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Senti a luz e o calor do sol em meu rosto e acordei, olhei em volta vendo que estava no quarto do Madara. Não me lembro de como cheguei aqui e nem de ter pegado no sono.
Eu estava sozinha deitada naquela cama gigantesca e macia, olhei para o relógio na parede e vi que estava de tarde, ótimo parece que perdi o café da manhã e o almoço. Me pergunto porque eles não me acordaram.

Caminhei até o banheiro e liguei o chuveiro, apesar do calor eu sentia necessidade de tomar um banho quente e relaxante. Me sentei no chão sentindo a água cair e molhar meu corpo, minha mente estava turva e sentia o nó em meu estômago.

Devo ter ficado quase uma hora debaixo daquele chuveiro, meus dedos até ficaram enrugados.

Eu sabia que precisava encarar tudo de novo, aguentei por dez anos e posso aguentar mais tempo. Agora mais do que nunca preciso ser forte, por minha família principalmente, para voltar bem e em segurança para meu pai.

Vesti apenas um short jeans e uma das camisas do Madara que encontrei pelo quarto, deixei os cabelos presos em um coque bagunçado e segui de volta ao quarto. A casa parecia silenciosa, um clima tenso de tristeza parecia percorrer todo o cômodo.

Não queria que meus problemas incomodassem eles.

Ouvi a porta ser aberta devagar, olhei curiosa observando e vi que era apenas Madara entrando com uma bandeja em mãos. Senti meu estômago roncar de fome, não comi desde a hora do almoço ontem, e estava faminta.

Madara – Você está se sentindo melhor? – Colocou a bandeja em cima da cômoda e veio até mim.

– Estou, não se preocupe.

Madara – Parece fraca, coma um pouco.

– Não precisa agir assim, como se estivesse com pena de mim. – Falei virando o rosto – Não gosto disso.

Peguei a bandeja e me servi com o copo de suco que estava ali, tentei ignorar o olhar de Madara em mim enquanto comia normalmente o que ele trouxe.

Madara – Eu só quis ajudar – Gargalhou – Achei que a madame iria gostar de ser mimada.

Olhei para ele com as sobrancelhas arqueadas enquanto o fuzilava com os olhos.

Madara – Eu vou estar na academia, se precisar de mim – Ele falou suavemente e saiu do quarto.

Terminei minha refeição tranquilamente e juntei as louças para levar até a cozinha. Acabei dando de cara com Eloise que lavava algumas vasilhas e preparava o almoço.

Ela me análise por alguns instantes como se quisesse saber se eu estava bem, e quando ela confirmou isso ela sorriu docemente e continuou o que estava fazendo.

– Foi você que avisou a Madara que eu não estava bem, né? – perguntei.

Eloise – Desculpa ter avisado o senhor Madara, eu fiquei preocupada com o modo que você parecia assustada – Ela falou cabisbaixa.

– Está tudo bem, você não fez errado – Toquei o ombro dela – Obrigada Eloise, você me ajudou muito.

Sorri e voltei ao corredor da casa, pensei no que poderia fazer hoje para me acalmar e distrair minha mente e logo minhas pernas me moveram até a biblioteca. Peguei um dos primeiros livros de suspense que encontrei na prateleira e me sentei no pequeno sofá ao canto.

Não era a coisa mais divertida para se fazer no momento, mas já era algo para me tirar do tédio.

ᎷᎪᎠᎪᎡᎪ ႮᏟᎻᏆᎻᎪ

Passei um bom tempo na academia para distrair a mente, sempre que fico irritado gosto de descontar desse jeito. Quando terminei de fazer algumas horinhas de exercícios, resolvi tomar um banho gelado e ir procurar Akame, não que eu esteja preocupado, mas não acho certo deixá-la sozinha quando ela está revivendo um trauma tão grande.

N̷a̷ M̷i̷r̷a̷ D̷e̷ U̷m̷ U̷c̷h̷i̷h̷a̷Onde as histórias ganham vida. Descobre agora