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Passei a tarde lendo na biblioteca como havia planejado, não consegui encarar ele. Apenas em lembrar de seu rosto eu já ficava vermelha e constrangida, sem contar os leves surtos interiores que me fizeram enfiar a cara várias vezes em uma almofada.

Quando estava começando a escurecer resolvi ir tomar um banho e comer algo, horas trancafiada na biblioteca me deixaram faminta. Fiquei um bom tempo na banheira e quando sai, vesti um short e uma camisa larga, era bem confortável e até escondia bem algumas marcas.
Meu corpo ainda estava marcado por causa dele, era difícil não notar, espero que melhore antes de eu voltar para casa.

Abri a porta devagar e de maneira sorrateira, espiei os corredores para ver se Madara não estava, por sorte não parecia ter nenhum sinal dele.

Continuei fazendo o mesmo em todos os cômodos até chegar na cozinha.

– Eloise, Madara está por aí? – sussurrei para ela.

Eloise – Não senhorita, ele saiu a algumas horas. Disse que volta logo.

Respirei fundo aliviada, peguei um prato de comida e me sentei no sofá, estava faminta a um bom tempo, e pelo menos agora vou poder comer sem me preocupar.
Quando a porta da sala se abriu eu levei um susto, pensei que azarada eu sou para ele chegar bem agora que eu estava comemorando sua saída. Mas quando olhei em sua direção vi que não era ele, coloquei o prato sobre a mesa de centro da sala e fui me afastando.

Quando ele entrou na luz pude ver melhor, moreno, alto, mas não tanto como Madara, apenas o suficiente para me fazer alcançar a ponta de seu nariz. Cabelos negros despojados, usando uma regata preta e uma bermuda marrom.
Bonito, muito bonito, em seu rosto cicatrizes no lado direito, mas o deixava ainda mais atraente.

Estava sozinha com Eloise, não sabia o que fazer a não ser pegar a primeira coisa para me defender ao meu lado. Uma pequena estátua de enfeite na mesinha, um homem segurando algo que eu não faço a menor ideia do que seja, mas parece ser afiado o suficiente.

Segurei a estátua a minha frente a altura do meu rosto, estava pronta para fazer alguma coisa contra ele.

– Quem é você? - questionei assustada. Aos poucos fui dando passos pra trás.

– Obito, trabalho pro Madara então por favor abaixe isso - sorriu de canto - você deve ser a famosa Akame Senju.

– Por que está aqui? - disse me afastando mais quando ele deu passo para frente.

Obito – Ele me pediu para cuidar de você enquanto ele está fora. Só me atrasei um pouco.

– Por que? - perguntei surpresa.

Obito – Não sei, ele não me conta as coisas detalhadamente. Mas então, é verdade que vocês transaram?

– Eu vou matar ele - resmunguei antes de abaixar a estátua – Fique a vontade, vou voltar para o meu quarto, peguei o prato e o deixei ali.

Me sentei na mesinha da sacada para comer olhando a paisagem. A porta se abriu e quando olhei era Eloise entrando com peças de roupa na mão, Obito o tal "funcionário" de Madara estava atrás dela, entrou também.

Eloise – Senhorita Akame, aqui estão suas roupas - colocou sobre minha cama - encontrei elas perdidas na sala de jogos do senhor Madara, acredito que você as esqueceu lá.

Imediatamente o rubor tomou conta do meu rosto, principalmente por Obito estar ali se segurando para não rir. Já era constrangedor eu ter dormido com alguém que mal conheço em uma situação como essa, não precisava ter mais pessoas sabendo disso.

Obito – A não fique assim, eu sei guardar segredo - sorriu sarcástico.

– Por que está no meu quarto? - disse sem paciência.

N̷a̷ M̷i̷r̷a̷ D̷e̷ U̷m̷ U̷c̷h̷i̷h̷a̷Onde as histórias ganham vida. Descobre agora