pedacinho meu

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Um presente formado pelas mãos de Deus
Um fruto do amor entre seu pai e eu
A joia rara que Papai do Céu me deu
Um anjo iluminado te protege ao lado de Deus
Você é um pedacinho meu.

LUA

Tinha acabado de chegar do plantão totalmente irritada, foram mais de 12 horas direto, tudo que poderia ter acontecido naquele hospital, aconteceu, e quando cheguei em casa pensando que iria conseguir dormir, me deparo com meu apartamento completamente tomado por uma fumaça.

– O que é isso? BRUNO MOSSA DE REZENDE O QUE VOCÊ APRONTOU? – Eu grito preocupada e não ouço nada de volta, caminho até a cozinha e me deparo com Bruno coberto de farinha da cabeça aos pés com a mão na boca fazendo "shiu" para Maitê que estava em cima do balcão da cozinha tão suja quanto ele.

– Que porra é essa?

– SURPRESA. – Maitê grita e eu os olho indignada.

– O que vocês estão fazendo? Você é louco? Quer colocar fogo na casa?

– Nós estávamos tentando fazer um bolo colorido. – Ela fala e eu continuo olhando pra Bruno.

– Você não consegue fritar um ovo, o que deu na sua cabeça de tentar fazer um bolo? – Pergunto e ele me olha com a feição culpada.

– Eu vi uns tutoriais, pensei que poderia dar certo.

– Deixa eu ver o bolo.

– Acho melhor não mamãe, era pra ele ser rosa mas ele está marrom.

Ignoro os dois e abro o forno vendo o bolo completamente queimado, perda total tanto da massa quanto da assadeira.

– Eu vou subir, vou tomar um banho, e quando eu voltar eu quero essa cozinha limpa, e os dois também. – Fecho os olhos tentando não me estressar e subo para o quarto preparando o meu banho que eu tanto sonhei, minha cabeça estava doendo assim como meu corpo, a rotina estava sendo estressante.

Perdi a noção do tempo, sai da banheira e me arrumei voltando pra sala onde já não tinha sinal da fumaça, e no sofá estava Bruno e Maitê sentados totalmente limpos e com cara de cachorrinhos depois que levam bronca.

– Hmmm, como vocês estão limpinhos. – Falo me sentando no meio dos dois e pegando Maitê no colo cheirando seu pescocinho.

– Papai achou um bolo rosa pra comprar. – Ela fala alegre e eu olho pra Bruno.

– Aonde?

– É numa loja que faz bolo de festa, ela faz bolo rosa, encomendei pelo aplicativo.

– Você encomendou um bolo de festa pra Maitê?

– Um bolo rosa, numa loja de bolo pra festa, não necessariamente um bolo de festa.

– Você sabe que por isso que ela é mimada né?

– Ela poderia ficar com vontade. – Ele fala passando a mão na minha cintura me abraçando por traz e cheirando meu pescoço. – Para de ser chata Lua.

– Faz tempo que você não beija a mamãe. – Maitê fala pensativa e eu e Bruno fazemos uma careta.

– Eu sempre beijo a mamãe, você que não vê. – Bruno me rouba um selinho e Maitê da um sorriso sapeca.

– Vai demorar pra esse bolo chegar?

– Já já chega. – Ele fala olhando pro celular e minha filha concorda, conto para ele sobre meu dia, e alguns minutos depois ele desce pra pegar o bolo da Maitê.

penhasco | bruno rezendeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora