𝐂.𝐈.𝐀 || 2d × Reader (PT-BR)

19 › Sozinha

- Fomos convidados para um baile do Clã Zenin. - Levi anunciou, revirando o salmão em seu prato.

Cerca de cinco dias após a minha... Noite, com Kakashi e Shouta. Os cortes haviam cicatrizado e eu já havia me livrado do gesso no braço, estava novinha em folha - o Ackerman rugia sobre como meu braço ainda precisava de cuidados, mas eu dei um soco no ombro do homem e o mostrei como estava muito, muito bem revigorado.

E após golpear Levi, passei dez minutos segurando gelo no meu rosto.

Cinco dias antes, Kento me entregou todos os meus papéis e cartões e tudo que eu pudesse precisar; mesmo agora, eu almoçava enquanto configurava o meu celular novo. Pude comprar roupas novas, mudar o corte de cabelo e até pus um piercing na sobrancelha. Havia pintado meu cabelo de preto e cortado na altura da minha orelha, assim como fiz uma franja - mas pedi que a cabeleireira deixasse apenas uma mecha platinada, no lado direito, e assim o fez.

As coisas estavam começando a melhorar, eu sentia isso. Já confiava totalmente nos meus superiores, a CIA desistiu de minha procura e até mesmo Erwin parou com os seus espetáculos violentos em busca do que quer que esteja procurando. Eu também comecei a amar a vida que eu tenho - apesar das mortes e do perigo iminente. A companhia, as coisas que eu podia ver e fazer e sentir.
Eu estava satisfeita.

Ainda não tive notícias de Satoru ou de Historia. Cada dia que passava, eu sentia falta do meu companheiro, do meu amigo, e me perguntava se quando fossêmos para Seattle as coisas iriam mudar e ele ficaria mais comunicativo, mais conformado.
Ainda assim, eu sabia que a fúria irrefreável por Erwin iria permanecer até o seu último suspiro.

Assim como Historia - ou Alissa -, a mulher que me aconselhou, reconfortou e auxiliou desde o dia em que eu cheguei nesta mansão. A que cuidou de mim quando eu estava bêbada, a que comprou minhas roupas, perfumes, acessórios, remédios... Tudo, enquanto eu não podia. A que sorrira para mim quando eu estava tensa e aquela que confiou em mim para me contar quem ela realmente era. Sentia tanta falta dela que comecei a me perguntar quando a deixei ser tão próxima.

Até que afoguei a saudade em um poço dentro de mim mesma e mantive meu rosto impassível enquanto ouvia os outros falarem.

- E então? - Perguntou Kakashi.

- A alternativa mais propícia é aceitar. - O Ackerman respondeu, como se fosse óbvio.

- Teremos a chance de fortalecer a nossa aliança com os Zennin e não fazê-los nos trair na primeira oportunidade; contra a CIA ou contra Erwin ou ambos. - Kento continuou.

- Devo comprar um vestido de gala? - Perguntei, sorrindo maliciosamente.

- Você fica muito melhor sem. - Aizawa retrucou, fazendo Kakashi rir. Ele não havia parado de lançar olhares sugestivos para mim desde cinco dias atrás, sempre me observando com uma calma felina e predatória.

- Sobre a outra missão... - Levi pigarreou, nos ignorando. - É Yumeko Jabami. A vadia nos deve dinheiro o suficiente para comprar três mansões dessa. - Ele apontou para o piso.

- Pensei que os Jabami fossem podres de ricos. - Murmurei.

- E são. - Disse Kakashi. - Mas uma coisa não tem nada a ver com a outra. Apenas mate-a.

- Só porque ela deve dinheiro a vocês?

- E porque estamos mandando. - Kento completou. Eu ri.

- Ok, contanto que não sejam animais, adolescentes, e, ou, crianças... Meus alvos estarão mortos antes de perceberem que correm perigo.

- Você é uma asssassina nobre. - Shouta ironizou.

- Você não tem ideia de quantas vezes a arma disparou sem querer enquanto eu trabalhava na CIA. - Sussurrei, ele sorriu largamente, sem mostrar os dentes.