CAPÍTULO 53 - CONDIÇÕES PARA PECAR

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Betagem: MayKang0

ATENÇÃO: No capítulo a seguir, teremos menção a estupro. O terá cena explícita do acontecimento igual foi na série, mas será deixado claro o que aconteceu e como aconteceu. Caso não se sinta confortável lendo, a parte onde isso irá acontecer é no final do capítulo, na última cena (eu divido as cenas em [...]).

Aviso dado, boa leitura :)

[...]

Taehyung se sentia bem melhor pela manhã após descansar, mas Jeongguk estava com olheiras profundas e muito irritado depois da noite mal dormida. Quando fez uma simples sugestão de mingau ou sopa para seu desjejum, ele a rejeitou enfaticamente com murmúrios raivosos e se exasperou no momento em que seu marido pegou sua mão direita ainda imobilizada pela cirurgia, pretendendo analisá-la logo pela manhã.

- Pelo amor de Deus, Taehyung, me deixe em paz! – exclamou, arrancando a mão das do outro. – Não quero mais ser cutucado, porra!

Aquilo, de certa forma, machucou.

Em silêncio, o Taehyung desviou o rosto, levantando-se da cama onde acabara de se sentar para ir até a mesinha perto da cabeceira e se ocupar em ajeitar os pequenos potes e saquinhos de remédios que haviam sobre ela.

Observando-o de canto, Jeongguk fechou os olhos e suspirou pesadamente, sentindo-se culpado.

- Tae... – chamou e, ao se virar para olhá-lo, Taehyung o encontrou ainda deitado na cama com um sorriso envergonhado nos lábios rachados. – Desculpe, sassenach. Estou com dor de barriga e terrivelmente mal humorado esta manhã. Mas não tenho nenhum direito de gritar com você. Pode... pode me perdoar?

Com o coração batendo dolorosamente, ele voltou para a cama, sentando-se na beirada outra vez. Segurou a mão esquerda de Jeongguk, entrelaçando seus dedos, e fitou o rosto ainda cheio de hematomas e com a bochecha direita costurada.

- Você sabe que não há nada para perdoar. – disse. – Mas o que quer dizer com estar sentindo dor de barriga?

Jeongguk fez uma careta, os fios de costura nas bochechas se contraindo pelos movimentos dos músculos. Ele estava prestes a responder, mas precisou cruzar os braços sobre o abdômen, grunhindo de dor.

- Quero dizer que gostaria que me deixasse sozinho por um instante, por favor. – murmurou. – Estou com vontade de vomitar, mas não tenho nada no estômago para colocar para fora. E não estou com cabeça para conversar com você ou coisa assim, sassenach. Quero ficar sozinho.

Assentindo, Taehyung atendeu seu pedido, retirando-se do quarto e indo até o refeitório do mosteiro para fazer seu próprio desjejum ao lado de um Hoseok silencioso como de costume (ao menos, algumas coisas ainda permaneciam as mesmas).

Quando retornava do refeitório pouco depois, avistou uma figura delgada no hábito marrom dos franciscanos atravessando o pátio, caminhando em direção ao claustro. Era o monge que o ajudara com Jeongguk na noite anterior, durante a madrugada. Num ato impulsivo, apressou os passos para alcançá-lo.

- Padre! – chamou e ele se virou, sorrindo ao vê-lo.

- Bom dia, Sr. Jeon. – disse. – Como vai seu marido esta manhã?

- Melhor. – respondeu. Pelo menos, esperava que fosse verdade. – Queria agradecer-lhe outra vez por ontem à noite. Você saiu antes que eu pudesse perguntar seu nome.

Os olhos claros, cor de avelã, brilharam quando se inclinou numa reverência, a mão direita sobre o coração.

- François Sora Mericoeur d'Armagnac, senhor. – falou. – Pelo menos, este é meu nome de batismo. Por aqui, sou apenas padre Sora.

SÉCULOS - TaekookWhere stories live. Discover now