N̷a̷ M̷i̷r̷a̷ D̷e̷ U̷m̷ U̷c̷h̷i̷h̷a̷

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ᎪᏦᎪᎷᎬ ՏᎬΝᎫႮ

Não fazia sentido nenhum pra mim aquela resposta " você é valiosa demais ", eu sou filha de um dos maiores CEO do Japão, de fato sou importante para muitos, mas então qual o interesse dele?
Será que é um conhecido do meu pai ou do meu tio? Talvez um velho amigo da família, ou então só alguém que quer algo em troca da minha segurança? Esse é o que faz mais sentido.

Avaliando a casa dele, e a classe evidente que ele tem, suponho que deve ser muito bem sucedido, então deve ter algum negócio importante.

Ele foi ao jantar de apresentação e negócios, para seu nome estar na lista deve ser um magnata, mas conheci vários durante os anos que trabalho ao lado de meu pai e Madara Uchiha, não me vem à mente. Ele não parece ter más intenções, apesar de me manter isolada aqui, se quisesse me matar já teria feito, porque o que não faltou foi oportunidades, nem tento me machucar.

Caminhei de volta ao quarto e me dirigi à sacada do quarto, tinha uma visão magnífica do extenso jardim e mais ao fundo eu tinha a visão do mar. Estamos próximos ao litoral então com certeza saímos do centro de Tóquio.
Não escuto barulho de motores, nem nada daquela agitaria comum de cidade grande, o que me leva a acreditar que estamos afastados da população.

São muitas coisas para raciocinar, tentei me manter calma e controlada até o momento atual, mas isso está cada vez mais complicado.

O medo, a paranóia, a preocupação e questionamentos que me deixam ainda pior, tudo misturado em uma bolha que sinto cada vez mais prestes a surtar.

Estava indo tudo tão bem até dias atrás, eu estava subindo cada vez mais nos negócios, me preparando para assumir a empresa do meu pai logo, tantos planos e objetivos que eu queria cumprir. E tudo de repente se tornou isso, simplesmente não consigo entender, me esforcei ao máximo para ser amada e admirada por todos ao meu redor, como alguém pode me querer morta? Por ganância? Dinheiro? Isso é tão inacreditável para mim.

Olhei o relógio na parede e então percebi o quão tarde estava, pela janela admirava a bela lua que iluminava o quarto, deixei as luzes apagadas porque me ajudava a pensar melhor. Vesti um dos pijamas simples que achei nas roupas que ganhei e após um longo banho de banheira, me sentei na poltrona que ficava ao pé da grande janela de vidro.

Eu não estava com sono, olhei para a cama macia atrás de mim e não sentia desejo algum de repousar nela. Mais uma noite assim, o bom da noite é que eu posso colocar os pensamentos confusos em dia.

...

Apenas quando o alarme ao meu lado apitou e eu me assustei, que me dei conta de que já havia amanhecido, abri as cortinas da sacada e deixei o sol entrar no quarto, bater em meu rosto e me aquecer.

Não dormi nada, mas mesmo assim minha me sentia normal, sem cansaço ou dor. Então me levantei e fui logo me lavar para ir comer algo, quando parei em frente ao espelho, pude ver o quão terrível eu estava, olheiras que eu sempre tentava esconder com maquiagem, agora nítidas com minha pele natural.

Lavei o rosto em uma tentativa falha de ajudar em algo e prendi o cabelo em um bagunçado coque. Estava me sentindo suja ainda, tomei um banho gelado para garantir que eu esteja acordada durante o dia.

Peguei uma simples peça de roupa das que ele havia me dado, um short jeans e uma camisa larga, bem causal, o que me impressiona é que eu realmente uso roupas assim quando estou em casa.
Me dirigi à cozinha sem muita animação para alguma coisa, mas tive que parar no meio do caminho quando uma moça passou por mim e me deu bom dia.

Uma mulher um pouco mais baixa que eu, cabelos marrons e pele morena, nunca a tinha visto. Ela estava preparando algo na cozinha, o que me fez estranhar ainda mais.