A Voz de um Deus

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Maldita rosinha, estava com Toji na palma de sua mão. O homem não soube dizer quanto tempo passou olhando para a foto e os documentos gravando cada detalhe na mente, procurando qualquer pista. Só que as respostas vieram apenas quando o detetive ficou com os documentos em posse.

Com alguns contatos, Kon conseguiu falar com os aeroportos do país e pedir as filmagens com a desculpa de uma falsa investigação policial. Todos responderam e apenas um teve suas imagens corrompidas, não conseguindo enviar as imagens.

Toji confirmou então ser trabalho da pequena hacker de cabelos rosas, aquela imagem impressa foi capturada do sistema antes dela os apagar. E sobre a conta aberta em nome das pirralhas, tinha dinheiro suficiente para que Hatsu e as duas vivessem anos de fartura. Se sentiu levemente ofendido por ela achar que não cuidaria dos seus, mas novamente não tinha o que falar, suas ações nunca gritaram caridade.

Aeroporto Internacional de Atenas, esse foi seu destino. [Nome] deixou o país da maneira mais discreta possível junto de Taleyah, quem estava apagando todos os seus rastros pelo caminho.

— Mas porque ela faria isso? — Cérbero perguntou no dia da reunião, ocasionalmente o grupo se juntava. Com Perséfone ou não para alinhar o andamento do trabalho. — Dar essa informação de graça.

— Não é de graça — Kon comentou —, no mínimo essa garota vai ter algum ganho nos ajudando desse jeito.

— Oh — Cérbero bateu as mãos como se tivesse uma ideia — algo como "olha aqui, sua mulher está bem, vai lá matar esse cara"?

Kon o olhou de canto de olho com uma expressão... Peculiar, o mais velho riu sozinho em seguida — Pode ser que sim. De qualquer forma, nos deu material para trabalhar e acalmou nosso precioso assassino de feiticeiros. Podemos prosseguir com Minos sem nos preocupar em tê-lo fazendo alguma besteira.

— Bem, chegou a minha parte então — Perséfone cruzou as pernas, de todos aqueles reunidos ali ela era a mais impaciente. — Antes de eu revelar onde o juiz está. O que pretendem fazer? Qual é o plano? Chegar e matar? Sequestrar o cara?

— Não seja tola — Toji rebateu revirando os olhos —, se o objetivo é chegar até Mundi precisamos de informação.

— Sim troglodita, mas não tenho como adivinhar o que se passa nessa cabeça pequena de vocês. Não saber quem é sua esposa não deixou uma boa impressão — apontou em sua direção com um sorriso completando. — E você parece do tipo matar primeiro perguntar depois. Então sim, prefiro conversar como se estivesse falando com uma criança de cinco anos.

Kon interrompeu, às vezes se sentia o pai solteiro de dois adolescentes rebeldes — [Nome] está a salvo, a "garota rosa" está cuidando dela. Precisamos focar no nosso trabalho, mais de um mês já se passou da reunião com o cliente e não tivemos progresso.

— Não diga isso — Cérbero reclamou —, de que valeu meu incrível feito? Coloquei minha vida na linha por aquele notebook!

— Cada momento você aumenta um pouco a história — reclamou o detetive, claro que essa família estranha não podia deixar de lado o cachorro sedento por atenção —, sim tinham informações relevantes, obrigado por isso.

Satisfação, Cérbero encheu o peito e sorriu não percebendo o sarcasmo latente. Ele reclamava quando Toji o tratava como um cão, porém parecia abanar o rabo quando recebia um elogio.

— Só não é nada que possamos usar agora, não é? — Toji destruiu seu momento de glória em menos de um minuto enquanto cutucava a orelha com o dedo mindinho. O homem estava sentado no sofá completamente desleixado, prestando pouca atenção ao que era dito.

Selcouth - ( Toji Fushiguro x [Nome])Where stories live. Discover now