lixo no canto da sala.
E pela última vez repassaram à nova e última canção do álbum HUMANOID.
–Tudo bem? — Tom apoiou a mão no ombro do irmão, apertando-o de leve, quando terminaram de repassar a música.
– Sim. - Bill sorriu, passou as pontas dos dedos no cantinho dos olhos, tentando enxugar as lágrimas que teimavam em cair - Acho que me envolvi demais nessa canção.
– Ficou realmente muito bonita. - Tom deu um tapa de leve nos ombros do gêmeo, soltando a guitarra e colocando-a no suporte.
–Acho que os fãs vão gostar. – Bill falou.
–Os fãs ou "a fã"? - Gustav perguntou levantando do banco, deixando a bateria.
– Os dois. - Bill pela primeira vez sorriu com vontade, ao lembrar da "fã" em especial.
– Preciso ir embora. – Georg colocou seu baixo no suporte. – Tenho um jantar com os pais de Sofia.
– Aproveita que minha casa é caminho e me dá uma carona. - Gustav não pediu, simplesmente ordenou.
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Sempre Sua | Bill Kaulitz
Fanfiction"Será que se apaixonar e namorar um famoso pop star, seria um conto de fadas, ou um verdadeiro pesadelo?" 📍Esta história não me pertente. Todos os direitos reservados para Jasmine/Fabiana. Fic publicada em 2011. "Olá, sou a Kate e há 5 meses eu nam...