N̷a̷ M̷i̷r̷a̷ D̷e̷ U̷m̷ U̷c̷h̷i̷h̷a̷

8

Acordei sentindo uma sensação diferente, abri os olhos devagar e me deparei com Madara em minha frente, seu corpo estava abraçando o meu. A luz do sol batia em suas robustas costas, seu peitoral praticamente me tampava.
Senti sua mão deslizar em minhas costas nuas, movimentos delicados pra cima e pra baixo, seus cabelos ainda estavam espelhados em seu rosto, e seus olhos fechados, mas ele parecia estar bem acordado.

– Já acordou ? – disse baixinho. Ele não abriu os olhos, mas concordou com a cabeça.

Madara – Não quero sair da cama hoje – resmungou.

– Nem para tomar café? Eloise deve ter preparado algo delicioso.

O cheiro que vinha da cozinha parecia ótimo.

Madara – Pode ir na frente.

– Pode me emprestar uma camisa? Não posso passar sem roupa na frente deles.

Madara – Tanto faz – se espreguiçou na cama.

Meu corpo estava descansado, para minha surpresa eu consegui dormir perfeitamente bem o resto da noite. Acho que em parte, Madara é o responsável por isso.
Como parecia que ele realmente não iria se levantar agora, eu me levantei e fui procurar uma blusa em suas coisas. Abri a porta do lado esquerdo do banheiro e me dei de cara com o gigantesco cômodo, seu closet.

Entrei e fui passando a mão por uma coleção de ternos importados, incluindo o mesmo que ele usou naquela noite.
Fui até uma gaveta e tirei uma camisa cinza simples, era o dobro do meu tamanho, ficaria como um vestido o que é perfeito já que preciso atravessar a sala.

Vesti e já fui ao banheiro de uma vez, queria lavar meu rosto e ajeitar meu cabelo que com certeza estava um caos.
E estava certa, não estava tão ruim, mas estava bem embolado, apenas amarrei um coque para mais tarde eu o lavar.

Quando sai do banheiro Madara ainda estava deitado, esticado na cama e mexendo no celular. Assim que me notou, me olhou de cima a baixo.

Madara – Até que ficou bem em você.

Sorri e o deixei ali, estava com fome e precisava me apressar e me trocar. Também mesmo sendo nítido, não queria que me vissem saindo do quarto de Madara. Por sorte o corredor estava livre, passei correndo e entrei em meu quarto.

….

Estava confortável assim, que vesti apenas um short curto por debaixo da blusa. Cheguei na cozinha e vi que Obito já tomava café, Eloise estava terminando de pôr a mesa.

Obito – Bom dia Akame – Sorriu ao me ver.

– Bom dia – tentei não deixar o nervosismo transparecer e me sentei de frente a ele.

Obito – Como foi a noite? – Questionou. Corei, será que ele tinha escutado? Com certeza sim.

– Normal – disse serena.

Comecei a comer fingindo que estava normal, ele e Eloise com certeza sabiam já que não poupamos barulho ontem.
Depois de alguns minutos Madara saiu do quarto, adorava o jeito que ele usava camisas sociais em casa.

Obito – Bom dia Madara, dormiu bem?

Madara – Não te interessa – disse e se sentou ao meu lado.

Ele se serviu de uma xícara de café e um pedaço de bolo.

Obito – Você está bonita hoje Akame - comentou.

– Obrigada – respondi.

Levei um susto quando senti uma mão na minha coxa, olhei disfarçadamente e vi que era a mão de Madara.
Olhei para ele e vi o sorriso de canto que ele deu disfarçadamente, ele vai acabar comigo aos poucos.