halo

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Todo lugar que eu estou olhando agora
Eu estou cercado por seu abraço
Baby, eu posso ver sua auréola
Você sabe que é minha graça salvadora
Você é tudo que eu preciso e mais
Está escrito na sua cara
Baby, eu posso ver sua auréola..

LUA

5 meses depois

Muita coisa boa aconteceu nesses 5 meses que se passaram, a cura do meu pai veio, pareceu mentira de tão surreal mas quando vimos que não tinha mais sinal de célula cancerígena no seu corpo e o médico falando que ele realmente renasceu, foi como se eu tivesse renascido junto, quando descobri a doença dele por muito tempo questionei Deus, minha fé sem dúvidas ficou abalada, mas com o tempo eu comecei a entender que há planos maiores, e me fortaleci aos poucos, ao ver que ele estava curado, tudo fez sentido em minha cabeça, eu era muito grata pela sua vida.

Eu e Bruno estávamos melhores do que nunca, vivemos muitas fases boas em nossas vidas desde que nos casamos, não consigo escolher a melhor, então apenas posso dizer que estamos transbordando de felicidade, com o bebê chegando decidimos mudar para uma casa pois sabíamos que o espaço ficaria pequeno no apartamento, a casa era linda e decoramos do jeitinho que queríamos, Maitê escolheu a decoração do seu quarto e estava cada dia mais esperta, e teimosa, algumas de suas teimosias achávamos que era para chamar atenção por conta do bebê, ela tentava controlar o seu ciúmes mas sabíamos que ele existia fortemente, não a culpávamos já que ela passou seis anos da vida dela sendo filha única, sabíamos que aos poucos ela iria saber lidar com isso.

– Foi ponto meu papai, nem vem. – Ela fala brava enquanto coloca a mão na cintura, por ironia do destino ou não, Maitê cada dia mais amava jogar vôlei com Bruno, ela ficava triste por não ter idade de entrar em uma escolinha ainda, mas Bruno havia comprado uma rede e vivia brincando com ela, ou achava que estava brincando já que o sangue de competição estava no sangue dela, e no final os dois sempre acabavam brigando.

– Mas bateu em você antes de cair, o ponto é meu. – Bruno justifica, eu estava sentada embaixo da árvore em nosso quintal olhando os dois, era para ser um dia normal, se aquela mesma dor que eu tanto conhecia não tivesse começado, e logo depois dela o líquido grudando não tivesse escorrido em minha perna.

– Bruno... – Chamo ele que assim que me olha já puxa Maitê pela a mão.

– Está nascendo né?

– Está nascendo! – Falo firme e ele sorri, muito mais calmo do que quando foi com Maitê, ele me ajuda a levantar e me coloca sentada no carro entrando para dentro correndo para pegar as coisas do bebê que já estava separada, em questão de poucos minutos as coisas já estavam no porta malas e nós já estávamos indo para o hospital, eu estava calma e mandando mensagem para os meus pais e meus sogros pedindo para eles irem ficar com Maitê que estava indo conosco.

Cruzamos a porta do hospital e a equipe logo chegou para nos ajudar, mamãe e papai chegaram quase juntos conosco pegando Maitê que fez birra querendo ir junto, foi tudo muito rápido, dessa vez a minha dilatação não foi um problema e eu consegui realizar o sonho de ter um filho por parto normal, foram 5 horas de trabalho de parto, alguns gritos e quase um litro de suco de maracujá para Bruno se acalmar.

– Você já pode começar a empurrar mamãe. – A médica fala quando já chegamos no centro cirúrgico, eu respiro fundo começando a empurrar o bebê, nesses momentos nós tínhamos uma força que vinha do além, lembro que Bruno disse para mim no parto de Maitê que eu havia sido uma leoa, e agora eu me sentia da mesma forma.

penhasco | bruno rezendeWhere stories live. Discover now