Capítulo 30 - A verdade.

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– Há quanto tempo isso vem acontecendo?

– De esse grupo perseguir minha mãe, meus filhos e eu, alguns meses. – Simone parou de falar

– Simone... isso não é tudo?

–Não, tem a parte pior disso tudo.

–Que Deus me perdoe, mas tenho que perguntar – eu fechei os olhos e tomei coragem – E qual é a pior parte?

Um estrondo nos calou e nos fez correr até a ampla cozinha, quando chegamos, no chão ao lado do imenso fogão havia uma pedra junto dos pequenos cacos de vidros, olhamos juntas para o pequeno buraco na janela.

–Elas passaram dos limites. – Simone andou até a porta furiosa – Chega!

–Não! – eu segurei o braço de Simone – Elas são em cinco.

–Que estivessem em cem! – Simone me olhou com os olhos cegos de raiva. – Vou ter uma conversinha amigável com elas.

Ela virou a chave e antes de abrir a porta e sair disse em um tom maternal:

–Não saia por nada desse mundo!

–Mas...

–Não saia! – Ela ordenou ríspida e bateu a porta, saindo deixando-me sozinha.

O frio subiu pela minha espinha, meu corpo começou a tremer, eu nem conseguia raciocinar, tudo estava acontecendo rápido demais e estranho demais. Eu precisava sair e ajudar Simone, mas antes corri até a minha bolsa na sala peguei meu celular e apertei a rediscagem.

Kate onde esta eu lig...

–Bill venha para casa da sua mãe, não sei o que esta acontecendo, mas um grupo de garotas atirou uma pedra e...

Estou indo.– ele nem me deixou falar - E não saia, minha mãe sabe o que esta fazendo.

–Elas são em cinco.

Não saia para fora! - Bill gritou comigo, como nunca havia feito.

Andei até a cozinha e olhei pelo pequeno buraco, eu precisava sair e ajudá-la e quando vi a cena, não consegui acreditar.

Simone enfrentava as garotas, segurava uma pelo braço e aos berros a empurrava para fora do quintal. Nunca imaginei que ela pudesse fazer algo desse tipo.

Ela jamais levantava a voz, sempre contida e educada.

E lá estava ela, como uma guerreira defendendo a sua nação, com um dos dedos erguido no rosto de uma das garotas que calada ouvia o que Simone esbravejava. Todas as cinco garotas se afastaram apenas uma mais cheinha falava com a mãe dos gêmeos, mas de longe.

–Meu Deus o que esta acontecendo?

Simone mantinha a mão na cintura e não falava, apenas olhava as garotas se afastarem e dobrarem a esquina indo embora. Ela ainda ficou nessa posição por alguns segundos e em seguida virou-se e caminhou para a casa.

Ela abriu a porta, entrou e pegando um copo no armário foi até o filtro e o encheu de água, bebendo-o e só depois de um longo suspiro, ela se virou e me olhou, com o rosto ainda vermelho de raiva.

– Da próxima vez eu arranco o dente de uma.

– Simone, quem são essas garotas?

–São as pessoas que transformaram a vida dos meus filhos e da minha família num inferno.

– Vocês as conhecem?

– Não.

–E por que fazem isso?

Sempre Sua | Bill KaulitzWhere stories live. Discover now