146. Mini Latina

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Estou na sala de espera. Camila está sendo avaliada. Greg não para de chorar e outros meninos estão com minha mãe. Alê e meu pai estão aqui. Me sentei ao lado de Greg.

— Para de chorar, meu filho.

— A culpa é minha, mama. Tudo culpa minha...

— Não. Aconteceu. Eu preciso de você. Você é o homem da casa e precisa confortar seus irmãos. Sem você não vou conseguir.

— Desculpe, mama. É que a amo tanto... Ela é tudo pra mim... Ela e você.

— Eu entendo amor. Como acha que eu estou? Estou destroçada por dentro, mas preciso me manter firme. Nós precisamos. Sua papa tem muito pra surtar conosco.

— Tem sim. – Ele sorriu fraco.

— Senhora Cabello?

— Eu.

— Fizemos uns exames, a pressão dela estava muito alta. O médico dela acabou de chegar, está fazendo outros, mas ela não acordou ainda. Precisamos esperar.

— Quando vamos poder vê-la?

— O Dr. Ogletree vai vir conversar com vocês. – Assenti. Ficamos esperando Troy, ele saiu e nos chamou.

— O que aconteceu? Essa teimosa voltou a trabalhar?

— Não... Foi culpa minha. – Greg falou.

— Meu filho... Você não teve culpa. Uma briga enorme, Troy. Namorado do Greg. Mas nós havíamos transado um pouco antes.

— Deve ter sido a briga, o sexo influenciaria na hora. Mas Camila é ansiosa e isso conta muito.

— Podemos ver ela?

— Sim, mas ela está entubada.

— Por quê? Ela tem problema no coração.

— Ela está em coma induzido.

— Meu Deus! – Falei me apoiando na parede.

— Achamos melhor a deixar assim por um tempo. – Ele me abraçou. — Não vou perdê-la. Prometo pra vocês. Só é um
procedimento padrão, pois problemas no coração afetam vários órgãos e não queremos ela com qualquer sequela.

— Sequela?

— Vai ficar tudo bem, Lauren. Camila é forte.

Nós caminhamos até a sala, Greg entrou primeiro e saiu depois de uns minutos, chorando muito. O abracei e ficamos ali por um tempo.

— Peça para seu avô Mike levá-lo para casa dele.

— Não vou deixá-la sozinha.

— Alê ficará comigo. Vá comer e confortar sua irmã. Ela precisa de você. – Ele me abraçou.

— Eu amo você, mama.

— Também te amo, meu filho. – Ele beijou minha testa. Voltei a atenção para a porta. Entrei.

Camila entubada... Segunda vez que a vejo assim.

— Droga, Camz. Você sempre me assustando. Você não pode me deixar sozinha com quatro filhos. Fora isso... O que eu sou sem você? Nada.

— Desculpe Lauren. Não é permitida a entrada aqui, mas consegui entradas rápidas para vocês. – Assenti e beijei a
mão dela.

Voltei para a recepção e Cara e Taylor já estavam ali. Elas foram ver ela depois de tentarem me confortar. Sentei e me recostei, acabei pegando no sono.

Acordei com Alê tocando meu braço.

— Quer ir descansar em casa?

— Não. Vou tomar um café na cantina.



Greg Cabello Jauregui  |  Point of View



Estou sentindo meu peito doer. Minha papa está inconsciente por minha causa... Não vejo outro culpado.

Cheguei a casa e a vovó me abraçou forte.

— Vai ficar tudo bem, príncipe. Vai ficar.

— Ela está em coma induzido vovó.

— Procedimento padrão. Amanhã ela acorda. Seja forte e vai confortar sua irmã. – Assenti e entrei no antigo quarto da mama. Mer estava abraçada com os gêmeos e chorando, enquanto os dois dormiam.

— Maninho. – Ela levantou com cuidado e me abraçou forte.

— Mer... Vai ficar tudo bem. A papa é forte.

— Estou morrendo de medo... Ela é a pessoa que eu mais amo nesta vida... Nunca senti conexão desse tipo.

— Ela vai voltar para nós, maninha. Mas sabe o que precisamos fazer agora?

— O quê?

— Cuidar da mama. Sabe como as duas se amam é quase palpável. Nossa mãe precisa de nós, temos que nos aproximar dela neste momento. Vamos cuidar da mama para a papa. Eu amo a mama, mas demonstro pouco e você também. Temos que mudar isso. Ela é incrível também e se não fosse por ela, papa nos manteria em cárcere privado. – Mer gargalhou.

— Só você para me fazer rir em uma hora dessas.

— Que bom. Pensei que tinha perdido meu posto para aquela oxigenada.

— Sabe que o amor que sinto por você nunca me deixará te substituir.

— Assim espero princesinha. Assim espero.



Lauren Jauregui  |  Point of View




Pela manhã, Troy me chamou.

— Lauren, nós transferimos Camila para o quarto. Fique com ela, pois ela acordará a qualquer momento.

— Graças a Deus.

— A enfermeira vai acompanhar você até o quarto. – Assenti. Caminhamos até o quarto e fui até Camila, abraçando ela forte.

— Vou deixá-la à vontade. – Enfermeira falou.

— Camz... Acorda logo.

Fui me sentar e o cansaço me atingiu novamente.

Quando acordei, Camila estava acordada.

— Camz... – Corri até ela e abracei. — Há quanto tempo está acordada?

— Uns minutos.

— Porque você não me acordou?

— Você estava tão linda dormindo.

— Você vive me assustando.

— Não vai se livrar de mim, não sem me dar outro herdeiro.

— Como se eu quisesse me livrar de você. Vamos ter outro, Camz. De preferência uma pequena latina... Quero uma mini você.

— Eu queria um garoto, mas já que você aceitou, não vamos discutir.

Selamos nossos lábios e ela me abraçou.

— Como está o Greg?

— Apavorado. Ele e a Mer.

— Preciso vê-los.

— Vou chamá-los.

Minha mãe trouxe as crianças e foi àquela festa, até a enfermeira vir nos pedir silêncio e dizer que o quarto estava muito cheio.

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