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E ainda fora de mim eu arrumava uma malinha pequena com algumas roupas minhas, enquanto colocava acessórios e produtos na mochila da escola. Eu só podia estar enlouquecendo, e eu estou, não se pode estar normal para aceitar ir passar alguns dias na casa de um "estranho". Bom, ele não é tão estranho assim já que sei algumas coisas de sua vida e até mesmo sei seu nome inteiro.

KIM TAEHYUNG

Um nome lindo e exótico. Me pergunto se há mais pessoas em seu país que tem um nome parecido, ou ele é único. Combinaria perfeitamente se o nome fosse único. Nomes únicos para pessoas únicas. Terminei de arrumar tudo com as mãos trêmulas, depois analisei o conjunto de roupa que havia preparado em cima da cama. Tinha parado de chover a 1h atrás e estava frio, então era uma roupa quentinha:

 Tinha parado de chover a 1h atrás e estava frio, então era uma roupa quentinha:

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Terminando de me arrumar a custa. É difícil vestir uma calça com os joelhos ferrados. Passei um brilho labial e fui ate a sala chamar o kim para me ajudar com a mala. Ele a pegou e saímos de dentro de casa.

Parei em frente a casa e a observei com o coração apertado. Sentia que nunca mais voltaria para a casa amorosa que já tive o prazer de viver, mas também sentia alívio por sair da casa em que me machucou como nunca. Tranquei a porta e enfiei a chave no bolso. Papai tem uma chave reserva, então pode entrar quando voltar.

Enquanto caminhávamos, eu observava as ruas com as mãos dentro do moletom, cansada, acabada, ferrada.
Eu me encontrava na pior das piores fases de toda a minha existência e isso me deixava mal para caramba. Dizem que o sofrimento é uma oportunidade para amadurecer, para se tornar uma guerreira, mas acho que nunca escolhi ser uma das guerreiras. Sabotaram meu currículo para princesa.

Kim:Algum problema?

O fitei de olhos meio caídos. Só queria dormir e acordar só daqui um ano. É pedir demais?

Eu:Nenhum. -ergui os ombros sentindo um frio subir por meu corpo- Tá bem frio, né? -olhei para o céu cinza a cima de nós.

Kim:Clima normal de Forks. -riu. Acabei sorrindo. Em alguma de nossas conversas eu disse o mesmo, mas foi bem antes da minha vida virar de cabeça para baixa.

Encarei um poste de luz repleto de planfetos de desaparecimento. Fiquei de olhos arregalados, assustada demais.
Apontei para os planfetos e olhei para o kim.

Eu:Está vendo tudo isso?! -Perguntei, em choque. Não estava acreditando que aquilo estava acontecendo em Forks. O kim colocou a malinha no chão, enfiou a mão dentro do bolso e de lá tirou um cigarro de um maço, depois acendeu com um isqueiro. Ele só olhou para os planfetos quando soltou a fumaça pela boca.

Kim:Acho que Forks não é tão segura quanto você falou.

Fui ate o poste e de lá arranquei um planfeto. Era uma garotinha de cabelos loiros e olhos azuis como o mar de Maldivas. Era a garotinha mais adorável que eu havia visto e, aquilo doía meu coração, doía demais. Saber que alguém a roubou de sua família era desesperador e assustador. Peguei outro planfeto no poste, mas era mais uma carta com uma foto:

Fim da meia noite •|Kim Taehyung|•Where stories live. Discover now