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ᎷᎪᎠᎪᎡᎪ ႮᏟᎻᏆᎻᎪ

O caminho até o local marcado foi entediante e cansativo, tive vontade de atirar em Obito três vezes durante o percurso quando ele começou a sugerir ideias e formas mirabolantes de fazer Akame ficar, ou de proteger a garota.

No entanto, permaneci em silêncio, permitindo que ele divagasse em suas ideias insensatas. Foi surpreendente notar o grau de preocupação que Obito nutria por aquela garota, uma afeição improvável considerando o temperamento superficial dele. Não é que aquela garota conseguiu conquistar um pouco de todos nós.

Acabei rindo com meu próprio pensamento sobre ela, mas logo fui puxado a realidade quando o carro parou.

Olhei em direção ao restaurante que ele havia escolhido, eu senti um pouco de repulsa e raiva só de pensar que vou ter que encontrar aquele verme outra vez. Só de me lembrar a dor e o trauma que ele causa a Akame já sinto vontade em matá-lo. Se não tivesse tantas questões e impedindo eu já teria feito.
Entrei no restaurante e logo na entrada reparei que o lugar estava fechado, ou melhor, reservado. O velho esperava sentado em uma mesa, ele segurava um cigarro entre os lábios e o tragava deixando a fumaça subir ao ar, na mesa uma garrafa de whisky e um copo cheio perto dele.

Me sentei de frente para ele e Obito ficou parado em pé atrás de mim, como uma espécie de guarda costas pessoal. Meus olhos escrutinaram o ambiente, reconhecendo a presença dos homens de Danzou que o cercavam. Eram soldados armados, cuidadosamente postados, exibindo uma defensiva segurança. O semblante sereno de Danzou era uma fachada de tranquilidade, mas sabia que sua reputação exigia vigilância constante.
Não confio nesse velho.

Não pude deixar de estranhar a situação, levando em consideração que essa não era a primeira vez que fazíamos negócios. O que poderia ser tão importante ao ponto dele ter reservado um restaurante inteiro apenas para conversar. Algo não está certo aqui.

– E então, que serviço tem pra mim dessa vez? – Perguntei com descaso, era claro que não me importava com o que ele tivesse pra falar desde que me rendesse mais dinheiro.

Danzou gargalhou rouco e tossiu logo após, ele apagou o cigarro na mesa antes de levantar o rosto e me olhar nos olhos.

Danzou – Achou que poderia esconder a garota de mim pra sempre? – Ele cuspiu as palavras. Um gélido arrepio percorreu minha espinha ao compreender o significado por trás delas.

Olhei para ele tentando não demonstrar muitas emoções, mas não podia deixar de estar confuso. Eu sabia que em algum momento ele iria descobrir, mas não esperei que seria tão cedo, imaginei que quando isso acontecesse eu já estaria do outro lado do mundo.

– Não sei do que está falando – Neguei rapidamente, mesmo sabendo que não adiantaria, a essa altura ele já deveria saber tudo.

Danzou – Eu sabia que não deveria confiar em um mercenário como você – Ele esbravejou, socando a mesa forte o suficiente para entornar um pouco do whisky que estava em seu copo.

Três dos seguranças começaram a se aproximar, suas posturas tensas. Um sorriso gélido surgiu em meus lábios, evidenciando que Danzou ousara provocar um jogo perigoso. O plano estava delineado; o restaurante isolado, os capangas armados. Era uma armadilha, com ele almejando minha vida e, mais ainda, a posse de Akame.

Danzou – Qual é a graça? Percebeu que perdeu mercenário? – Ele riu com deboche, antes de levar um pouco de whisky à boca.

Antes mesmo que ele tivesse a chance de engolir a bebida, saquei a arma do meu bolso e atirei nos cinco mais distantes, Obito por entender meu recado imediatamente, atirou nos outros que se aproximavam antes que eles tivessem a chance de revidar.
Danzou me encara com os olhos levemente arregalados, ele sabia que não seria tão fácil me matar e mesmo assim resolveu tentar. Apontei a arma para a cabeça dele e a engatilhei apenas para ameaçá-lo.

N̷a̷ M̷i̷r̷a̷ D̷e̷ U̷m̷ U̷c̷h̷i̷h̷a̷Where stories live. Discover now