162. Não podem ter mais filhos

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Depois que o castigo de Greg acabou, ele saia todas as noites, mas voltava no horário marcado. Camila parou de ligar, ela se importava, mas não surtava mais como antes. Ela se convenceu que é inútil e que não adianta nada acumular rugas.

Nós fomos consultar um médico e fizemos alguns exames. Agora estamos esperando na recepção para saber os resultados.

— Nervosa, Camz?

— Não amor. Tudo bem, e você?

— Um pouco. – Ela beijou minha testa.

— Vai ficar tudo bem.

Nos chamaram e Troy nos recebeu.

— Oi. – Ele estava estranho. — Sentem. – O fizemos. — Eu não queria que fosse assim, mas os exames da Lauren, como ela ingeriu uma quantidade de hormônios muito grande, não é aconselhável uma gestação agora. E por conta disso, é melhor pararmos com o uso de anticoncepcionais, pois isso aumenta essa incidência e pode ocasionar uma doença mais séria.

— Sem filhos e sem anticoncepcionais. O que você aconselha? – Camila perguntou e eu já estava chorando. Ela me abraçou. Não chore, Lo. Está tudo bem.

— O uso de camisinhas.

— Não tem outra coisa? – Camila disse com uma careta de dor. Ela odiava usar camisinha.

— Você pode fazer uma vasectomia.

— Não! – Eu disse.

— Ou você pode fazer ligamento nas trompas. A Laqueadura.

— Eu faço isso. – Eu disse convicta.

— Qual é o mais simples? – Camila perguntou.

— A vasectomia. É só um lazer e está pronto, você vai ficar com a área sensível por uns dias, mas para a ligadura, faríamos uma cirurgia, precisaríamos de uma anestesia e Lauren não reagiu bem a última anestesia.

— Eu já me decidi, mas vou levar minha esposa teimosa para casa e conversarei com ela. – Troy e eu sorrimos.

— Claro. Conversem e depois me avise. Se optarem pela vasectomia, só me ligue que eu agendo tudo para você. E Lauren pare de tomar os anticoncepcionais o mais rápido possível. – Assenti.

— Perfeito, Troy. Obrigado. – Ela disse e o abraçou.

Ela me pegou no colo, como a legítima criança mimada que sou e me levou ate o carro.

— Não fique assim, Lo. Está tudo bem. – Ela beijou minha testa.

— Você queria tanto.

— Vamos ao nosso café preferido para conversarmos tomando um chocolate quente?

— Você sabe agradar uma mulher... – Disse selando nossos lábios.

— Sei agradar a minha mulher... Única! – Eu sorri e entrei no carro quando ela abriu a porta para mim.

Quando chegamos, a atendente já trouxe nossos chocolates e depois perguntou se queríamos algum acompanhamento. Camila pediu tudo que viu na vitrine e depois de um tempo, nossa mesa estava cheia.

— Camzi, não adianta me mimar, não vou deixar você fazer isso. Quem tem o problema sou seu, não vou sacrificar você por isso.

— Lauren, eu não vou deixar você subir em uma mesa de cirurgia e correr um monte de risco. Isso aconteceria um dia, já temos filhos lindos. Não me importo.

— Mas você é tão nova... Isso é injusto.

— Você é a única mulher que gerará filhos meus. Se você não pode, não vou ter filhos com mais ninguém. Ou eu faço ou nenhuma faz.

— Camisinha é um incômodo.

— Então eu farei. – Ela disse mordendo um pastel. Fiquei pensativa. — Vamos lá, Lo. Temos tudo, dois homenzinhos e duas garotinhas. Não precisamos de mais... E caso essa vontade apareça, podemos adotar outro. Isso era só mais um capricho meu, mas pensando bem, acho que eu não teria pique para passar noites em claro. Não fique triste, você já me deu tudo.

— Você é perfeita, Camz.

— Estou longe disso, mas tento ser melhor para você.

— Você é. É perfeita.

— Agora senta aqui do meu lado e damos esse assunto por decidido?

— Tudo bem. – Ela pegou o celular.

— Oi Troy. Pode marcar tudo. Vai doer? – Ela ficou escutando. — É imediato? Tipo, eu faço e já posso transar? – Corei com a pergunta, mesmo não enxergando o Troy. — Tudo isso? – Ela exclamou exasperada. — Tudo bem. Obrigado. Vou aguardar o dia. – Ela desligou.

— Como é o procedimento?

— Na hora eu não vou sentir nada, mas quando o efeito da anestesia passar vai doer. Vou ter que ficar com um saco de gelo no saco por um tempo. Vamos ter que esperar dez a dezoito ejaculações para que meu canal fique limpo de espermas. Dura menos de uma hora e só preciso me masturbar em um potinho para ver se foi bem sucedido o procedimento e já posso ir para casa.

— Meu amor vai sentir dorzinha... – Eu disse a abraçando forte.

— Você vai cuidar de mim?

— Claro. Vou te mimar muito.

— Então eu não me importo. Então... Vamos virar amigas da camisinha por um mês praticamente?

— Ou podemos não fazer.

— Com certeza, viraremos amigas da camisinha.

— Melhores amigas.

Ela gargalhou e beijou o topo da minha cabeça. Nos fartamos e depois fomos buscar as crianças na escola, que nem fizeram questão de esconder o quanto ficaram felizes por não termos mais filhos.


×××


Depois do jantar, me sentei no colo de Camila e as crianças contavam como havia sido o dia. Até decidirem ir se escovar para deitar. Greg permaneceu na mesa.

— Papa... Mama, amanhã o Philip vai pedir para namorarmos para vocês. Posso convidar ele para jantar?

— Pode, príncipe. Agora vai se escovar. – Eu disse e ele saiu dali.

— Isso é louco. Meu ciúme deve ser pesquisado. – Beijei a bochecha dela.

— Como se alguém conseguisse superar a marca que você deixa em todos que ama. Você é insubstituível, Camzi. – Ela me abraçou forte.

— Eu te amo tanto.

— Eu também te amo muito.

— Agora sobe lá, enche a banheira e vamos aproveitar a noite. Só vou lavar essa louça.

— Ok. – Dei um selinho demorado nela e fui para nosso quarto.

Preparei a banheira e quando ela terminou a louça, fomos dar boa noite para as crianças. Depois ficamos nuas e aproveitamos as nossas carícias na banheira. Perdi as contas de quantas vezes trocamos juras, mas eu a amei a cada segundo um pouco mais.

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