Capítulo 32 - Eu vou enfrentá-la!

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Quando Dean finalizou a música, eu levantei meus olhos do violão, encontrei seu rosto sério, ele me encarou com os olhos brilhantes, e muito devagar foi se aproximando, baixando os olhos para os meus lábios e quando percebi o que ele pensava em fazer, meu sorriso morreu, meu corpo ficou tenso e entreabri meus lábios para adverti-lo.

Ele parou próximo do meu rosto. Não dissemos nada, apenas nos olhando. Tentei dizer algo, mas não consegui, pois o som das palmas, vindo na direção da porta do estúdio, não permitiu.

.....

Bill! – Kate olhou para Bill assustada, ele batia palmas e tinha um sorriso triste nos lábios, ela voltou seus olhos para Dean, que também estava com um semblante assustado. – Bill...eu...

O moreno parou com as palmas e virando as costas saiu da sala de instrumentos. Kate levantou rapidamente passando por Tom, esbarrando bruscamente em seu ombro. – Bill, espere! - Bill andava rápido e ela apressou seus passos, só conseguiu pará-lo na porta, perto da saída. - Pare! – ela conseguiu segurá-lo pelo braço.

–Como eu fui cego. – ele parou, mas não se virou. – Deus, que grande idiota eu fui.

–Bill...

–E ele se passando por amigo. – Bill balançou a cabeça, virando-se fixando seus olhos cheios de raiva e desprezo nos de Kate, que estavam confusos. – Como fui um completo idiota.

– Não fale assim. – Kate pediu num tom de voz baixo. – Não aconteceu nada.

– Ele ia te beijar. – ele se irritou mais e apontando para o estúdio, gritou – Vocês iam se beijar!

– Não! – Kate continuava com a voz quase inaudível. – Não íamos. Não houve beijo nenhum.

–Se eu não tivesse chegado, haveria. – Bill cuspiu as palavras, muito nervoso levando as mãos à cabeça, passando-as pelo cabelo, como se estivesse tentando impedir que o cérebro explo­disse. – Os dois estavam muito próximos e ele te olhava como se você estive coberta por chocolate pronta para ser lambida.

Kate o olhou, e meneou a cabeça. Sim, Dean estava próximo, seus lábios estavam quase tocando os seus, ele a olhava com desejo. Mas, ela não correspondeu, nem um segundo.

– Pare de pensar. – Kate deu um passo tocando no braço de Bill. – Pare de achar que viu, o que você não viu.

Por um longo tempo Bill a encarou, sem se mover. O seu rosto mais parecia uma máscara impenetrável, rígida e repleta de mágoa. Olhavam-se em silêncio. Sabendo o que se passava dentro da mente do namorado, ela tentou tranquilizá-lo.

– Eu sinto muito. – Kate deu outro passo em direção a Bill e seu corpo se uniu ao dele. Fazendo-o respirar rápido e fechar os olhos, tentando se manter indiferente aquele toque – Vim para Los Angeles para conversarmos sobre as cartas e colocar um fim nisso tudo. Não podemos mais esperar. - Bill mantinha os olhos fechados, apertados. - Eu vim até aqui para te fazer uma surpresa.

–Acredite você fez. – ele abriu seus olhos cor de mel e a fitou, ainda com a mágoa dentro deles. – Bela surpresa.

–Pare! – Kate apertou seus dedos em volta do braço dele - Esta exagerando. – ela o encarou - Ele me ama, sim... Só que...

–Jura que ele te ama? Nem tinha percebido. – Bill foi sarcástico.

– Você não faz bem esse tipo. Então, não o faça.

–Não... Talvez o rapaz traído faça mais meu tipo e estilo.

–Nunca trai você. – Kate disse franzindo a testa - Não é fácil para ele.

Sempre Sua | Bill KaulitzWhere stories live. Discover now