Selcouth - ( Toji Fushiguro x Leitora)

Buscando Explicações

A madrugada estava fria e apesar de ter dito algumas palavras pontiagudas para Toji na noite anterior até que tive uma boa noite de sono. Acordei com o sol ameaçando a nascer no horizonte, mas não tive problemas, depois de tudo que passei o descanso foi recebido pelo meu corpo de bom grado.

Como nos dias anteriores outro lado da cama estava vazio, mas diferente das outras manhãs a roupa de cama estava abarrotada deixando claro que Zenin esteve ali. Porém, a algum tempo, já que não havia mais calor retido nos lençóis.

Reparei na bolsa que o homem me deu, tinham informações ali ainda que precisavam ser desvendadas. Principalmente em relação à pessoa que queria minha cabeça, tive uma oportunidade e não pensei duas vezes em colocar os selos de Kiran na porta do banheiro e prestar uma visita a jovem "rosada" no meu apartamento.

Assim que mudei de ambiente fui recebida com um grito estridente seguido de coisas caindo.

— Da onde você saiu? — perguntou a jovem visivelmente assustada, não segurei meu riso vendo seu estado.

— Da porta — respondi e reparei no quarto extra já apropriadamente equipado — Aparentemente já está bem instalada, comeu algo?

Taleyah se abaixou pegando algo que pareciam fitas do chão não me respondendo e escondendo o rosto. Respirei fundo e puxei o pano do capuz recebendo uma reclamação logo em seguida.

— Veja o que você consegue de informação para mim, usando esse aparelho celular enquanto faço algo. E tome um banho, criança.

— Eu não sou criança — rebateu pegando o eletrotônico que joguei em sua direção.

Balancei a mão ignorando seus protestos — Então não aja como uma — ouvi a adolescente grunhir e seguir para o quarto respirando fundo. Era uma boa coisa que eu podia passar de uma casa para a outra apenas com uma porta e os selos de Kiran, isso me permitiria manter os olhos em Pinxie sem precisar me comprometer em ser vista.

As compras que fiz no dia anterior estavam intactas, pelo menos enquanto estava sob minha supervisão aproveitaria para colocar alguma carne no corpo da garota. Não é como se pudesse ficar andando despreocupada mesmo.

— [Nome] onde você conseguiu esse celular? — ela gritou do outro cômodo — Tem umas coisas sinistras aqui.

— Digamos que ganhei de presente — respondi pegando alguns alimentos na geladeira — Só veja se consegue rastrear as últimas ligações e fazer alguma conexão com Dragon.

— Deixa comigo!

Um tradicional café da manhã tinha vários elementos, como legumes, arroz, tofu... Com sorte não levaria tanto tempo para fazer, mas provavelmente manteria Taleyah alimentada um certo período e daria para deixar armazenado para que comesse durante o dia também.

Em pouco tempo tudo que tinha de barulho no apartamento eram os das panelas e os das teclas do computador clicando intensamente. Isso até parar e ser substituído pelo som de água do banheiro. Era bom saber que mesmo reclamando ela seguia o que eu falava, pelo menos na maioria das vezes.

Enquanto o alimento terminava de ser preparado andei até a janela da sala puxando a cortina lateralmente para olhar o lado de fora, o sol nascia e a cidade começava a acordar. Logo me veria obrigada a voltar para a residência Zenin apenas para me preparar para o dia, afinal deixei o local com as mesmas vestes que dormi, que não eram muito apropriadas para ficar andando por aí.

— [Nome] vem aqui!

A voz da criança rosa, como Kiran chama, ecoou me chamando então segui o som até o quarto onde sua silhueta magra estava iluminada por uma das telas de computador — Isso é incrível, tem tantos nomes de chefões do submundo aqui que chega a ser absurdo.

— E o que mais? — apoiei o braço em cima de sua cabeça olhando para frente e não conseguindo ler um dado sequer das informações que corriam no banco de dados da hacker. — Consegue ler mesmo essas coisas? Só vejo um monte de letras correndo.

— É claro que consigo, mas enfim. Pode ser uma coincidência infeliz, mas o que tem de dado aqui está ligado ao Mundi o dono desse celular também não era flor que se cheire. — completou — Tem até o contato do Assassino de feiticeiros aqui.

Taleyah estremeceu me fazendo a encarar com curiosidade — Só ouvi histórias, mas ele tem fama de ser um cara brutal, sanguinário e sem coração. Falaram que ele arranca o coração dos seus alvos e entrega pros contratantes.

Balancei a cabeça, ela tinha uma imaginação fértil. — Fora ele o que mais tem, sabe quem fez as últimas operações?

— Eu já disse, está tudo ligado ao Mundi. — reafirmou — Como é um chefão que eu particularmente entendo, posso dizer com certeza que esse cara recebia ordens direto dele e era um peixe bem grande. Mas sobre o que é tudo isso?

— Minha recompensa, embora tenham me dito que alguém particular já aceitou a missão também.

— Hum? — a garota virou a cabeça para poder me olhar — Vi sobre a recompensa, mas não fiquei sabendo nada dessa segunda parte. Onde conseguiu essa informação?

— Corvo. — mantive a resposta curta.

Pinxie fez uma careta e digitou algumas coisas no computador — Eu não gosto e não confio nele. — e continuou logo em seguida — De qualquer forma não tem nada sobre isso, até onde sei ele pode estar mentindo.

— E por qual motivo? — questionei.

— Você que me diga [Nome], por qual motivo o Corvo te daria uma informação falsa? — seus grandes olhos me encararam com profundidade, engoli seco. Alber não...  

— Tem alguma coisa queimando?

A fala dela me tirou de pensamentos corri de volta para cozinha era só um pouco de água que transbordou, respirei fundo. O que ela disse antes não era um completo absurdo.

Arrumei a mesa para e a chamei — De qualquer forma tudo volta para o Mundi, pode ver mais sobre isso para mim?

Após colocar uma grande quantidade de arroz na boca ela balançou a cabeça falando que sim. — Guarde o restante na geladeira, depois é só esquentar novamente. E durma Taleyah, quando puder eu volto.

A garota fez um sinal com a mão, muito mais interessada na comida do que na minha partida. Baguncei seus cabelos antes de usar o poder de Kiran para voltar a residência Zenin, mas assim que coloquei os pés de volta no local percebi algo acontecendo.

Tinham vozes exasperadas do lado de fora, e uma delas era de Tani. Sem ligar para o que estava em minha volta corri para os fundos.

O cenário era absurdo tinham soldados da unidade Kukuru cercando as funcionárias da casa sem piedade, Hatsu parecia machucada e estava curvada sobre o chão de terra com alguns ferimentos e vestes rasgadas. Estavam preparados para dar um golpe na governanta quando forcei minhas pernas entrando no caminho.

A mão revestida pelas inscrições da técnica amaldiçoada agarrou a lâmina sem problemas impedindo a investida e quebrando a lâmina em duas em seguida.

— Que diabos está acontecendo aqui?

N/A: replicando o aviso.

Seguinte, essa talvez seja a última jujutsu friday em algum tempo. Abril será um mês um tanto quanto caótico de eventos para mim, então vou tirar um pouco o pé de todas as histórias. Não acho que fique sem atualizações durante 30 dias, mas não ei de prometer frequência nem datas.

Então adicione a biblioteca pra receber quando for atualizada.
Vamos que vamos família!

Capítulo de transição é chato mesmo, desculpa :(

Até um dia, Xx!