Intermédio

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NOTAS: Capítulo com + de 6K de palavras, separado por partes. É como um epílogo dos livros, mas não remete ao fim, é apenas um capítulo com um pouco de felicidade pra vocês. A partir do próximo, só ação e plot twist. Meu último presente para essa fic, juntamente com um Feliz Ano Novo (não tenho certeza se conseguirei postar o outro antes do réveillon, então é isso). 🤍

Parte I

Faz exatamente um mês desde o aniversário de Erwin e muitas coisas aconteceram desde então.

Seis dias atrás, os Quatro estavam comemorando o aniversário de Shouta, mas não houve nada como festa ou baile tipo o aniversário do meu pai ou o de Kakashi. Então eu enviei um presente para o meu antigo amigo — um telescópio muito bom e absurdamente caro —, para ele observar as estrelas como fizemos uma vez, no terraço da Mansão de Kanagawa. O mafioso me enviou uma mensagem de texto agradecendo, mas apenas isso.

Eventualmente, nos distanciamos nos últimos tempos e nossas conversas podem ter sido boas para o trabalho mas nada legais no ponto de vista pessoal. E, ainda assim, Kento passou três dias no Japão com os irmãos. Eu e ele voltamos, mês passado, e temos vivido bem desde então; seu comportamento para com meu pai mudou muito drasticamente e agora eles são quase amigos. É engraçado de se ver.

Nosso relacionamento evoluiu, por assim dizer, mas ainda há algo que me preocupa. Nós também começamos a fazer planos sobre morarmos juntos ao invés de vivermos para sempre na Casa Reiss, coisa que Historia e Ymir não se preocupam nem um pouco em mudar.

Outro fato interessante: acho que virei amiga de Historia.

Bem, não exatamente amiga, mas estamos mais próximas desde seu surto altruísta com o pote de sorvete. Passamos a tomar chá de camomila toma semana e quase todos os dias, então eventualmente estamos ficando mais... conectadas. Ela gosta de me aconselhar sobre tudo, pedir minha opinião sobre a maioria das coisas e parece que aprendeu a não se abalar com as minhas falas evasivas. Já lhe difamei muito, mas ainda não parti para a agressão física, e Maki acha que isso é um avanço.

Mais uma coisa: acho que virei amiga de Maki.

Nós conversamos todos os dias pelo celular e sempre reclamamos de nossa família — Historia, no meu caso. A Zenin diz que devo parar de ser tão rigorosa e dar uma chance à minha prima, mas não costumo lhe dar ouvidos.

E numa noite de sábado ela me disse que matou Naoya. Foi algo muito normal. E eu fiquei feliz.

Ela contou que tiveram consequências e que sua família e a fábrica estavam um caos, mas o infeliz estava morto para todos os efeitos e a causa seria encoberta. Provavelmente Toji seria o próximo, mas a aproximação dele com Megumi estava dificultando as coisas. Eu disse que podia ajudar, mas a mulher educadamente recusou e afirmou poder tomar conta do próprio nariz e que eu deveria me concentrar em Erwin, considerando tudo o que eu disse a respeito dele.

Por sua vez, o que eu disse a respeito dele foi que ele estava enfurnado no escritório desde a morte de Natalya e Varya, que ocorreu cinco dias após seu aniversário. Elas foram encontradas mortas no chão do banheiro do shopping GUM. 

Essa foi uma das coisas que aconteceram desde o aniversário do meu pai.

Ymir e Historia ficaram arrasadas quando souberam e, de certa forma, eu também. Não era tão próxima das duas quanto eles, mas a comoção do casal, além de Lena, Alex e Ramon, me despedaçou. Foram dias difíceis e eu nem pude imaginar como Erwin estava se sentindo. Ele vivia a base de uísque e café e quase não dormia. Acho que a sua única noite de sono tranquila foi ontem à noite, quando ele estava totalmente esgotado e eu gritei em seu rosto sobre como ele estava fragilizando sua saúde.

𝐂.𝐈.𝐀  || 2d × Reader (PT-BR)Where stories live. Discover now