the one that got away

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Em uma outra vida, eu seria sua garota
Nós manteríamos todas as nossas promessas, seríamos nós dois contra o mundo
Em uma outra vida, eu faria você ficar
Para eu não ter que dizer que você foi aquele que foi embora.

LUA

Passei pelo os 5 anos mais intensos da minha vida, no começo quando eu cheguei no Rio Grande do Sul eu me senti perdida, assustada, estava totalmente quebrada, sentia que não poderia confiar em ninguém pois as pessoas me machucariam, tinha crises de ansiedade fortíssimas e tive que começar a tomar remédios controlados, a pessoa que sempre conseguia me acalmar não estava mais ali por mim, e eu tinha que seguir em frente. Graças a Deus a faculdade era muito puxada e eu não conseguia pensar muito sobre a minha vida amorosa fracassara, mas quando eu chegava em casa tomava um banho e deitava na minha cama, tudo que eu fazia era sentir falta dele e me odiar por isso, ele não tirou de mim apenas o amor que eu sentia por ele, ele tirou de mim a cidade que eu amava, e os meus amigos de certa forma, pois eu parei de vê-los, eu queria fugir de tudo que relacionava ele, e vivia como uma fugitiva, ia ver meu afilhado quando sabia que ele não estaria lá, e perdi todas as festas de aniversário dele, menos a de 5 anos, que Bruno não foi por algum motivo e então eu fui.

– Doutora, pode assinar a alta do paciente do quarto 29? – A enfermeira entra no meu consultório e eu concordo com a cabeça sorrindo, entro no sistema imprimindo a alta e carimbando, depois entrego para ela e depois tombo a cabeça pra trás voltando a pensar.

Aos poucos a dor foi passando, eu consegui supera-lá, e no lugar da dor ficou apenas a saudade e a gratidão, não a gratidão pelo chifre que tomei, mas a gratidão por tudo que vivemos, por tudo que ele me proporcionou, quando conheci Bruno, se soubesse que esse seria o nosso final eu não teria fugido, pois eu nunca teria fugido, pois eu só evolui, eu amei, eu sorri, eu viajei, eu amei mais um pouco, eu sofri, chorei, meu Deus como chorei, mas depois de 5 anos, consigo ver como uma época da minha vida que precisava ser vivida, do amor até a dor.

Quando fui como médica nos médicos sem fronteiras pela primeira vez, não imaginava encontrar Medina, na verdade eu tinha prometido pra eu mesma que nunca mais namoraria alguém conhecido, mas ele me mostrou ser tão gente boa, chegando com todas aquelas doações e um sorriso orgulhoso no rosto, vendo tudo aquilo, e depois de alguns dias do seu lado eu permiti viver algo novo, meus amores futuros não tinham culpa do meu amor passado, eu só não imaginava que Medina e Bruno eram amigos, afinal eu nunca tinha entrado no Instagram do Bruno e nem do Medina, até começar a me envolver com ele e segui-lo no Instagram, quando fui embora eles ainda não eram amigos assim como ele é do Thiago, e quando eu vi os dois juntos em algumas fotos eu já estava envolvida demais com ele para simplesmente parar, eu tentei evitar um encontro várias vezes, sempre dava uma desculpa, fazia 5 anos, não tinha mais nada ver, porém não me sentia pronta, e quando não mais consegui escapar, reencontrei ele na balada, parecia que meu coração ia parar de bater, ele estava tão lindo, tão homem, seu sorriso parecia estar ainda mais bonito, eu não senti magoa olhando seu rosto, eu senti saudade, mas uma saudade diferente.

– Os meninos querem fazer uma bagunça na casa do Thiago amanhã, Você acha que consegue ir? Ou vai estar de plantão? – Gabriel pergunta quando chego em meu seu apartamento.

– Eu acho que consigo, só não sei se quero, estou tão cansada.

– Melhor descansar então, falo para eles que vou outro dia.

– Eu posso descansar e você pode ir, não tem problema nenhum.

– Mas eu queria que você fosse. – Ele fala fazendo um bico enorme e eu sorrio lhe dando um selinho.

– Vai lá, eu tô morrendo de saudade do meu afilhado, queria ir na casa da Bia amanhã.

– Então tá bom, mas depois que você sair da casa da Bia, se quiser ir lá eu vou te buscar.

penhasco | bruno rezendeWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu