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Mesmo sentindo a dor se expandindo por seu corpo, levou a mão até os cabelos macios do homem que tanto ama e os Acariciou, tentando acalmar sua alma. Ele parecia tão desesperado. Ele precisava de si, precisava do seu amor. Não tinha culpa de ter tido tanta má sorte no amor.

Eu:E-eu...não o farei. Não deixei de amá-lo, mesmo com o abandono. Sempre vou amá-lo incondicionalmente.

O kim se levantou, olhando para seus olhos com o brilho da lágrima ao redor dos seus. Com um grande impulso, abraçou Love, puxando seu corpo magro contra seu peito, sufocando toda aquela saudade maldita. Love se permitiu deixar fluir, retirar toda sua dor naquele abraço. Se forçava a acreditar que aquilo seria para sempre, mas o sentimento de ser deixada denovo estava atormentando sua vida.

O kim saiu da cama com ela em seu colo e rodou, rodou feliz, rindo como um idiota. Love Gritou, se agarrando com mais força, com medo de cair.

Kim:Vamos recomeçar, meu amor. - Olhou nos olhos de Love, sorrindo, e a beijou.

E como o mundo houvesse parado, os dois se perderam no contato tão necessitado por ambos. Era como se o beijo acendesse a chama escondida dos dois, essa que se apagou por tanto tempo. Love se deixou sorrir no meio, sentindo o amor que tanto ansiou. O beijo durou mais do que imaginavam durar, pois havia a falta de ar, mas ela ali não importou. A saudade era maior que o falta de oxigênio. Eles eram seus próprios oxigênio.

Ele a soltou, segurando sua mão e rodando, agarrando sua cintura e começando a dançar e cantar animado. Love riu, achando novidade toda aquela situação. Dançava atrapalhada, mas dançava. As vezes pisava no pé do Kim, mas ele não se importava, apenas continuava a rodando e admirando a mulher que mais ama.

E como se tudo aquilo de ruim não tivesse acontecido, uma bolha os cercou, cheia de sorrisos, risadas, músicas, dança, o calor, a presença, tudo. O mundo não existia ali entre aqueles dois. Eram almas gêmeas e só um tinha coragem de dizer aquilo, mas não podia, pois o outro acharia bobagem e coisa de criança.

Há coisas que ambos querem falar, mas escondem por medo da perda, do abandono. O medo rodeia aquela bolha, mas fazem de tudo para não deixar atravessar e estragar aquilo que tanto os cura da dor. Podia ser estranho aquela convivência, pois ambos sabiam o quão estragado o outro era e como ruim podia ser, mas suas falhas, seus podres se conectavam de alguma maneira, podia ser boa ou não, mas se conectavam.

Aquilo podia ser amor?

Ambos desejavam que fosse, pois não teria outra palavra concreta para definir o que sentiam. Possessão? Não, era bem mais forte e ruim do que isso. O amor é ruim? Em tese...não, mas para alguns...é sim!

Kim:Que tal preparar-mos algo juntos? Você jogou seu bolo na minha cara, então não temos nada para comemorar.

Love:Você planejou isso? -O questionou com um enorme sorriso, ainda abraçada em sua cintura.

Kim:O que exatamente? -Estreitou os olhos.

Love:Hoje. Você planejou vir no meu aniversário?

Kim:Se eu falasse que 'não' você acreditaria? -Ergue uma das sobrancelhas.

Eu:Acho que não. -Ri.

Ele a beijou nos lábios, demorado, roubando seu fôlego novamente sem pouco se importar, e você não se importava, apenas desejava mais e mais daquilo. Com enormes sorrisos, ele a puxou para fora do quarto, passando pelo corredor, descendo as escadas e chegamos na cozinha de mãos dadas. O kim a soltou e foi até as gavetas dos armários, ficando surpreso por vê-las tão cheias.

Kim:Como mantém todas tão cheias? Por acaso, esta trabalhando? -A olha com insegurança na voz.

Love se aproxima do mesmo e o abraça pela cintura, sorrindo toda boba para seu rosto.

Fim da meia noite •|Kim Taehyung|•Where stories live. Discover now