25. Espera

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Camila Cabello|Point Of View

Paramos o carro em frente à casa das meninas, eu desci, caminhei até a entrada e quando olhei para trás, cara estava dentro do carro, fiz um gesto com a mão e ela negou com a cabeça. Deus! Isso não pode ser normal. Voltei até o carro e abri a porta.

— Cara, meu amor, o mais difícil eu já fiz, agora é só cumprimentar todo mundo normalmente.

— Agora que ele sabe, fica mais difícil.

— Ele já sabia linda! Eu não contei, ele que comentou. – Ela arregalou os olhos. — Vamos!

Ela desceu, fomos até a porta, ela tremia e ficava balançando as pernas.

— Isso é ridículo! Pedido de namoro? Na nossa idade Cabello?

— Mulheres gostam disso, Cara! Não é ridículo, é romântico.

— Tudo muito gay!

— Cala a boca, hétero! Você estava toda empolgada me ajudando. Que porra que ninguém abre essa porta! – Bati de novo e nada.

— E se elas disserem não?

— Vai dar tudo certo. – A abracei e ela me apertou tão forte que quase me deixou sem ar. — Relaxa se não der, tentamos. Se elas não aceitarem o nosso, elas vão ter que pedir na próxima vez. Não aceitamos também e ficamos quites. – Ela sorriu e confirmou com a cabeça.

— Será que tem alguém? – Ela bateu na porta e ela se abriu. Mike apareceu e Cara ficou branca, mais branca na verdade.

— Oi Mike!

— Prefiro Grandão! – Eu sorri

— Hey grandão! Tudo bem? – Falei pulando e apertando ele em um abraço.

— Claro Capitã! E você Cara, tudo bem? – Cara sorriu completamente tensa

— Sim Sr. Jauregui. E o Senhor?

— Já disse para me chamar de Mike, Cara. Eu estou pensando em um apelido para você.

— Ok! Mike! – Falou piscando, acho que ela está mais calma.

— Então, vão pedir minhas meninas hoje, ou vão enrolar elas mais um pouco. – Eu gargalhei porque a Cara se engasgou com a saliva.

— Grandão assim você mata minha amiga. Vamos sim! Espero que elas aceitem.

— Desculpe por não ter falado com o senh... Você antes. Tornei-me a pessoa mais insegura do mundo quando encontrei Tay. Mas meu sentimento por ela é verdadeiro.

— Tudo bem. Eu já avisei para capitã, é só não magoem elas e tudo ficará bem!

— Eu não faria isso!

— Bom. – Mike convidou a gente para sentar e colocou uma gravação, só com as melhores jogadas do Magic Johnson. Ninguém falava ninguém piscava e eu arrisco dizer que ninguém respirava também. Depois de um tempo, eu lembrei porque tinha ido até lá.

— E nossas garotas?

— Estão se arrumando e vão se acostumando elas demoram uma eternidade. Ou façam como eu, combine duas horas antes e mesmo assim elas vão se atrasar. – Falou balançando a cabeça negativamente. Eu olhei para Cara, eu tenho quase certeza que pensamos a mesma coisa e sorrimos. – O que houve? São telepáticas?

— Quase!

— Qual é a graça?

— Provavelmente, Cara, assim como eu, pensou porque tanta demora, se elas são perfeitas.

— Exatamente!

— Eu vivo dizendo isso a elas, mas elas dizem que não são nada sem maquiagem e um salto. Mulheres! – Cara e eu falamos juntas.

— Mulheres!

Clara chegou e nos cumprimentou toda animada. Perguntando do pedido e detalhes. A maioria das pessoas reclama dos sogros, mas esses aqui são perfeitos. Conversamos muito na sala, sobre tudo e rimos muito. Me sentia completamente a vontade ali. De repente escuto um barulho de saltos batendo, Cara vira para o lado, me cutuca e o queixo dela cai. Me virei, as meninas estavam descendo as escadas. Nossa véi! Elas estavam divinas, elas usavam vestidos, Lauren um vermelho e o Tay era preto. Eu fiquei um pouco tonta e meu coração nem batia, aquilo estava mais parecido com mini explosões em meu peito. Eu agarrei a mão da Cara e com a outra ela continuava batendo no meu braço. Clara e Mike estavam rindo. Provavelmente da nossa expressão de otárias apaixonadas.

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