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Uma semana depois...

E ali estava Love, saindo do hospital depois de uma longa semana. Não comeu bem durante sete dias, não bebeu, estava muito magra, os ossos das costas estavam a amostra, o rosto fino, os lábios secos e feridos, os braços cheios de ataduras pelos danos que ela próprio se causou durante seus minutos de consciência.

Se não fosse pelos sedativos e analgésicos, Love já teria morrido, ou de sede e fome, ou de tanto se próprio machucar. A dor de perder sua mãe foi muito grande. Love não conseguiu participar do enterro da própria mãe, não se sentia bem para isso, não queria acreditar e nem conseguia andar pela falta de proteína. Estava branca, os cabelos secos e acabados, olheiras fundas, olhos apagados, caídos.

O pai de love não conseguia aguentar a dor, então, toda noite ia para o bar se dopar de álcool, voltava para casa já sem consciência, apenas deitava no sofá da sala e dormia até o outro dia.
O pai de love a levou para casa. Quando a mesma saiu do carro e viu aonde estava, olhou para os pai com desespero transbordando na expressão.

Love:O que estamos fazendo aqui?! -O olhou de olhos arregalados, aterrorizada.

O pai de love estava com o rosto acabado, barba grande, olhos vermelhos, olheiras também fundas, estava sem vida, o cheiro de cigarro e álcool se podia sentir de longe.

Pai:Não comece, love. -pediu, sem ânimo algum.

No hospital quando o pai de love foi a visitar pela segunda vez depois de quatro dias no hospital, ela pediu, Implorou para ele que não voltassem para a casa, queria ir embora da cidade para sempre. Seu pai ficou calado na época, não queria dizer para a filha que teriam que ficar.

Não era sobre polícia e nem nada, era pela sua vontade. Queria ficar e conseguir achar o culpado, queria ficar no pé da polícia, a precionar. Sentia um ódio crescendo dentro do peito. Jurou a si mesmo que iria estrassalhar quem fosse o responsável por aquilo.

Love:Do que está falando?! Conversamos sobre isso! -agarrou a camisa de botões do pai, essa que estava aberta- Não quero morar nessa casa! Me leve embora dessa cidade! Por favor. -Implorou, já em meio às lágrimas grossas- Pai, eu Imploro! Não me faça entrar nessa casa.

Pai:Não exagere, love. -segurou no pulsa da filha a afastando de si- Eu já mandei limpar tudo.

Seu pai não conseguia encara-la, sempre que a olhava, via a mulher morta se espelhando nela.

Love:Não exagere?! -Aumentou a voz, o olhando com furia- Não querer entrar na casa aonde vi minha mãe assassinada é exagerar?! -Perguntou, indignada com o que o próprio pai disse.

Pai:PARE! -Gritou, furioso.

Love deu um passo para trás por impulso. O olhava de olhos arregalados, assustada. Não conseguia conhecer a pessoa a sua frente, não podia acreditar que aquele homem carinhoso havia se tornado alguém tão sem noção. Ele nunca gritava com sigo, sempre era carinhoso, até mesmo em momentos ruins.

Sem dizer nada, love deu as costas e começou a andar pela rua silenciosa. Seu pai gritava seu nome, mas ela ignorava. Precisava ficar sozinha, chorar sozinha.

Foi até o parque que ia toda noite antes do desastre que virou sua vida de cabeça para baixo. Se sentou no balanço e se deixou chorar. Não acreditava que ainda conseguia chorar depois de tanto o fazer.

Xx:Acho que não são 11hrs da noite.

Love olhou para o lado, já que estava de cabeça baixa chorando com as mãos na frente do rosto. Ao ver o kim, ela arregalou os olhos e se sentiu gelar.

Kim:Se esqueceu de mim? Parece assustada como na primeira noite. -Sorriu.

Love o observou sentar-se no balanço ao lado de si. Love limpou as bochechas molhadas e olhou para frente, vendo a água do lago parada, silenciosa. O tempo estava silencioso, só o barulho do vendo estava presente. O céu estava acinzentado como sempre, o frio deixava tudo mais melancólico. Era difícil não ficar de luto naquela cidade.

Fim da meia noite •|Kim Taehyung|•Where stories live. Discover now