ciumento eu?

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Eu não sei dividir o doce
Ninguém entende o meu descontrole
Eu sou assim não é de hoje
É tudo por amor
E tá pra nascer
Alguém mais cuidadoso e apaixonado do que eu
Ciumento, eu?

LUA

– Bom dia meu amor. – Ouço a voz de Bruno no meu ouvido e abro os olhos confusa.

– Bom dia amor, quem deixou você entrar?

– A fisioterapeuta, ela disse que ia descer pra tomar café. – Ele fala enquanto distribui beijos em meu pescoço, eu volto a fechar os olhos e a sentir a boca dele em contato com a minha pele, até eu lembrar que precisávamos ir para o treino.

– Precisamos ir, eu preciso levantar.

– Temos um tempinho ainda, acho que a sua colega de quarto não vai subir...

– Você gosta de coisa errada né Bruno? Mas hoje não, eu nem escovei meus dentes, eu preciso tomar banho, e eu quero ver a Maitê antes de irmos para o ginásio, sua mãe falou que vai trazer ela pra tomarmos café juntos.

– Hmm, tá bom. – Ele sai de cima de mim e me dá a mão me puxando para levantar. – Vou te esperar aqui na cama.

– Não vai me perguntar nada de ontem?

– Eu já sei o que aconteceu e eu senti muito de verdade, ele não merecia isso, e nosso time vai dar uma balançada.

– Sim. – Falo cortando o assunto e entrando no chuveiro.

Quando saio Bruno está deitado na minha cama com a maior cara de sono do mundo, pego as minhas coisas e descemos para a lanchonete, meu coração até para quando eu vejo Maitê no colo da minha sogra batendo o maior papo com Vaccari.

– Você não vai surtar, são apenas oito horas da manhã, você não vai surtar. – Bruno respira fundo do meu lado e eu tento segurar a risada. – Por que minha filha está conversando com ele?

– Você conhece sua filha, ela conversa com todo mundo como se conhecesse a anos.

– Bom dia, estava ligando pra vocês. – Vera fala totalmente sem jeito e sussurra um "desculpa" pra mim.

– Oi mãe, filha vem com o papai, eu vou pegar salada de fruta que você gosta, eu acabei de ver a moça colocar no balcão. – Bruno fala estendendo a mão pra filha que logo passa do colo de Vera pro colo dele.

– Oi papai, olha o adesivo que eu coloquei no gesso do Tio Gabriel. – Ela fala apontando pro gesso de Vaccari que sorri sem jeito, Bruno não fala nada apenas começa a andar com a minha filha pro lado oposto, que da tchau para Gabriel animada.

– Desculpa, eu estava tomando café e ela me viu e foi perguntar se meu braço estava curado. – Gabriel se explica e eu nego com a cabeça.

– Relaxa, e está melhor?

– Está doendo um pouco, mas está indo.

– Ótimo, vamos Verinha? – Chamo a minha sogra que concorda dando tchau pro Gabriel.

Caminhamos até a mesa e Bruno já está sentado dando melancia na boca de Maitê que tagarelava alguma coisa.

– A vovó chegou atrasada e eu tive que entrar, mas ela não vai chegar atrasada amanhã e você entra comigo. – Bruno explica pra Maitê o motivo dela não ter entrado com ele no último jogo.

– Eu me atrasei porque tem uma mocinha que não acorda cedo de jeito nenhum.

– Você não tem noção de como sofremos pra tirar ela da cama para ir pra escola. – Falo e minha sogra ri.

penhasco | bruno rezendeWo Geschichten leben. Entdecke jetzt