Aprendendo A Viver

84. Você?

Camila Cabello  |  Point of View

Estava abraçada com Lauren, quando meu pequeno entrou pela porta segurando a mão do Renan. Comecei a chorar quando olhei para ele. Ele com uma carinha de assustado, Lauren me abraçou forte e saiu, abraçando ele quando saiu.

— Oi meu príncipe! – Falei tentando conter a emoção. — Renan, sobe ela na cama, por favor!

— Claro! – Fez o que eu pedi. — Vou deixar vocês conversarem.

— Não vai me abraçar? – Greg ficou me olhando e depois começou a chorar. — O que foi Greg? Está tudo bem?

— Prometo que nunca mais peço nada. Não me abandone. Eu devolvo a bicicleta, não quero mais ela.

— Meu filho, eu nunca te abandonaria. Eu me machuquei muito e por isso não pude voltar para casa. Não queria te ver chorar por isso você não podia vir aqui. Não foi porque você me pediu a bicicleta. – O puxei para um abraço. — Você é minha vida, Greg. Você, sua mãe e sua irmã, são tudo para mim. Nunca vou abandonar vocês. Você pode me pedir o que você quiser, eu te dou o mundo se você pedir. Eu pensei em você todos os dias, mas sabia que você estava cuidando da sua mãe e da sua irmã e isso me acalmava.

— Se for pra ficar sem você, não quero mais cuidar delas.

— Você não vai ficar sem mim.

— Promete?

— Prometo.

— Posso contar um segredo?

— Claro pequeno!

— Eu não sei andar de bicicleta. – Tive que sorrir com essa fofura.

— Quando eu sair daqui te ensino a andar, ok?

— Ok! – Ele deu o primeiro sorriso desde que chegou e levantou a mão de punho cerrado. Fiz o mesmo e gritamos... — Avante, Vingadores!

Ficamos conversando e ele contava empolgado de como ajudou Lauren, enquanto estive fora. Lauren se uniu a nós e conversamos por horas. Até Mike aparecer na porta e meu sorrio sumir do rosto. Não por ver Mike, mas por ter que deixar meu pequeno ir para casa. Ele pulou no meu pescoço quando viu o avô no quarto.

— Não quero ir.

— Meu pequeno, aqui não é lugar para crianças. Falta pouco e logo eu vou estar em casa.

— Eu não vou deixar você de novo. – Falou apertando meu pescoço e eu retribui o abraço.

— Meu filho, nem eu que sou adulta, posso ficar muito tempo aqui. Logo a papa vai para casa e tudo vai voltar ao normal. – Lauren falou para ele.

— É pequeno, vai com o vovô Mike, ele vai te levar para comer um Mac.

— É capitãozinho. Vai ser legal e sua papa logo vai para casa. – Ele beijou minha bochecha e ficou assim por um tempo.

— Amo você! Não demora! – E foi com o avô.

— Ele é perfeito. – Lauren falou toda derretida.

— Ele é. Pena que não possamos tirar esse medo de abandono dele.

— Não tem como e também não precisamos. Sabemos que nunca vamos abandonar ele.

— É.

— Vou ao outro lado da rua, comer alguma coisa. Quer algo?

— Não, obrigada. – Ela saiu. Peguei um livro e fiquei lendo. Até que alguém bate na porta. Disse para entrar e... Não acredito nisso. Era Helena, minha carrasca da infância. O ser mais desprezível da face da terra. — O que está fazendo aqui?

— Vim ver como está.

— A aberração está viva! Seu plano não deu certo.